O livre-arbítrio que não temos

A Escritura testemunha com frequência que o homem é escravo do pecado; o que quer dizer que seu espírito é tão estranho à justiça de Deus que não concebe, deseja ou empreende coisa alguma que não seja má, perversa, iníqua e suja; pois o coração, completamente cheio do veneno do pecado, não pode produzir senão os frutos do pecado.

Não pensemos, porém, que o homem peca como impelido por uma necessidade iniludível, pois peca com o consentimento de sua própria vontade, continuamente e segundo sua inclinação. Mas como a causa da corrupção de seu coração odeia profundamente a justiça de Deus, e por outro lado lhe atrai toda sorte de maldade, por isso se diz que não tem o livre poder de escolher o bem e o mal — que é o que chamamos de livre arbítrio.

João Calvino
In: Breve Instrução Cristã

6 comentários:

  1. Mais um da série "barro nas mãos do oleiro"...

    Só é uma pena que exista tanto "barro" querendo ser "oleiro"!!!!

    É o cumulo da arrogancia! rs

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  2. Eu acredito que muitos, se tivessem que optar pela soberania de Deus e a autonomia do homem, ficariam com está, a despeito do que a Bíblia dissesse.

    Em Cristo,

    Clóvis

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  3. Só para esclarecer. A Ednéia aí de cima é a namorada do meu filho, que deixou a conta aberta.

    Mas a resposta é minha.

    Em Cristo,

    Clóvis

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  4. e verdade o homem e escravo do pecado,so atraves do espirito santo ele pode mudar,mas ainda bem que existe a misericodia de Deus.

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  5. Seu comentário é verdadeiro. De fato, o homem está escravizado pelo pecado e sem a ação poderosa do Espírito Santo assim permanecerá, sem se dar conta de suas algemas. Daí, a misericórdia de Deus, do contrário, ninguém se salvaria.

    Em Cristo,

    Clóvis

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  6. CLóvis, depois dá uma olhada na 'pena' do Neto...
    http://mcapologetico.blogspot.com/2011/01/os-erros-de-interpretacao-de-leandro.html

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"Se amássemos mais a glória de Deus, se nos importássemos mais com o bem eterno das almas dos homens, não nos recusaríamos a nos engajar em uma controvérsia necessária, quando a verdade do evangelho estivesse em jogo. A ordenança apostólica é clara. Devemos “manter a verdade em amor", não sendo nem desleais no nosso amor, nem sem amor na nossa verdade, mas mantendo os dois em equilíbrio (...) A atividade apropriada aos cristãos professos que discordam uns dos outros não é a de ignorar, nem de esconder, nem mesmo minimizar suas diferenças, mas discuti-las." John Stott

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