O cristão e a política: uma visão bíblica abrangente

Enquanto a política é sempre discutida em termos de questões atuais, ela é fundamentalmente um debate de ideias e direção. As gerações anteriores entendiam bem esse fato; as pessoas dos séculos XIX e XX eram cientes de que as ideias do Iluminismo e da Revolução Francesa eram contrárias ao pensamento bíblico. Essa foi a razão por que o partido de Kuyper foi chamado de Partido Anti-Revolucionário.

Por contraste, muitas pessoas de nossos dias, até na igreja, tem adotado inconscientemente a teoria dos dois âmbitos da verdade que os modernistas tem recomendado. Aceitamos uma divisão entre fatos e valores, agindo em sistemas que aceitam a prova do método científico como refletindo um tipo de verdade, enquanto a prova da fé resulta em algo menos verdadeiro, publicamente. Ressentimo-nos da insistência dos secularistas de que a religião é algo particular, mas, apesar disso, adotamos o sistema individualista deles. Podemos ver prontamente como a nossa fé nos dá algo a dizer a respeito de certas questões morais como o aborto e o casamento, mas temos dificuldade para ver importância de nossa fé para um plano de desenvolvimento urbano, estratégia de impostos ou política internacional.

Quando os cristãos reformados vivem com uma fé particular que afeta somente partes de sua vida, eles perdem grande parte das riquezas do legado puritano.


Joel R. Beeke
In: Vivendo para a glória de Deus

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"Se amássemos mais a glória de Deus, se nos importássemos mais com o bem eterno das almas dos homens, não nos recusaríamos a nos engajar em uma controvérsia necessária, quando a verdade do evangelho estivesse em jogo. A ordenança apostólica é clara. Devemos “manter a verdade em amor", não sendo nem desleais no nosso amor, nem sem amor na nossa verdade, mas mantendo os dois em equilíbrio (...) A atividade apropriada aos cristãos professos que discordam uns dos outros não é a de ignorar, nem de esconder, nem mesmo minimizar suas diferenças, mas discuti-las." John Stott

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