Cânones de Dort - Domingo 6

Decreto Eterno de Deus

O fato de que alguns recebem de Deus o dom da fé durante a vida, e que outros não, se origina de seu decreto eterno. Porque todas as suas obras são conhecidas por Deus desde a eternidade (At 15:18; Ef 1:11). De acordo com este decreto ele graciosamente amolece os corações outrora duros de seus escolhidos e os inclina a crer, mas por seu justo julgamento deixa em suas maldades e dureza de coração aqueles que não foram escolhidos. E nisto especialmente nos é manifesto este ato — insondável, e tão misericordioso quanto justo — de distinguir entre pessoas igualmente perdidas. Este é o bem conhecido decreto de eleição e reprovação revelado na Palavra de Deus. Este decreto os maldosos, impuros, e instáveis distorcem para sua própria perdição, mas, ele supre as almas santas e pias com um consolo inexprimível.

E os gentios, ouvindo isto, alegraram-se, e glorificavam a palavra do Senhor; e creram todos quantos estavam ordenados para a vida eterna. At 13:48

Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz; 1Pe 2:8

Nele, digo, em quem também fomos feitos herança, havendo sido predestinados, conforme o propósito daquele que faz todas as coisas, segundo o conselho da sua vontade; Ef 1:11

Leia o primeiro artigo da série: 1. O direito de Deus de condenar todas as pessoas
Leia o artigo anterior: 5. As fontes da incredulidade e da fé 

Um comentário:

"Se amássemos mais a glória de Deus, se nos importássemos mais com o bem eterno das almas dos homens, não nos recusaríamos a nos engajar em uma controvérsia necessária, quando a verdade do evangelho estivesse em jogo. A ordenança apostólica é clara. Devemos “manter a verdade em amor", não sendo nem desleais no nosso amor, nem sem amor na nossa verdade, mas mantendo os dois em equilíbrio (...) A atividade apropriada aos cristãos professos que discordam uns dos outros não é a de ignorar, nem de esconder, nem mesmo minimizar suas diferenças, mas discuti-las." John Stott

Sua leitura deste post muito me honrou. Fique à vontade para expressar suas críticas, sugestões, complemetos ou correções. A única exigência é que seja mantido o clima de respeito e cordialidade que caracteriza este blog.