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O ofício das autoridades civis

Cremos que nosso bom Deus, por causa da per versidade do gênero humano, constituiu reis, governos e autoridades [1]. Ele quer que o mundo seja governado por leis e códigos [2], para que a indisciplina dos homens seja contida e tudo ocorra entre eles em boa ordem [3]. Para este fim Ele forneceu às autoridades a espada para castigar os maus e proteger os bons (Romanos 13:4).

Seu ofício não é apenas cuidar da ordem pública e zelar por ela, mas também proteger o santo ministério da igreja a fim de * promover o reino de Jesus Cristo e a pregação da Palavra do Evangelho em todo lugar [4], para que Deus seja honrado e servido por todos, como Ele ordena na sua Palavra.

Depois, cada um, em qualquer posição que esteja, tem a obrigação de submeter-se às autoridades, pagar impostos, render-lhes honra e respeito, obedecer-lhes [5] em tudo o que não contraria a Palavra de Deus [6], e orar em favor delas para que Deus as guie em todos os seus caminhos, "para que vivamos vida tranqüila e mansa com toda piedade e respeito" (lTimóteo 2:2).

Neste assunto rejeitamos os anabatistas e outros revolucionários e em geral todos os que se opõem às autoridades e aos magistrados, e querem derrubar a ordem judicial [7], introduzindo a comunhão de bens, e que abalam os bons costumes que Deus estabeleceu entre as pessoas.

1 Pv 8:15; Dn 2:21; Jo 19:11; Rm 13:1.2 Êx 18:20. 3 Dt 1:16; Dt 16:19; Jz 21:25; Sl 82; Jr 21:12; Jr 22:3; 1Pe 2:13,14. 4 Sl 2; Rm 13:4a; 1Tm 2:1-4. 5 Mt 17:27; Mt 22:21; Rm 13:7; Tt 3:1; 1Pe 2:17. 6 At 4:19; At 5:29. 7 2Pe 2:10; Jd :8.

* Originalmente o texto incluía aqui as se guintes palavras: "...impedir e exterminar toda idolatria e falso culto a Deus, destruir o reino do anticristo e ...".

Confissão de Fé Belga
Artigo 36

João Calvino e as Artes


Segundo Calvino, nós devemos estas coisas preciosas da vida natural originalmente ao Espírito Santo. Em todas as Artes Liberais, tanto nas mais como nas menos importantes, o louvor e a glória de Deus devem ser acentuadas. As artes, diz ele, foram dadas para nosso conforto, nesse nosso estado deprimido de vida. Elas reagem contra a corrupção da vida e da natureza pela maldição. 

Quando seu colega, o Prof. Cop, levantou armas em Genebra contra a arte, Calvino propositadamente instituiu medidas, como ele escreve, para restaurar esse homem louco ao bom senso e a razão. Calvino declara ser indigno de refutação o preconceito cego contra a escultura com base no Segundo Mandamento. Ele exalta a música como um poder maravilhoso para comover corações e para dignificar tendências e princípios morais. Entre os excelentes favores de Deus para nossa recreação e prazer, ela ocupa em sua mente o posto mais alto. E mesmo quando a arte se rebaixa para tornar-se o instrumento de mero entretenimento para o povo, afirma que este tipo de prazer não lhe deveria ser negado. 

Em vista de tudo isto, podemos dizer que Calvino apreciava a arte em todas as suas ramificações como um dom de Deus, ou mais especialmente, como um dom do Espírito Santo; que ele entendeu plenamente os profundos efeitos produzidos pela arte sobre a vida das emoções; que ele apreciava o fim pelo qual a arte fora dada, a saber, que por ela poderíamos glorificar a Deus, dignificar a vida humana, e beber na mais alta fonte de prazeres, sim até mesmo no esporte comum; e, finalmente, que longe considerar a arte como simples imitação da natureza, ele lhe atribuiu a nobre vocação de desvendar para o homem uma realidade mais alta do que foi oferecida a nós pelo mundo pecaminoso e corrupto.

Kuyper, Abraham
In: Calvinismo.

O livre-arbítrio e a capacidade do homem

Nesta questão, que sempre produziu muitos conflitos na Igreja, ensinamos que se deve considerar uma tríplice condição ou estado do homem.

