A palavra é Ebenézer: até aqui nos ajudou o Senhor?

"Tomou, então, Samuel uma pedra, e a pôs entre Mispa e Sem, e lhe chamou Ebenézer, e disse: Até aqui nos ajudou o SENHOR" (1Sm 7:12)

A palavra Ebenézer, muito embora estranha em português, é relativamente comum. É usada com frequência como nome de empreendimentos comerciais, escolas e até igrejas, meio que supersticiosamente, devido ao significado atribuído ao nome.

A história bíblica registra que enquanto Samuel sacrificava ao Senhor, os filisteus vieram à peleja contra Israel. Então o Senhor fez trovejar os céus e os filisteus fugiram aterrados, sendo perseguidos e vencidos pelos soldados de Israel. "Tomou, então, Samuel uma pedra, e a pôs entre Mispa e Sem, e lhe chamou Ebenézer, e disse: Até aqui nos ajudou o SENHOR" (1Sm 7:12).

Ebenézer é pronunciado pelos crentes como significando "até aqui nos ajudou o Senhor". E não raro, se coloca o complemento "e por isso estamos alegres" que sequer se encontra no relato. Temos duas imprecisões aqui. A primeira, é que o acréscimo nada tem a ver com o episódio, mas foi importado do Salmo 126:3: "Com efeito, grandes coisas fez o SENHOR por nós; por isso, estamos alegres".

A segunda é que Ebenézer não significa "até aqui nos ajudou o Senhor". A palavra Eben ha- Ìezer é formada pela junção de duas outras, ’eben (pedra) e Ìezer (ajuda, socorro). Ebenézer, portanto, significa "pedra de ajuda" ou "pedra de socorro". A confusão é que se toma o motivo pelo qual Samuel erigiu o monumento com o significado do termo.

Soli Deo Gloria
Grandes coisas fez o SENHOR por nós, pelas quais estamos alegres.
Salmos 126:3
Grandes coisas fez o SENHOR por nós, pelas quais estamos alegres.
Salmos 126:3

2 comentários:

"Se amássemos mais a glória de Deus, se nos importássemos mais com o bem eterno das almas dos homens, não nos recusaríamos a nos engajar em uma controvérsia necessária, quando a verdade do evangelho estivesse em jogo. A ordenança apostólica é clara. Devemos “manter a verdade em amor", não sendo nem desleais no nosso amor, nem sem amor na nossa verdade, mas mantendo os dois em equilíbrio (...) A atividade apropriada aos cristãos professos que discordam uns dos outros não é a de ignorar, nem de esconder, nem mesmo minimizar suas diferenças, mas discuti-las." John Stott

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