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Por que Deus ordena a conversão?
21 comentários:
"Se amássemos mais a glória de Deus, se nos importássemos mais com o bem eterno das almas dos homens, não nos recusaríamos a nos engajar em uma controvérsia necessária, quando a verdade do evangelho estivesse em jogo. A ordenança apostólica é clara. Devemos “manter a verdade em amor", não sendo nem desleais no nosso amor, nem sem amor na nossa verdade, mas mantendo os dois em equilíbrio (...) A atividade apropriada aos cristãos professos que discordam uns dos outros não é a de ignorar, nem de esconder, nem mesmo minimizar suas diferenças, mas discuti-las." John Stott
Sua leitura deste post muito me honrou. Fique à vontade para expressar suas críticas, sugestões, complemetos ou correções. A única exigência é que seja mantido o clima de respeito e cordialidade que caracteriza este blog.
Que doutrina foi defendida pela Igreja desde o início, e que continuou durante a história, oficialmente: a que ensina ou a que nega o livre-arbítrio do homem?
ResponderExcluirGledson Meireles.
Oi Gledson,
ExcluirAndava sumido, prazer vê-lo de volta.
Quando você diz "oficialmente" está se referindo a ICAR, não é mesmo? Mas o fato da ICAR considerar uma doutrina oficial, torna essa doutrina verdadeira?
Em Cristo,
Gledson,
ResponderExcluirIsso tá cheirando um Argumentum ad populum...
Se a gente for por esse caminho, é melhor voltar com a terra achatada e plana para a mesa de discussão!
Os Judeus lá no talmude já defendiam a necessidade de livre-arbítrio para isentar Deus de alguma culpa pelo mal. Esse pensamento sobreviveu pelo cristianismo e ainda dá o que falar até hoje.
Levando em consideração que até a revelação bíblica foi gradual, a teologia bíblica prova inequivocamente que a compreensão sobre Deus evoluiu desde o primeiro escritor bíblico até o último - Deus não se revelou totalmente em um único ato, não é de se espantar que o livre-arbítrio também não sofra do mesmo inconveniente.
Clóvis, obrigado e é um prazer estar de volta.
ResponderExcluirBem, refiro-me à ICAR. Acredito que uma doutrina verdadeira a Igreja tem que tê-la como oficial.
André: É importante saber que o livre-arbítrio predomina na ICAR até os dias atuais, nunca tendo sido admitida sua negação.
Você crê que, na evolução da compreensão doutrinal, o calvinismo encontrou a verdade sobre esse ponto?
Até mais, em Cristo nosso Senhor.
Gledson, a verdade é aquela que você percebe.
ExcluirO calvinismo é a corrente que se alinha ao meu pensamento, à minha percepção da realidade.
André, é isso que a Bíblia ensina, ou tal coisa é típica da filosofia idealista? Esse pensamento constitui obstáculo para a procura da verdade.
ResponderExcluirNão, Gledson, isso constitui obstáculo apenas para o dogmatismo... só e nada mais!!!
ExcluirSou dogmático, e acredito que se alguém crê que é verdade o princípio de que: "a verdade é aquela que você percebe", e apega-se a esse, adere a outro tipo de dogmatismo. Mas é dogmático.
ExcluirPortanto, a coisa só representa obstáculo a um dogmatismo em detrimento de outro, mas a verdade continua intacta! Deixe-me tentar ser mais claro quanto ao que me refiro como dogma.
ExcluirVeja só como funciona a coisa.
O purgatório existe. Verdade absoluta!!!
O Papa assina novo dogma: purgatório não é um lugar que existe depois da morte, é um fogo interior... e de repente puf! Sumiu o purgatório com todas as suas harpias e almas moribundas. Cadê a verdade? Ficou só no mito de Dante! Se era verdade, meu filho, não deveria simplesmente deixar de existir só porque desacreditei. A fada sininho só existe enquanto creio na existência dela, deixo de crer, e ela deixa de existir. Será assim também com a verdade da existência do purgatório?
O único homem capaz de nos dizer o que era a verdade nos negou a resposta quando perguntou a Cristo o que era a verdade e simplesmente virou as costas... Ravi Zacharia
Continuaremos aqui esperando pela resposta dEle!
Crê que o calvinismo é verdade, então ele o é para você. E se não for em si mesmo?
ResponderExcluirGledson, responde só uma coisa. Tem como todo mundo está certo nessa pluralidade de opiniões? Um tem que está certo e o outro errado, não é?
ExcluirMinha percepção da realidade é aquela em que Deus é soberano e isso não se discute porque não vejo no homem nada que o coloque em posição de barganhar com Deus. Como disse John Piper "Deus não virou um idólatra do homem quando o criou". Ou como Deus mesmo disse a Jó "quem me deu alguma coisa para que eu tenha que retribuir?" A minha percepção de quem Deus é e de quem eu sou faz com que eu verifique que o posicionamento calvinista é verdadeiro.
Se o arminiano vê o mundo de outra forma, é claro que o calvinismo estará errado, mas só mesmo diante da percepção de mundo dele. Por que ele pode estar errado! E antes que você diga alguma coisa, nós também!