Qual era o homem antes da queda. Há o estado em que o homem se encontrava no princípio, antes da queda; era certamente reto e livre, de modo que podia continuar no bem ou declinar para o mal, mas inclinou-se para o mal e se envolveu a si mesmo e a toda a raça humana em pecado e morte, como se disse acima.

Qual se tornou o homem depois da queda. Depois, importa considerar qual se tornou o homem depois da queda. Sem dúvida, seu entendimento não lhe foi retirado, nem foi ele privado de vontade, nem foi transformado inteiramente numa pedra ou árvore; mas seu entendimento e sua vontade foram de tal sorte alterados e enfraquecidos que não podem mais fazer o que podiam antes da queda. O entendimento se obscureceu, e a vontade, que era livre, tornou-se uma vontade escrava. Agora ela serve ao pecado, não involuntária mas voluntariamente. Tanto é assim que o seu nome é “vontade”; não é “não – vontade”.

O homem pratica o mal por sua própria vontade. Portanto, quanto ao mal ou ao pecado, o homem não é forçado por Deus ou pelo Diabo, mas pratica o mal espontaneamente e nesse sentido ele tem arbítrio muito livre. Mas o fato de vermos, não raro, que os piores crimes e desígnios dos homens são impedidos por Deus de atingir seus propósitos não tolhe a liberdade do homem na prática do mal, mas é Deus que pelo seu próprio poder impede aquilo que o homem livremente determinou de modo diverso. Assim, os irmãos de José livremente determinaram desfazer-se dele, mas não o puderam, porque outra coisa parecia bem ao conselho de Deus.

O homem por si só não é capaz do bem. Com referência ao bem e à virtude, o entendimento do homem, por si mesmo, não julga retamente a respeito das coisas divinas. A Escritura evangélica e apostólica requer regeneração de todos aqueles de entre nós que desejamos ser salvos. Por conseguinte, nosso primeiro nascimento de Adão em nada contribui para nossa salvação. São Paulo diz: “O homem natural não aceita as cousas do Espírito de Deus”, etc. (I Co 2.14). E em outra passagem ele afirma que nós, por nós mesmos, não somos capazes de pensar nada de bom (II Co 3.5). Ora, sabe-se que a mente ou entendimento é a luz da vontade, e quando o guia é cego, é óbvio até onde a vontade poderá chegar. Por isso, o homem ainda não regenerado não tem livre arbítrio para o bem e nenhum poder para realizar o que é bom. O Senhor diz no Evangelho: “Em verdade, em verdade vos digo: Todo o que comete pecado é escravo do pecado” (João 8.34). E o apóstolo São Paulo diz: “Por isso o pendor da carne é inimizade contra Deus, pois não está sujeito à lei de Deus, nem mesmo pode estar” (Rom 8.7). O entendimento das coisas terrenas, porém, não é inteiramente nulo no homem decaído.

Compreensão das artes. Deus em sua misericórdia permitiu que permanecesse o talento natural, apesar de este distar muito daquele que existia no homem antes da queda. Deus manda o homem cultivar o seu talento e, ao mesmo tempo, lhe acrescenta dons e favores. E é manifesto que não fazemos nenhum progresso em todas as artes sem a bênção de Deus. Certamente, a Escritura atribui todas as artes a Deus; e, na verdade, até os pagãos atribuem a origem das artes a deuses, que seriam os seus inventores.

Dar a César o que é dele


É um dever pagar a todo homem tudo o que lhe é divido, seja honra, conduta ou impostos. Nossas posses, bens e corpos devem ser submetidos ao poder civil no Senhor. Este deve ser reconhecido, reverenciado e obedecido com piedade. Não só porque ele nos pode castigar, senão pelo bem de nossa consciência. E finalmente, cada homem deve ser honrado e considerado como é apropriado, por razão de sua idade, estado social e condição.

Artigo 52
Primeira Confissão Londrina, 1642/44

Gratidão pela paz sob a autoridade civil


Se Deus nos conceder uma misericórdia, a de mudar os corações das autoridades, para que nos protejam da opressão, maldade, moléstia e feridas, que por muito tempo sofríamos sob a tirania e opressão da hierarquia dos prelados. Agora Deus por sua misericórdia tem feito este presente Rei e o Parlamento maravilhosamente honrados, como instrumentos em sua mão, e tivemos um tempo para respirar. E isto é algo além de nossas esperanças e consideramos que devemos agradecer a Deus para sempre por isto.


