“Todo aquele que é nascido de Deus não vive na prática de pecado… todo aquele que é nascido de Deus não vive em pecado” (1 Jo 3.9; 5.18).
O nascido de novo e o pecado
6 comentários:
"Se amássemos mais a glória de Deus, se nos importássemos mais com o bem eterno das almas dos homens, não nos recusaríamos a nos engajar em uma controvérsia necessária, quando a verdade do evangelho estivesse em jogo. A ordenança apostólica é clara. Devemos “manter a verdade em amor", não sendo nem desleais no nosso amor, nem sem amor na nossa verdade, mas mantendo os dois em equilíbrio (...) A atividade apropriada aos cristãos professos que discordam uns dos outros não é a de ignorar, nem de esconder, nem mesmo minimizar suas diferenças, mas discuti-las." John Stott
Sua leitura deste post muito me honrou. Fique à vontade para expressar suas críticas, sugestões, complemetos ou correções. A única exigência é que seja mantido o clima de respeito e cordialidade que caracteriza este blog.
Clóvis:
ResponderExcluirNA Bíblia Sagrada há passagens difíceis. Essa é uma delas. J. C. Ryle fez o melhor para explicá-la, de forma harmoniosa com a doutrina reformada. No entanto, seu esclarecimento permenece imperfeito. Ele diz que o regenerado odeia o pecado e deseja ardentemente não mais cometê-lo. ISSO É VERDADE. Contudo, o texto sagrado afirma algo superior: o nascido de Deus NÃO COMETE PECADO/NÃO PODE PECAR/O MALIGNO NÃO LHE TOCA. (A tradução usada acima parece ter sido baseada no entendimento que Ryle expôs, pois usa o conceito de ação contínua: não vive na prática do pecado/não vive em pecado. Isso pode obscurecer um pouco o que a Escritura afirma).
Dallas Willard comenta que numa ocasião ele, com seu grupo de graduados, estudava a Escritura. Comentando essa passagem, um dos mais sofisticados, entre eles, apresentou substancialmente a mesma posição que Ryle, acima:"aquele que é nascido de Deus não peca o tempo todo ou continuamente". Dallas continua: "Experimentamos um curto momento de triunfo". No entanto, ao continuar a reflexão, o grupo encontrou problemas graves. Ele afirma: "Uma leitura franca e sem rodeios do texto parecia deixar estas únicas alternativas: ou o indivíduo é livre do pecado ou não é filho de Deus. Uma opção extremamente difícil". Se se pensar na possibilidade de parar de pecar, alguém dirá: "Quem você pensa que é?". Se se afirma que não há propósito ou possibilidade de parar de pecar, gera-se perturbação. "E com razão", diz Willard. De fato, essa passagem gera problemas no Protestantismo.
O nascido de Deus não peca. Não comete pecado. O Maligno não lhe toca. (1 Jo 3,9 e 5,18).
Deve-se sair desse problema e entender a Escritura DA FORMA que ela está ensinando, sem rodeios.
Como fazer, nesse caso específico, já que a exposição de Ryle é, ainda, insatisfatória, pois deixa uma passagem bíblica não devidamente explicada?
Até logo.
Clóvis, alguns assuntos que espero que vc aborde aqui: O batismo em Nome de Jesus, Milênio e Romanos 7.
ResponderExcluirO 'mestre' da santidade, Ryle, tem muito a nos ensinar.
Quando puder, leia a critica (e critique), que fiz ao seus post sobre línguas...
http://mcapologetico.blogspot.com/2011/12/as-novas-linguas-segundo-o-irmao-clovis.html
abraços
Luciano,
ResponderExcluirBatismo em nome de Jesus eu tratei brevemente num comentário, não faz muito tempo. Romanos 7 está na minha lista.
Mas sobre milênio, não tenho lá muita coragem de escrever. Sou pré-milenista histórico (não dispensacionalista), mas não sei se conseguiria fazer uma defesa que fosse minimamente aceitável. Mas não custa tentar.
Quanto ao seu texto, eu já escrevi uma resposta. Mas a deixei em banho-maria, pois antes dela quero postar a defesa positiva que estou fazendo do dom de línguas.
Em Cristo,
Clóvis
Gledson,
ResponderExcluirReconheço a dificuldade da passagem. Acho a explicação de Ryre uma boa explicação e possivelmente a mais acertada, pelo que a publiquei. Mas não afirmarei que é a melhor explicação que temos.
Você poderia nos expor o seu entendimento da passagem, ou a do catolicismo romano? Independente de virmos a concordar ou não, apreciarei que o faça.
Em Cristo,
Clóvis
Primeiro, citarei o que o pe. Vicente Wrosz escreveu sobre 1 Jo 1,8-10 e 1 Jo 3,9 e toca essa questão:
ResponderExcluir“Como resposta, é bom lembrar o princípio bíblico de que entre as verdades bíblicas, reveladas por Deus, não pode haver contradições.” (...) “Por isso a tradição apostólica interpreta as palavras de I Jo 3,9 (...) no sentido de “não deve pecar gravemente”, já que possuindo a graça de Deus, tem suficiente força para vencer as tentações. Enquanto as claras palavras em I Jo 1,8-10 falam dos pecados leves...”
Clóvis,
ResponderExcluirConcordo com a explicação do PE. Vicente e explico a razão. O texto bíblico é entendido como está escrito.
1 Jo 1, 8: se dissermos que não temos pecados, enganamo-nos a nós mesmos...
Então, TEMOS PECADOS. Praticamos pecados. Temos DE reconhecer isso.
1 Jo 1,9: Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados...
Basta confessarmos para receber o perdão (com o devido arrependimento e etc.).
1 Jo 1, 10
Se dissermos que não pecamos, fazemo-lo mentiroso....
Outra vez a necessidade de reconhecer que cometemos pecados.
É uma verdade estabelecida.
1 Jo 3,6
Qualquer que permanece nele não peca...
É importante notar que o texto não diz "não peca sempre" ou coisa do tipo, mas que o fiel NÃO PECA.
1 Jo 3,9
Qualquer que é nascido de Deus não comete pecado...
Outra verdade estabelecida.
Em primeiro lugar é uma realidade cometermos pecados, mesmo salvos, pelo que devemos pedir o perdão de Deus. São Tiago afirma que “Todos tropeçamos em muitas coisas”.
Em segundo lugar, é um fato que a PERMANÊNCIA em Cristo impede cometer pecado.
A harmonia das passagens funda-se na verdade de que embora cometamos pecados muitas e muitas vezes, esses pecados não ferem a comunhão com Deus a ponto de separar-nos dEle. Há aqui a doutrina dos "graus de pecados: leve e mortal". Basta que estejamos sempre humildes e contritos e confessemos os pecados. Os pecados mortais, por sua vez, são aqueles cometidos quando o fiel afasta-se do Senhor e O ofende deliberadamente, merecendo a morte eterna. Esse tipo de pecado, aquele que permenece em Cristo NÃO COMETE.
Até logo.