A perenidade da cruz

Minha glória é a cruz de Cristo,
que vence as ruínas do tempo;
roda a luz da sacra história
circunda o seu Senhor sublime.
A cruz permanece. E para o enigma do mal, do pecado e do sofrimento, a cruz de Cristo é a resposta da fé cristã. Ali o insondável e incontestável Deus é vítima de toda a enorme e  calculada fúria dos poderes das trevas e do mal. Ali vemos a espécie de mundo que o mal cria — um mundo capaz de realizar o crime que matou o Varão de Dores. Ali na verdade estão os restos do naufrágio do tempo, produtos do pecado, dominados pelo mal, possessos do demônio. 

Mas ali também está o insuperável amor de Deus, dando o melhor de Deus  em troca do pior do homem, demonstrando o Seu amor para com os pecadores na hora do seu maior pecado, e estendendo aos mais remotos limites do mundo as feridas mãos de amor.

Quando Paulo escreveu aos coríntios, ele disse: “Primeiramente vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras” (1Co 15:3). Para Paulo, como para todos os outros escritores  apostólicos, a cruz é o mais importante artigo da fé do cristão, o símbolo universal da mensagem cristã, o centro e a circunferência do evangelho.

A pregação e o ensino do Novo Testamento centralizam-se na cruz. A cruz determina, enfim, o nosso conceito de Deus, do homem, da natureza, da história e da eternidade. Ela é a resposta do cristão para o problema do sofrimento, como também do pecado.

Portanto, para o homem do século vinte, bem como para os homens de todas as eras, a atração e a repulsão da fé cristã estão centralizadas num ponto — a cruz. Sem o Calvário, não temos fio nenhum que nos guie no labirinto. Na cruz, porém, Deus nos mostra tanto o nosso pecado como também a que extremo irá o amor de Deus para salvar-nos.

William Fitch
In: Deus e o mal


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"Se amássemos mais a glória de Deus, se nos importássemos mais com o bem eterno das almas dos homens, não nos recusaríamos a nos engajar em uma controvérsia necessária, quando a verdade do evangelho estivesse em jogo. A ordenança apostólica é clara. Devemos “manter a verdade em amor", não sendo nem desleais no nosso amor, nem sem amor na nossa verdade, mas mantendo os dois em equilíbrio (...) A atividade apropriada aos cristãos professos que discordam uns dos outros não é a de ignorar, nem de esconder, nem mesmo minimizar suas diferenças, mas discuti-las." John Stott

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