Artigo 50
Primeira Confissão Londrina, 1642/44


Autoridade civil

A autoridade civil é uma ordem de Deus, estabelecida por Deus para castigar aos malfeitores e para recompensar aos que fazem o bem. Quando ela faz as coisas legalmente, as pessoas devem se submeter a ela no Senhor. Devemos fazer orações e suplicas pelos reis e por todos os que estão em posição de autoridade, para que sob eles possamos viver uma vida calma e pacífica, com piedade e honestidade.

Artigo 48
Confissão de Fé Batista 1642/44

Os efeitos covardes da deflação

Todos os meses os negociadores de Wall Street esperam, com o fôlego suspenso, os números atualizados do problema sorrateiro da inflação. Mas um problema oposto atinge os escritores: a moeda das palavras sofre, há séculos, uma deflação inexorável. Ao estudar-se Etimologia, mesmo superficialmente, é possível verificar o fenômeno, num padrão contínuo: palavras perdendo seu sentido com o passar do tempo. Elas regridem, raramente progridem. 

Tomemos como exemplo tolo. Ninguém deseja ser chamado de tolo, que significa insensato, ridículo. Ironicamente, a palavra original significava uma pessoa feliz, abençoada com boa sorte. De modo semelhante, a palavra idiota era um derivado respeitável de um termo grego que descrevia uma pessoa peculiar em determinado sentido, reservada e não conformista. Com o passar do tempo a palavra tornou–se tão peculiar (outro termo que sofreu deflação), que ninguém quer ser um idiota. 

Ou então pense em sincero. Há divergência entre os estudiosos, mas alguns acreditam que esta palavra deriva do uso feito por escultores da frase latina sin cera que significa, é claro, "sem cera". Algumas vezes a pessoa que trabalhava o mármore usava, com habilidade, a cera para remendar pequenos riscos ou arranhaduras em sua obra de arte. Um trabalho sem falhas, honesto, que não requeria estes disfarces, era chamado de sin cere, sem cera. Hoje, em dia, porém, vendedores e políticos contratam consultores para aprenderem a parecer "sinceros". A sinceridade transformou–se em um tipo de imagem, característica menor, adquirida, que não guarda qualquer relação com o que realmente se passa no interior inseguro e duvidoso da pessoa. 

A deflação das palavras constitui–se em um enorme problema para os escritores, pastores e todos quantos delas dependem para expressar idéias cristãs, já que os termos teológicos perderam tanta força quanto os outros. Por que tantas novas versões da Bíblia surgiram neste século? As boas e velhas palavras de João Ferreira de Almeida não se mantiveram intactas em nossa era de deflação lingüística. 

Por exemplo: pena significava misericórdia ou clemência. É um termo derivado da mesma raiz de "piedade", e descrevia alguém que, como Deus, estendia sua mão para ajudar os menos afortunados. Com o passar do tempo, a ênfase passou do doador para o objeto da pena, visto como fraco ou inferior. Deterioração semelhante aconteceu com caridade. Quando os tradutores da Bíblia avaliaram o conceito de amor ágape, expresso com tanta eloqüência em I Coríntios 13, decidiram adotar "caridade" para transmitir a forma mais elevada de amor. Mas que tristeza, ambas palavras desvalorizaram–se tremendamente. As pessoas que tentavam demonstrar pena ou caridade aparentemente não estavam à altura dos padrões elevados de suas palavras, e a língua adaptou–se à situação. Hoje ouvem–se protestos: "Não tenha pena de mim!" e "Não quero sua caridade!" 

Dentre as palavras que sofreram deflação, minha predileta é cretino. Na Medicina, o cretinismo descreve uma condição grotesca de deficiência da tireóide, e os sintomas são o crescimento atrofiado, deformidade, bócio, pele escamosa e (ai!) idiotia. Esta deficiência foi identificada pela primeira vez nos Alpes e nos Pirinéus, onde a água de beber não continha iodo suficiente. Gradualmente, a palavra cretino passou a abarcar "qualquer pessoa com uma deficiência mental perceptível". E esta injúria completa derivou do termo latino christianus. Ai, ai, este assunto de etimologia está chegando perto demais de nós. 

