Jesus nos confiou Sua obra

Pesquisei os quatro evangelhos para observar como Jesus se preparou para a nova fase da liderança, e se nota uma tendência: durante os três anos de seu ministério, Jesus foi cada vez mais entregando sua obra para os discípulos. De início, ele realizava todas as curas, exorcismos, ministério e evangelização. Mas, à medida que o momento da sua morte ia se aproximando, ele se concentrava cada vez mais em treinar aqueles que ficariam para trás. Alguns acontecimentos primordiais se destacam.

"Eu os estou enviando como cordeiros entre lobos", disse Jesus, ao alertar um dos primeiros grupos de seguidores a partir em seu nome (v. Lc 10.1-24). Dessa forma, ele começou a confiar tarefas sagradas a um heterogêneo grupo de 72 principiantes. Não obstante os severos alertas, todos alcançaram um grande sucesso em sua missão. Eles, exuberantes, relataram: "Senhor, até os demônios se submetem a nós, em teu nome". Jesus reagiu com um entusiasmo sem igual — não conheço nenhuma outra situação que o mostre tão cheio de alegria. Ele irrompe em orações e então pronuncia estas sonoras palavras: "Pois eu lhes digo que muitos profetas e reis desejaram ver o que vocês estão vendo, mas não viram; e ouvir o que vocês estão ouvindo, mas não ouviram". As obras do Reino tinham avançado, mas daquela vez isso ocorreu enquanto o próprio Jesus estava atuando em um papel indireto. Suas exclamações enfatizaram a importância daquele passo.

Mais tarde, já no fim da vida na terra, Jesus deu mais um passo: entregou toda a missão. A transferência ocorreu em uma reunião, a última ceia, que não possui paralelo no Novo Testamento, no que diz respeito a sua intensidade emocional. Naquela noite, Jesus disse: "E eu lhes designo um Reino, assim como meu Pai o designou a mim" (Lc 22.29). Daquele momento em diante, ele passou a se valer principalmente da "saída"; a forma indireta de operar por intermédio das "células" humanas.

Phillip Yansey 
In: À imagem e semelhança de Deus.

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"Se amássemos mais a glória de Deus, se nos importássemos mais com o bem eterno das almas dos homens, não nos recusaríamos a nos engajar em uma controvérsia necessária, quando a verdade do evangelho estivesse em jogo. A ordenança apostólica é clara. Devemos “manter a verdade em amor", não sendo nem desleais no nosso amor, nem sem amor na nossa verdade, mas mantendo os dois em equilíbrio (...) A atividade apropriada aos cristãos professos que discordam uns dos outros não é a de ignorar, nem de esconder, nem mesmo minimizar suas diferenças, mas discuti-las." John Stott

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