Minha sugestão ao Bispo Macedo sobre o aborto


Estou com o Bispo Macedo em seu artigo "Jesus fala sobre o aborto": se o aborto for descriminalizado, "pode sim acontecer uma expressiva diminuição do número de crianças pobres, desnutridas e vítimas de todo tipo de abuso por serem pobres e abandonadas". E como crianças pobres, desnutridas e vítimas de abuso não são economicamente ativas e não tem meios de sacrificar na fogueira santa de Israel, não há razão para que vivam. Seria um investimento sem retorno.

Apenas que em nome da prudência, recomendaria algum cuidado, pois é verdade que há algumas exceções à regra: algumas dessas criança podem vir a ser amadas por seus pais, caso venham para a Igreja Universal, ou sejam adotadas por famílias que amem e cuidem dela, não sendo impossível que até prosperem e se tornem dizimistas fiéis. Então é bom ter certeza antes de tomar uma medida irreversível como o aborto.

Minha sugestão ao bispo é que se espere um pouco mais antes de matar um bebê sem futuro. Não apenas nove meses, acho que isso é pouco tempo e poderíamos estar matando um futuro auxiliar do bispo Macedo. Sugiro nove anos. É tempo suficiente para termos certeza se o aborto seria mesmo a melhor medida do ponto de vista econômico e social.

Se até aos nove anos a criança não estiver numa família que lhe dê amor e educação, seja seus pais naturais ou adotivos, então é certo que ela estará pelas ruas, abandonada, pobre, vítima de violência e iniciando sua vida criminosa, possivelmente já viciada em drogas. Neste caso, é só instituir uma espécie de carrocinha para crianças desgraçadas da vida, que à noite percorrerá viadutos, praças e outros depósitos de gente que não contribui para a sociedade e pegá-las enquanto tentam se proteger do frio com jornais velhos.

O procedimento a partir daí é padrão. Depois de uma espera de 15 dias, elas serão exterminadas. Mas não se preocupem, não sentirão dor, será com uma injeção letal, não perceberão jamais o que lhes aconteceu. Será bem menos doloroso e angustiante que um aborto por sucção ou injeção de solução salina, em que o bebê se debate e luta por sua vida. É um procedimento simples, rápido e limpo.

Mas, por que esperar mais 15 dias, se já se esperou nove anos? Bem, é que até a última hora pode aparecer alguém querendo adotar a criança. Veja bem, se cada família da Igreja Universal adotar uma criança abandonada nas ruas ou orfanato, praticamente se resolve o problema de crianças pobres, subnutridas e vítimas de violência no Brasil. E se cada família de outras igrejas fizerem o mesmo, faltarão crianças.

Mas não sejamos hipócritas, isso não vai acontecer mesmo, então o bispo está certo, a solução é matar crianças com potencial para pobreza e abandono. Esperar até os nove anos é dar uma chance a elas de provarem que são econômica e socialmente viáveis. É mais do que merecem, não podem reclamar quando forem recolhidas pela carrocinha, tiveram sua chance.

Sugestão dada, espero que o bispo a considere.

PS.: Veja a contundente resposta de Hermes Fernandes ao antibispo Macedo:


15 comentários:

  1. É, Clóvis, que cristianismo vivemos?

    Os romanos podiam despejar as crianças em locais previamente determinados pelo estado para serem "consumidas" por animais selvagens, como uma solução, caso não se conseguisse abortá-las. A Igreja Primitiva tomou a iniciativa de recolher essas crianças e criá-las, o que provocou a ira do governo e da sociedade romana. Foram perseguidos por isso; muitos presos, muitos mortos. O relato está no livro do Rousas Rushdoony, ed. Monergismo, O "Ateísmo" da Igreja Primitiva.

    Lendo, pensei que se cada cristão adotasse uma criança em situação de abandono, não haveria mais crianças abandonadas. Tenho conversado com minha esposa sobre isso já há alguns anos, mesmo antes da minha conversão, mas ela se mantém irredutível a não adotarmos uma criança. Tenho orado e pedido a Deus que quebrante o seu coração nesse sentido, o que ainda não aconteceu. Sinto que como igreja estamos cada vez mais nos tornando individualistas, egoístas, interesseiros, e pouco ou nada cristãos. A palavra cristão quer dizer semelhante, igual a Cristo. Parecemos mais uma antítese dele.

    Pior ainda é ver cristãos defendendo "bandeiras" nitidamente humanistas, anti-bíblicas e mundanas como o aborto, o homossexualismo, o divórcio, o recasamento, etc, como se fosse algo normal, e não estivesse em oposição à Escritura. Não falo do Macedo, mas de batistas, presbiterianos, metodistas, etc. O que prova mais uma vez que, a despeito do crescimento numérico de evangélicos no país, pouco ou nada a igreja tem sido sal e luz nesse mundo em trevas.

    Excelente post, que pode servir para acordar aqueles que dormem.

    Cristo o abençoe!

    Abraços.

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  2. minha sugestão para o Macedo, falso profeta e filho do diabo; pegue uma tesoura e corte partes de seu corpo (tal como alguns procedimentos abortivos)começando pelas mãos ou pela língua, ou peça a alguém a começar pela cabeça. Ok? Será vai doer?
    Ou mesmo, sabe aqueles compressores de encher pneus de carros que tem nos postos? Coloque a mangueira na sua boca e cole, dispare o dispositivo até estourar a sua cabeça...será que isso dói? Acha que uma criança que nasce aos 5 meses não sente dor quando tem 3, ou 4 meses na barriga da mãe?
    Melhor seria o senhor não ter nascido do que dito isso o que disse...

