As Indulgências: estopim da Reforma


A base doutrinária para a existência de indulgência era o ensino da Igreja de que ela tinha a custódia (a guarda) dos Tesouros dos Méritos que foram adquiridos pelos grandes santos que haviam excedido as boas obras necessárias para a salvação. Esse excesso de méritos se tornava uma fonte que a Igreja poderia distribuir aos que estavam deficientes espiritualmente, os pecadores necessitados. Isso era feito através de um certificado assinado pelo Papa que era adquirido pelo povo e assim se obter os méritos que necessitavam desta “caixa de méritos”, deste tesouro de méritos. 

Foi nos anos de 1460 a 1470 que o Papa Sixtus IV declarou os benefícios das indulgências para os que haviam ido para o purgatório. Como fruto da ignorância espiritual e da sede de riqueza e poder por parte da Igreja, surgiram as indulgências através dais quais a salvação era comprada por dinheiro. Esse dinheiro era dividido entre os banqueiros da época, o Papa, e uma parte ficava com o mais talentoso vendedor de indulgências: Tetzel. Na venda destas indulgências havia variedade de preços, pois Tetzel era hábil e criou um meio de atingir os ricos e pobres. Quem era rico dava mais e os pobres davam menos, mas todos davam.

Era outono de 1517 quando começaram as vendas destas indulgências. O anúncio era de que os compradores poderiam obter remissão dos pecados das pessoas queridas que já houvessem morrido e ido para o purgatório. Consequentemente pessoas faziam esforços tremendos para libertarem seus queridos dos tormentos do purgatório (lugar de punição temporal pelos pecados) e tivessem a entrada no céu assegurada. Para isso bastava comprar os certificados assinados pelo Papa. Tetzel repetia sempre o “jingle”: “Assim que a moeda no cofre tilintar, alma do purgatório saltará”.

Informações destas atividades de Tetzel chegaram ao conhecimento de um professor de Teologia da Universidade de Wittemberg que as recebeu completamente consternado, mas, provocando sua ira. Seu nome era Martinho Lutero. Ele já havia refletido muito sobre sua condição de pecador e sua incapacidade para ser salvo através de obras meritórias e havia chegado à conclusão, pelas Escrituras, que a salvação é pela graça de Deus somente.

No dia 31 de outubro de 1517, Martinho Lutero, inflamado, desafiou a Igreja protestando de uma forma que ficaria marcada na história da Igreja perpetuamente. Foi à frente da porta da igreja do castelo de Wittenberg com um documento na mão e um martelo na outra, e afixou na porta uma lista com 95 protestos escritos em latim contra a venda das condenáveis e antibíblicas indulgências. Lutero anunciava ao povo que eles estavam sendo cruelmente enganados. A imprensa escrita que havia sido inventada por Gutemberg foi de muita importância para a divulgação das teses de Lutero em toda Europa, sendo traduzido para vários idiomas. Com isso, a venda de indulgências caiu muito e fez “doer” muito o bolso da Igreja. Isso provocaria a Dieta de Worms onde Lutero mais tarde seria julgado pelos seus escritos e convicções.

Naquela época a Igreja ensinava que o perdão dos pecados poderia ser conseguido através do sacramento da penitência, quando o padre, representando Jesus, absolvia o pecador que confessava seus pecados e dava uma contribuição à Igreja como penitência. Lutero queria uma reforma na Igreja; queria trazê-la de volta às Escrituras para restaurar a pureza da fé. Não queria se tornar fundador de uma igreja separada. Lutero soube depois que a corrupção já havia atingido a cúpula de Roma e que o Papa Leão X e Albrecht, o arcebispo de Mainz haviam organizado a venda das indulgências.

