Meu pecado e eu

Ele castiga a minha rudeza, digo a mim mesmo, não a mim. Ele odeia o pecado, mas ama o pecador. Eis uma frase que deve ser verdadeira na sua substância, se é que deve haver alguma esperança para os pecadores. Todavia, ela engana e é perigosa, se me sugere que o meu pecado não sou eu mesmo, mas sim algo separável. Pois isso é o que Satanás mais deseja que eu acredite, e geralmente me faz acreditar. Segundo Satanás, e aos meus olhos, meus pecados ocorrem durante férias morais, quando meu eu sóbrio e batalhador está de folga. Se o demônio me achar muito crédulo, chega até a me dizer que não estou absolutamente envolvido, que meu pecado não é o ato nem de um eu de férias; é uma brincadeira de ratos morais tolerados sem prejuízo, enquanto eu, o majestoso gato, finjo estar dormindo.

Austin Farrer
In: Lord, I believe.

2 comentários:

"Se amássemos mais a glória de Deus, se nos importássemos mais com o bem eterno das almas dos homens, não nos recusaríamos a nos engajar em uma controvérsia necessária, quando a verdade do evangelho estivesse em jogo. A ordenança apostólica é clara. Devemos “manter a verdade em amor", não sendo nem desleais no nosso amor, nem sem amor na nossa verdade, mas mantendo os dois em equilíbrio (...) A atividade apropriada aos cristãos professos que discordam uns dos outros não é a de ignorar, nem de esconder, nem mesmo minimizar suas diferenças, mas discuti-las." John Stott

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