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  3. Caro Clóvis, não tem muita a ver com o post, mas tem certa ligação; por favor, divulgue o vídeo abaixo, e dê uma olhada nesse link http://portal.mj.gov.br/sedh/pndh3/index.html

    Vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=ILwU5GhY9MI

    Paz,

    Pj

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  4. Peço que todos vejam esse vídeo:

    http://www.youtube.com/watch?v=4FC73_RpYg0

    Não é um video diretamente contra o aborto, mas é um testemunho de uma indiana que foi salva por Deus.
    Se prestarem atenção, verão que certo momento, antes de se converter, ela tentou matar seu filho porque este não andava nem falava, e isso trazia muita tristeza à ela.

    É um crime hediondo matar um inocente. Ainda mais pra pagar os erros dos adultos.

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  5. Jorge,

    "Os romanos podiam despejar as crianças em locais previamente determinados pelo estado para serem "consumidas" por animais selvagens, como uma solução, caso não se conseguisse abortá-las."

    Não dá idéia, Jorge, não dá idéia...

    Clóvis

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  6. Calminha, Luciano, calminha, calminha... está calminho agora?

    Clóvis

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  7. Bom, Clóvis, um ótimo texto.
    Agora, imagine só se fosse possível viajar no tempo. Agora, imagine se alguém do presente e viajasse para o passado e tentasse convencer a mãe do Edir Macedo a prática do aborto, o que certamente o impediria de vir a vida.
    Agora, imagine que ele percebesse isso. Com certeza viajaria para o passado para tentar convencer sua própria mãe a não abortar a criança que está no ventre, pois a tal criança ele bem saberia que era ele próprio.
    O que com isso quero dizer?: Se os tais defensores do aborto corressem risco de no passado serem abortados pelas suas mães, certamente correriam contra o tempo para salvar a própria pele. Mas, quando a pele é dos outros pouco se importam.

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  8. carloshenrique,

    aqui está um presente pra você botar seu plano em prática:
    http://mentessuspeitas.files.wordpress.com/2010/02/bttf-delorean.jpg

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  9. Melhor seria se este homem não tivesse nascido, pelo menos ele não ficaria por aí espalhando heresias por todo lado!!!
    Ficar por aí distorcendo a Palavra de Deus, para explorar os pobres e ficar mais rico, tudo bem já estou até acostumada já que esta não é uma prática apenas da IURD, infelizmente.
    Mas agora distorcer as Escrituras para dizer que Deus é a favor do aborto, como ele mesmo diz "em alguns casos" isso já é de mais, é muito heresia e oportunismo para uma pessoa só.

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  10. Simplesmente, brilhante!

    Aproveite pra conferir meu vídeo resposta ao bispo Macedo:
    http://www.youtube.com/watch?v=YeWYANlB_rI

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  11. Hermes,

    Soli Deo glória.

    Tomei a liberdade de postar o video publicado em seu canal Cá entre nós, com a recomendação de que todos assistam. Especialmente os "auxiliares" do Edir, para que considerem se não estão se tornando cúmplices de assassinato de crianças.

    Em Cristo,

    Clóvis

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  12. clóvis acabei de ler o texto sobre o edir macedo e o aborto... como smp ótimos posts... Parabéns...

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  13. Quando a Universal começou lá nos anos 70,as igrejas históricas
    (batista,presbiteriana,assembléia de Deus)olharam para suas práticas
    que já eram completamente estranhas com indiferença.
    Ninguém falou nada.
    "Não podemos julgar".
    "È o costume deles".
    "Lá é um pronto-socorro espiritual".
    Olha no que deu.
    Olha o que dá quando os líderes se calam diante do erro.
    Até hoje somente a presbiteriana afirmou oficialmente que aquilo
    é seita.
    Se lá atrás as igrejas houvessem afirmado e alertado á todos os
    erros grosseiros desse movimento,talvez tantos não estivessem
    sendo enganados.
    Mas preferiram calar-se.
    Preferiram o "politicamente correto".
    Coisa que jesus nunca foi("sepulcros caiados"!lembram?).
    Mas os homens são diferentes.
    Não tem o mesmo amor à Palavra que Jesus.
    Não tem coragem de fazer um azorrague e expulsar os vendilhões.
    Que Deus nos ajude!

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  14. Anônimo,

    Pena que não colocou seu nome. Mas concordo em gênero, número e grau com suas afirmações. Os pecados da IURD são os pecados da igreja evangélica brasileira.

    Em Cristo,

    Clóvis

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  15. O comentário do Anônimo não poderia ser mais lúcido! E Clóvis, você foi ainda mais brilhante ao sintetizar tudo em uma unica frase:

    "Os pecados da IURD são os pecados da igreja evangélica brasileira."

    Al Gore chamaria isto de "Uma verdade incomoda", eu acredito que seja um "Verdade Necessária"!

    nEle

    Carlos

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"Se amássemos mais a glória de Deus, se nos importássemos mais com o bem eterno das almas dos homens, não nos recusaríamos a nos engajar em uma controvérsia necessária, quando a verdade do evangelho estivesse em jogo. A ordenança apostólica é clara. Devemos “manter a verdade em amor", não sendo nem desleais no nosso amor, nem sem amor na nossa verdade, mas mantendo os dois em equilíbrio (...) A atividade apropriada aos cristãos professos que discordam uns dos outros não é a de ignorar, nem de esconder, nem mesmo minimizar suas diferenças, mas discuti-las." John Stott

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