A chamada eficaz e o desesperar-se de si mesmo

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Aqueles que o Espírito chama efetivamente, Ele faz com que se desesperem de si mesmos. Eles são levados a compreender que não há poder neles mesmos, a não ser fora dos caminhos do pecado e da miséria nos quais estão mergulhados. E como são incapazes de se ajudarem, então eles compreendem que são totalmente indignos de serem ajudados. 

Deus pode justamente permitir que permaneçam onde caíram e, não fosse a Sua intervenção, cairiam cada vez mais até não poderem mais ser recuperados. O pecador pode valer-se de suas boas obras, esperando com isso reconciliar-se com Deus por causa daquilo que ele tem feito de errado, entretanto é levado a ver que suas melhores obras estão tão misturadas com o pecado que, não fosse a justiça e a intercessão de Cristo, estas seriam verdadeiras abominações.

Agora ele está abatido no seu interior. Ele não tem confiança na carne (Fl 3:3). Ele não pode fazer nada por si mesmo. Não pode alegar que tenha direitos a ter algo feito em seu favor, mas ele deve esperar a graça de Deus para tudo. Baseado nisso, ele clama pelos caminhos do Senhor (Sl 130:1). Ele percebe que está afundando e clama: "Dasprofundezas a ti clamo, ó Senhor. Senhor salva-me ou perecerei. Estou à beira do inferno e cairei, a menos que a mão da misericórdia me segure". Ele implora com Efraim: "Salva-me, e serei salvo". E como o mal do pecado se torna manifesto à sua vista, assim a bondade de Deus é, em alguma medida, revelada pelo Espírito. 

E, portanto, ele decide se tornar um convertido, não somente pela necessidade, porque dessa maneira ele seria extrema e eternamente miserável, mas também por escolha, porque esse é o caminho para a verdadeira felicidade. E este desejo de ser convertido é como se fosse o primeiro sopro da operação do Espírito em todos aqueles que Ele chama efetivamente para voltarem-se para Deus, como também são as muitas outras maneiras como o Senhor chama os pecadores à conversão, muitas das quais tornaram-se sem efeito, porque aqueles que foram chamados são surdos, desobedientes e rebeldes.

Nathaniel Vincent
In: Os puritanos e a conversão

2 comentários:

  1. Clóvis,

    Tenho acompanhado as postagens com textos tirados deste livro e quero tê-lo em minha biblioteca !

    Márcio

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    Respostas
    1. E vale mesmo a pena, Márcio. São sermões pregados por puritanos que apresentam uma visão bíblica correta da conversão.

      Em Cristo,

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"Se amássemos mais a glória de Deus, se nos importássemos mais com o bem eterno das almas dos homens, não nos recusaríamos a nos engajar em uma controvérsia necessária, quando a verdade do evangelho estivesse em jogo. A ordenança apostólica é clara. Devemos “manter a verdade em amor", não sendo nem desleais no nosso amor, nem sem amor na nossa verdade, mas mantendo os dois em equilíbrio (...) A atividade apropriada aos cristãos professos que discordam uns dos outros não é a de ignorar, nem de esconder, nem mesmo minimizar suas diferenças, mas discuti-las." John Stott

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