Zilda Arns morre em terremoto no Haiti


"Hoje entendo que, desde a infância, Deus me preparou para essa missão: tive a medicina e a vocação para a pedagogia, além da formação voltada para a comunidade." (Zilda Arns, 25/08/1934 - 12/01/2010)


É com um misto de tristeza e orgulho que registro a morte da "Heroína da Saúde Pública das Américas" Zilda Arns, vítima do terremoto do Haiti. Tristeza porque poucas pessoas tem um exemplo de vida como o dela e é uma perda irreparável para o mundo. Orgulho por ser ela brasileira e paranaense (sei que nasceu em Santa Catarina, mas foi aqui que começou o seu trabalho e onde residia).

O fato dela ser católica romana não diminui em nada a importância do seu trabalho, ela foi um canal através do qual a compaixão de Deus chegou a muitos necessitados, especialmente crianças e idosos. Aliás, acredito que seu trabalho não apresentaria os mesmos resultados se fosse desenvolvido no contexto das igrejas evangélicas.

Nossa tristeza é aumentada pelo fato da tragédia ter atingido um povo tão necessitado como o haitiano e ter ceifado a vida de soldados brasileiros que estavam ali para ajudar.

Oremos pelo sobreviventes e ofereçamos nossa ajuda.

Sobre Soberania e o Terremoto no Haiti, leia o excelente artigo


7 comentários:

  1. Clóvis,

    De fato o trabalho dela não teria o mesmo alcance. Ainda que católica, ela compreendeu muito do que Jesus ensinou sobre amar ao próximo. Uma perda lastimável para o país, de alguém que merecia mais o Nobel da Paz do que Barack Obama, por exemplo.

    Graça e paz do Senhor,

    Helder Nozima
    Barro nas mãos do Oleiro

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  2. Helder,

    Bem lembrado. Por que foi mesmo que o Obama ganhou um nobel da paz?

    Em Cristo,

    Clóvis

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  3. Me orgulho também de uma pessoa assim. Um exemplo.

    (O fato dela ser católica romana não diminui em nada a importância do seu trabalho)---> O fato dela ser católica romana AUMENTA EM MUITO a importância do seu trabalho.

    (Ainda que católica, ela compreendeu...) ---> Porque católica, ela compreendeu...

    Desculpem as correções, mas será que conhecemos tão pouco assim o que é o catolicismo?

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  4. Roger,

    A propósito, pra você que se pergunta onde está Deus em desastres:

    http://5calvinistas.blogspot.com/2010/01/onde-esta-deus-quando-terra-treme.html

    Graça e paz do Senhor,

    Helder Nozima
    Barro nas mãos do Oleiro

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  5. Roger,

    Paz.

    (O fato dela ser católica romana não diminui em nada a importância do seu trabalho)---> O fato dela ser católica romana AUMENTA EM MUITO a importância do seu trabalho.

    Discordo de você. Quando eu disse que o fato dela ser católica romana não diminui a importância de seu trabalho é porque nós temos a mau costume de diminuir aquilo que é feito por não evangélicos.

    Mas não vejo que sendo ela católica o trabalho que realizou é mais importante por causa disso. O trabalho que ela fazia, nas pastoral da criança e do idoso foi importante independente da filiação religiosa. Ela poderia ser espírita, por exemplo, e seu trabalho ser igualmente importante. O que penso, apenas, é que sendo desenvolvida no contexto e com o apoio da igreja romana, teve maior efetividade do que teria se fosse um projeto evangélico. E neste sentido, alegro-me que tenha surgido no catolicismo.

    Quanto a conhecer o catolicismo romano, considero que o conheço relativamente bem. Com algumas de suas doutrinas concordo plenamente, de outras discordo intransigentemente.

    E apenas para constar: não creio que só fora da igreja romana há salvação.

    Em Cristo,

    Clóvis

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  6. Helder,

    irei ler e meditar com o devido silêncio nas palavras de seu texto. Obrigado.

    Clóvis,

    não foi minha intenção te alfinetar gratuitamente. Mas o seu dito somado ao do Helder deu um tom muito preconceituoso, para eu conseguir deixar passar batido.

    Pôxa, se ela não fosse católica e uma Arns (ligado ao alto escalão) não teria condições nenhuma de operar o que operou e de chegar até onde chegou.

    Lembremos que até poucas décadas atrás os evangélicos temiam se envolver com obras sociais, para não parecerem comunistas e para não dar a impressão que estavam confiando sua salvação nas obras. No fundo não tinham era mesmo gente suficiente para poder fazer algo de expressão nacional. Hoje, graças a Deus, é diferente.

    Mas cabe ainda lembrar que o catolicismo tem uma longa tradição de obras de caridade, com os fransiscanos, freiras, sociedade são vicente de Paula e etc. Daí minha ênfase, que por ser católica a importância do seu trabalho é aumentado. Só por comparação, pouco se fala do que a JOCUM faz no Haiti ou mesmo em nosso país... por que será?

    Abraços fraternos,

    Roger

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  7. Roger,

    Acho que você viu tom preconceituoso onde não havia. Reconheço que nós evangélicos temos reserva prévia sobre qualquer coisa que venha de Roma e a referência em texto era para que isso não diminuísse a importância do trabalho dela.

    Em Cristo,

    Clóvis

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"Se amássemos mais a glória de Deus, se nos importássemos mais com o bem eterno das almas dos homens, não nos recusaríamos a nos engajar em uma controvérsia necessária, quando a verdade do evangelho estivesse em jogo. A ordenança apostólica é clara. Devemos “manter a verdade em amor", não sendo nem desleais no nosso amor, nem sem amor na nossa verdade, mas mantendo os dois em equilíbrio (...) A atividade apropriada aos cristãos professos que discordam uns dos outros não é a de ignorar, nem de esconder, nem mesmo minimizar suas diferenças, mas discuti-las." John Stott

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