As poucas palavras santificadas que restaram foram contaminadas no uso moderno. Ouça algumas músicas populares sobre o amor, e tente encontrar alguma semelhante entre a letra da música e o que está definido em I Coríntios 13. Salvação sobreviveu, mas principalmente nos centros de reciclagem de lixo. A cultura moderna chega a usar termos como renovado para carros usados, perfumes e times de futebol. É triste, porque os cristãos não criam novas palavras fortes para expressar o significado que se perdeu das antigas. Nossos neologismos são emprestados, em sua maioria, de psicólogos, de modo que ouvimos incessantemente sobre "amizade" ou "relacionamento pessoal" com Deus, embora, como C. S. Lewis aponta em The Four Loves (Os Quatro Amores), estas imagens descrevam com exatidão apenas uma ínfima parte do encontro entre o Criador e a criatura. 

Algumas palavras, porém, mantiveram seu brilho, e podem conseguir sobreviver mais algumas décadas. Uma delas infiltrou–se tão amplamente que seria difícil matá–la sem grandes lutas. Graça, palavra teológica maravilhosa, tem sido adotada, desavergonhadamente, por todos os segmentos da sociedade. Muitas pessoas ainda "dão graças" antes das refeições, reconhecendo que o pão cotidiano é um presente de Deus. Somos agradecidos pela simpatia de alguém, gratificados por notícias boas, agraciados quando bem–sucedidos, graciosos ao receber amigos. Um compositor adiciona notas para graça à música, que os bons pianistas aprendem a tocar graciosamente

A indústria editorial secular chega bem perto de preservar o sentido original, concedendo edições de graça. Ao assinar uma revista por 1 ano, a pessoa pode continuar recebendo alguns exemplares depois que a assinatura expirar. São edições de graça, isentas de pagamento, não merecidas, enviadas na tentativa de levar a pessoa a fazer nova assinatura. São grátis, aí está a palavra de novo. 

Minha frase favorita do termo graça ocorre no latim: persona non grata. Uma pessoa que não é bem–vinda, não é aceita em uma nação, ou em um partido, é, literalmente, uma pessoa sem graça. Sempre que ouço estas sílabas melodiosas penso em um trecho de 1 Pedro, onde o apóstolo tenta encontrar palavras que impressionem os leitores com o esplendor de seu chamado. Ele diz: 
Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido ... Vós, que em outro tempo não éreis povo, mas agora sois povo de Deus; que não tínheis alcançado misericórdia, mas agora alcançastes misericórdia. (2:9,10) 
De persona non grata a escolhidos de Deus, objetos de graça imerecida. Se estes ricos conceitos permanecerem, talvez ainda haja esperança também para a língua que falamos.

Philip Yancey
In: Perguntas que precisam de respostas

Um mundo de maldição e bênção, juízo e graça

Nós vivemos em um mundo estranho, um mundo que nos apresenta tremendos contrastes. O alto e o baixo, o grande e o pequeno, o sublime e o ridículo, o bonito e o feio, o trágico e o cômico, o bem e o mal, a verdade e a mentira; tudo isso é encontrado em um inter-relacionamento insondável. A seriedade e a vaidade da vida se agarram a nós. Em um momento nós estamos inclinados ao otimismo, e no momento seguinte ao pessimismo. O homem que chora está constantemente dando motivos ao homem que ri. O mundo todo conserva o bom humor, que poderia ser melhor descrito como um sorriso entre lágrimas.

A causa mais profunda desse presente estado de coisas é essa: por causa do pecado do homem Deus está constantemente manifestando a Sua ira e, ao mesmo tempo, movido por Seu próprio prazer, revelando também a Sua graça. Nós somos consumidos pela Sua ira e saciados com Sua benignidade (Sl 90:7,14). Não passa de um momento a Sua ira; o Seu favor dura a vida inteira. Ao anoitecer, pode vir o choro, mas a alegria vem pela manhã.

A maldição e a bênção são tão singularmente interdependentes que às vezes uma parece transformar-se em outra. Trabalhar no suor do rosto é maldição e também é bênção. Tanto a maldição como a bênção apontam para a cruz, que é, ao mesmo tempo o mais alto julgamento e a Graça mais rica. Isso acontece porque a cruz é o centro da história e a reconciliação de todas as antíteses.

