Deus é fiel na disciplina ministrada ao Seu povo. Ele não é menos fiel naquilo que retira, do que naquilo que dá. É fiel quando envia tristeza como quando outorga alegria. A fidelidade de Deus é uma verdade que devemos confessar não somente quando a tranqüilidade nos bafeja, mas também quando nos afligirmos sob o castigo mais áspero. Tampouco esta confissão deve ser apenas de boca, mas também de coração, Quando Deus nos fere com a vara da punição, é a fidelidade que a maneja. Reconhecer isso significa que nos humilhamos diante dEle, confessamos que merecemos totalmente a Sua correção e, em vez de murmurar, damos-Lhe graças por isso. Deus nunca nos aflige sem algum motivo: "Por causa disto, há entre vós muitos fracos e doentes..." (1 Coríntios 11:30), ilustra este princípio. Quando a Sua vara cair sobre nós, digamos com Daniel: "A ti, ó Senhor, pertence a justiça, mas a nós a confusão de rosto..." (9:7).
"Bem sei eu, ó Senhor, que os teus juízos são justos, e que em tua fidelidade me afligiste" (Salmo 119:75), Problemas e aflições não são apenas coerentes com o amor de Deus empenhado na aliança eterna, mas são partes da sua administração. Deus é fiel não só quando afasta as aflições, mas também é fiel quando no-las envia. "Então visitarei com vara a sua transgressão, e a sua iniqüidade com açoites, Mas não retirarei totalmente dele a minha benignidade, nem faltarei à minha fidelidade" (Salmo 89:32-33), O castigo não é apenas conciliável com a benignidade amorosa de Deus, mas também é seu efeito e expressão. A mente dos servos de Deus se tranqüilizaria muito se eles se lembrassem de que a aliança de Deus O obriga a aplicar-lhes correção oportuna. As aflições são-nos necessárias: "...estando eles angustiados, de madrugada me buscarão" (Oséias 5:15).
Deus é fiel na glorificação do Seu povo, "Fiel é o que vos chama, o qual também o fará" (1 Tessalonicenses 5:24), A referência imediata aqui é aos santos serem "preservados inculpáveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo". Deus nos trata, não com base em nossos méritos (pois não temos nenhum), mas por amor do Seu grande nome. Deus é constante para consigo mesmo e segundo o propósito da Sua graça, "... aos que chamou ... a estes também glorificou" (Romanos 8:30). Deus dá plena demonstração da constância de Sua bondade eterna para com os Seus eleitos, chamando-os eficazmente das trevas para a Sua maravilhosa luz, e isto deveria torná-los seguros da certeza da sua continuidade. "... o fundamento de Deus fica firme..." (2 Timóteo 2; 19), Paulo estava firmado na fidelidade de Deus quando disse: "...eu sei em quem tenho crido, e estou certo de que é poderoso para guardar o meu depósito até àquele dia" (2 Timóteo 1:12).
A. W. Pink
A perseverança dos santos é obra do poder de Deus. Mas infelizmente só poderemos entender este fato quando passarmos pela dor. Não se pode teologizar algo que apenas a dor manifestará a essência. Sinto que esta doutrina não é entendida pelos santos, pois se entregam as obras na tentativa de fazer aquilo que apenas a graça tem o poder.
ResponderExcluirEnfim, só persevera no caminho, quem sabe com quem caminha e por quem é guardado. Precisamos manter o contato com o Senhor em nossa caminhada, principalmente quando a beira do caminho formos confrontados com a humilhação.
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