Mas NÃO TEM COMO os DOIS estarem certos sobre opiniões excludentes. Entende?
E por último, coisa que já foi tentada aqui diversas vezes, precisamos definir o que é livre-arbítrio. Quando o calvinista entende o estado de depravação total do homem (que não há nada no homem que não esteja comprometido pelo pecado, incluindo sua vontade) é impossível que o homem esteja LIVRE para arbitrar alguma coisa!
NESSE caso, não há certeza absoluta então? E a verdade absoluta?
ResponderExcluirNão exite essa de verdade absoluta! Alias, a verdade existe, ela está por aí... o que não exite é a percepção unânime dela. A tal verdade "absoluta" depende de ser percebida por alguém. Portanto, a verdade será sempre subjetiva, nunca objetiva.
ResponderExcluirSe não é assim, que foi isso que o Ratzinger fez com o purgatório? Ele deixou de enxergar a verdade absoluta?
André, não estou lembrado sobre a mudança com relação ao purgatório. Já me falaram disso, mas não encontrei nada. Poderia especificar melhor?
ResponderExcluirEm Cristo,
Gledson.
Ah, lembrei-me de que no ano passado o papa nos deu uma catequese sobre Santa Catarina de Gênova, a qual é conhecida por sua explicação do purgatório.
ResponderExcluirO Papa falou sobre Catarina de Gênova (1447-1510) e a visão dessa santa sobre o purgatório. Cita Livro do ano de 1551.
Na conversão de santa Catarina ela conheceu suas misérias e defeitos e a bondade de Deus. Sua ascese tinha por objetivo demonstrar seu amor a Deus. Ela abandonou-se na mão do Senhor.
Santa Catarina não teve revelação particular sobre o purgatório. Sua vida cristã, e “sua experiência de união com Deus” auxiliou a teologia a explicar o Evangelho, aprofundando-o.
Segundo sua experiência mística, ela fala do purgatório não como fogo exterior, mas interior (cf. Vida admirável, 171v).
A santa viveu o purgatório na terra: “E este é o fogo que purifica, é o fogo interior do purgatório.”
“A alma está consciente do imenso amor e da justiça perfeita de Deus e, por conseguinte, sofre por não ter correspondido de modo correcto e perfeito a tal amor, e precisamente o amor a Deus torna-se chama, é o próprio amor que a purifica das suas escórias de pecado.”
“Quando Deus purifica o homem, liga-o com um fio de ouro extremamente fino, que é o seu amor, e atrai-o a si com um afecto tão forte, que o homem permanece como que «superado, vencido e totalmente fora de si».”
Falando aos peregrinos, o papa diz: “para todos vai a minha saudação amiga de boas-vindas, com o convite a aderirdes sempre mais a Jesus Cristo e a fazerdes do seu Evangelho o guia do vosso pensamento e da vossa vida”. Sigamos isso!
Certamente você se referiu a esse sermão do papa, proferido em 12 janeiro de 2011. Santa Catarina tinha em foco a experiência do espírito do homem, sendo moldado pela graça de Deus. Ao invés de seguir a explicação comum, dos tormentos do fogo purificador vindo de fora, ela fala da purificação da alma em sua intimidade, sem negar esse. É como mostrar o outro lado da moeda. Enriqueceu, com suas palavras e vida cristã, a mesma doutrina da Igreja.
Eu, particularmente, aprendi muito com essa catequese.
André, o purgatório continua como dogma imutável. É uma verdade de fé. O papa, no final, diz assim: "Escrevendo acerca do purgatório, a santa recorda-nos uma verdade fundamental da fé, que se torna para nós um convite a rezar pelos defuntos, a fim de que eles possam chegar à visão beatífica de Deus na comunhão dos santos."
ResponderExcluirOque é ICAR?
ResponderExcluirNa paz do Cordeiro
Anderson Demoliner
Sola Gratia
Igreja Católica Apostólica Romana.
ExcluirEm Cristo,
Sobre a questão do purgatório vale ressaltar umas coisas:
ResponderExcluir1- A nova enciclopédia católica reconhece abertamente que a doutrina do purgatório não está explicitamente expressa na bíblia (11.1034).
2- De acordo com o ensino católico, o purgatório envolve apenas pecados veniais mais quando eles se utilizam por exemplo de Mateus 12.32,o pecado descrito no texto não é venial mais mortal,sendo eterno e imperdoável. Como é possível que uma declaração,a respeito da impossibilidade de perdão para um pecado mortal na vida vindoura, constitua a base para um argumento que diz que pecados não mortais serão posteriormente perdoados?
Prezado,
ResponderExcluirSe sem fé é impossível agradar a Deus, sendo que a fé é dada por Deus??? Como me converter?? ou é Deus quem me converte?? Sds, Mirna.
Olá Mirna,
ExcluirÉ exatamente isso mesmo! A fé é um dom e sua conversão é sobrenatural. Posso citar dois textos:
1) os quais não nasceram por descendência natural, nem pela vontade da carne nem pela vontade de algum homem, mas nasceram de Deus. João 1:13
2) Pois vocês são salvos pela graça, por meio da fé, e isto não vem de vocês, é dom de Deus;
A graça e a fé não vêm de nós, é dom de Deus!