Hermann Bavinck
In: Teologia Sistemática, SOCEP, p. 48

Graça especial e graça comum de Deus

A graça especial de Deus é aquela graça de Deus cuja intenção é salvar ao homem. Está revelada particularmente na morte e ressurreição de Jesus Cristo. É também chamada graça graça redentora ou sotérica.

A graça comum de Deus é aquela graça dirigida ao homem como pecador. Se um homem como pecador há de reter os rudimentos de uma civilização, deve receber ajuda de Deus para isso, porque, havendo-se separado de Deus, o ápice da progressão abismática é a corrupção total. A única ação que deus pode tomar para prevenir essa corrupção total, é uma ação de graça. Essa graça é chamada comum ou geral, para indicar que é graça para todos os homens, mas não é graça que tenha a salvação como sua intenção. Sua função básica é preservar o homem da ruína do pecado, refreando os efeitos do pecado e apressando uma justiça cívica. Desta restrição e prontidão surge o estado com suas instituição culturais. 

A graça comum minora, sem dúvida, a compreensão cristã da depravação humana. O cristão pode apreciar a arte, o aprendizado, a filosofia, a cultura e arte de governo no não regenerado, sem comprometer a necessidade radical que os homens tem da graça especial de Deus.

Barnard Ramm
In: Diccionario de Teología Contemporânea
Tradução livre do espanhol

Santificado seja Teu nome

Mencionar a Deus é tributar aquele louvor com o qual nós o honramos por suas virtudes, ou seja: pela sua sabedoria, sua bondade, seu poder, sua justiça, sua verdade, sua misericórdia.

Pedimos, pois, que a Majestade de Deus seja santificada por suas virtudes. Não é que possa aumentar ou diminuir em si mesma, senão que deve ser tida como santa por todos, deve ser reconhecida e enaltecida; devemos considerar como gloriosas —pois assim são— todas as ações de Deus, faça o que fizer. De modo que se Deus castiga, ainda nisto devemos considerá-lo justo; se perdoar, devemos considerá-lo misericordioso; ao cumprir suas promessas, devemos considerá-lo veraz. E já que sua glória se reflete em todas as coisas e brilha nelas, é necessário que ressoem seus louvores em todos os espíritos e por todas as línguas.

João Calvino
In: Breve Instrução Cristã

Para sempre ao seu lado


O Pastor - Madredeus



Coldplay - Strawberry Swing


A mulher invisível


Cenas inesquecíveis - 5





Série de Fibonacci por Cristóbal Vila



Nature by Numbers from Cristóbal Vila on Vimeo.

Cenas inesquecíveis - 3


Cenas inesquecíveis - 2


Cenas inesquecíveis - 1


O senhorio de Cristo e as artes

Como cristãos evangélicos, tendemos a dar pouca importância à arte. Consideramos os outros aspectos da vida humana mais importantes. Apesar de nosso discurso constante sobre o senhorio de Cristo, limitamos sua atuação a uma pequena área da realidade. Confundimos o conceito do senhorio de Cristo sobre a totalidade do ser humano e sobre todo o universo e não nos apropriamos das riquezas que a Bíblia oferece para nós mesmos, nossa vida e nossa cultura.

O senhorio de Cristo sobre a vida como um todo significa que não há áreas platônicas no cristianismo, nem dicotomia ou hierarquia entre corpo e alma. Deus fez tanto o corpo como a alma, e a redenção é para o homem todo. Os evangélicos têm sido criticados, com razão, por estarem sempre tão interessados em ver almas sendo salvas e indo para o céu, e não se importam muito com as pessoas de maneira integral.

No entanto, a Bíblia deixa quatro coisas muito claras:

1. Deus fez o homem todo;
2. Em Cristo o homem todo é redimido;
3. Cristo é Senhor do homem todo agora e Senhor davida cristã toda;
4. No futuro, quando Cristo retornar, o corpo será ressuscitado dentre os mortos e o homem todo terá uma redenção completa.

É a partir desse sistema que devemos compreender o lugar da arte na vida cristã. Portanto, consideremos mais profundamente o que significa ser uma pessoa plena cuja
vida como um todo está sob o senhorio de Cristo.

Francis Schaeffer