Cristo nos fala que Deus quer que Seus seguidores sejam servos, não senhores. As pessoas mais próximas de Cristo durante o período em que Ele estava aqui na terra foram aqueles homens que Ele escolheu para serem Seus discípulos. Eles foram privilegiados pelo fato de estarem com Ele enquanto Ele exercia Seu ministério. Eles o ouviam ensinar. Eles viam Seus milagres, Eles eram testemunhas oculares dos encontros de Jesus com os líderes religiosos. Eles o viram socorrer ao próspero, ao pobre, ao deficiente físico e ao espiritualmente desesperado. Eles estavam numa posição invejável — eles andaram com o Senhor Jesus.
Apesar da posição de seguidores e aprendizes de Jesus, os discípulos muitas vezes evidenciaram -se como sendo fanáticos, servidores de si mesmos e com dolorosa falta de visão. Eles precisavam aprender que, o que Deus pensa de Seus seguidores é mais importante que o que eles pensam de si mesmos.
O que eles pensavam. Embora os discípulos crescessem progressivamente em seu entendimento no que diz respeito ao reino que Jesus tinha vindo estabelecer, seu conceito sobre si mesmos e seu papel nesse reino não eram sempre acurados.
- Eles viam a si mesmos como privilegiados confidentes, desfrutando dos benefícios de estarem perto do Mestre.
- Eles se viam como merecedores de sua posição favorável como Seus discípulos.
- Eles se viam como atingindo um posto onde seriam servidos ao invés de servirem.
- Eles se viam no direito de sentar à esquerda ou à direita de Cristo no reino.
- Eles viam seu trabalho com tal importância que nem podiam ser molestados por pessoas simples ou por criancinhas.
Quando lemos os evangelhos cuidadosamente, no entanto, observamos que, na verdade, os discípulos eram tardios em aprender algumas das mais importantes verdades que Jesus veio nos ensinar.
O que Deus pensava. O que os discípulos pensavam sobre seu lugar no reino de Cristo realmente não era tão importante quanto o que Deus pensava. Aqui estão algumas declarações que expressam Suas expectativas em relação a Seus discípulos:
- Porque Ele é onipotente, Deus quer que seus seguidores falem e trabalhem na autoridade de Cristo.
- Porque Ele é eterno, Ele quer que eles vivam em função das coisas celestiais e não das coisas terrenas.
- Porque Ele é justo, Ele quer que eles adotem os valores de Cristo.
- Porque Ele é onipresente, Ele quer que eles estejam assegurados da Sua proteção e poder.
- Porque Ele é juiz, Ele quer que eles saibam que obediência é mais importante do que posições.
- Porque Ele é amor, Ele quer que eles sirvam os membros da humanidade.
Talvez o mais importante princípio do discipulado seja o de servir. O que faz o Cristianismo ser diferente — e o que faz funcionar — é a disposição dos seguidores de Cristo em servir uns aos outros.
Em nenhum momento isso esteve tão evidente do que quando os discípulos de Jesus estiveram reunidos com Ele no salão da ceia, na noite anterior à sua morte. Embora tivessem estado com Ele por três anos, eles não haviam aprendido a lição de servir. Eles ainda estavam discutindo quem teria o maior posto no reino que Ele tinha vindo estabelecer. Nesta noite decisiva, nenhum deles observaria a comum cortesia de curvar-se para lavar os pés uns dos outros. E então Jesus o fez. E quando Ele se ajoelhou para lavar os pés dos discípulos, Ele estava demonstrando a atitude que Deus quer que Seus seguidores tenham: uma disposição de servirem uns aos outros.
Já nos primórdios do Antigo Testamento, Deus fez saber que Ele odiava o orgulho arrogante e o espírito altivo, e que Ele exaltava o fraco e o humilde. Isso é ilustrado no chamado de Davi. Quando Samuel veio ungir um dos filhos de Jessé como o próximo rei de Israel, todos pensaram que seria o belo e talentoso Eliabe (veja I Samuel 16: 6). Mas foi Davi — o mais jovem e menos favorito — que recebeu essa honra.
O princípio do servir, não era novidade. É um princípio permanente. É ainda válido para os seguidores de Cristo de hoje. Devemos procurar o último assento; o fraco entre nós será forte, o último será primeiro e o humilde será exaltado.
Martin R. Haan
Cristo, a Palavra Viva
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"Se amássemos mais a glória de Deus, se nos importássemos mais com o bem eterno das almas dos homens, não nos recusaríamos a nos engajar em uma controvérsia necessária, quando a verdade do evangelho estivesse em jogo. A ordenança apostólica é clara. Devemos “manter a verdade em amor", não sendo nem desleais no nosso amor, nem sem amor na nossa verdade, mas mantendo os dois em equilíbrio (...) A atividade apropriada aos cristãos professos que discordam uns dos outros não é a de ignorar, nem de esconder, nem mesmo minimizar suas diferenças, mas discuti-las." John Stott
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