Manoel Canuto
In: A fé protestante

23 comentários:

  1. Estou na igreja católica e estive aqui para uma melhor compreenção, não pretendo discutir estou no caminho e este com certeza me levará a Cristo e o que estou conhecendo da Igreja católica Hoje para mim é muito importante saber que mais de 2000 anos e as portas do inferno não prevaleceram contra ela e de Martinho Lutero para cá muita coisa mudou tantos quantos erro e houve papa que pediu publicamente perdão pelos erros cometidos por membros da igreja, mais ela continua com suas doutrinas, seus dogmas de Fé, seu Catecismo e nada a impede de seguir e prosseguir em conhecer ao Senhor, se existe erro com certeza a igreja tem buscado o melhor para o povo de Deus estou Feliz, para mim é gratificante conhecer os sacramentos, e abraçar a Fé Católica tem me tornado muito Feliz, tenho conhecido um Deus de Amor e não um carrasco que só quer me castigar até mesmo pela minha maneira de me vestir e outros, mais gostei de conhecer o que houve em 1517 mais minha admiração e meu amor pela Fé Católica não alterou em nada e peço que Deus ilumine o coração e a mente da humanidade para que possamos adorar um Só Deus, Pai de todos e que vivamos oSamo que diz: Quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união. um abraço a todos.

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  2. Estou na igreja católica e estive aqui para uma melhor compreenção, não pretendo discutir estou no caminho e este com certeza me levará a Cristo e o que estou conhecendo da Igreja católica Hoje para mim é muito importante saber que mais de 2000 anos e as portas do inferno não prevaleceram contra ela e de Martinho Lutero para cá muita coisa mudou tantos quantos erro e houve papa que pediu publicamente perdão pelos erros cometidos por membros da igreja, mais ela continua com suas doutrinas, seus dogmas de Fé, seu Catecismo e nada a impede de seguir e prosseguir em conhecer ao Senhor, se existe erro com certeza a igreja tem buscado o melhor para o povo de Deus estou Feliz, para mim é gratificante conhecer os sacramentos, e abraçar a Fé Católica tem me tornado muito Feliz, tenho conhecido um Deus de Amor e não um carrasco que só quer me castigar até mesmo pela minha maneira de me vestir e outros, mais gostei de conhecer o que houve em 1517 mais minha admiração e meu amor pela Fé Católica não alterou em nada e peço que Deus ilumine o coração e a mente da humanidade para que possamos adorar um Só Deus, Pai de todos e que vivamos oSamo que diz: Quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união. um abraço a todos.

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  3. Unknown disse: "é muito importante saber que mais de 2000 anos e as portas do inferno não prevaleceram contra ela."


    Resposta: Primeiramente espero que Deus possa esclareçe-lo melhor sobre o que foi a reforma e qual a sua real intenção.
    Segundo é que nesta parte da sua fala e espero realmente que não levr pro lado pessoal,que se o senhor observar o texto em suma na bíblia(e não sobre o meu posicionamento) de nada tem a ver com relação a ICAR.

    Deus te abençoe.

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  4. Por Ruy Marinho

    Estes são alguns conselhos para quem almeja ter (e quem já tem) um blog Cristão na internet, principalmente de cunho apologético:

    Antes de tudo, analise como está a sua vida cristã fazendo as seguintes perguntas: você conhece e pratica o que se propõe a defender? Você está aliançado em uma igreja local e sob discipulado? Se a resposta for não, nem abra um blog! Como você vai defender o evangelho sem ao menos, de fato, viver o cristianismo e ter comunhão com o corpo de Cristo? A centralidade bíblica sempre vai apontar para a aliança e comunhão com outros irmãos em Cristo. Se você anda sozinho, sua apologia se transformará em uma falácia contra o próprio evangelho! Resolva a sua vida eclesiástica primeiro para depois desenvolver algum trabalho produtivo para a obra de Deus.

    Aprenda o que é apologética cristã, para que serve, para quem é direcionada, porque e como deve ser aplicada. Vejo que a realidade democrática e gratuita da internet possibilitou a abertura de alguns blogs onde seus autores não demonstraram este conhecimento básico, talvez pelo anseio de expressar suas mágoas contraídas de experiências eclesiásticas negativas e pela necessidade urgente de denunciar algum erro. Isto causou a negligência de alguns no aspecto ético e prático. É preciso ter muita responsabilidade com a Palavra de Deus, buscando a orientação e preparação adequada antes de qualquer atitude que envolva o evangelho, inclusive na internet.


    ).

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    1. Concordo com você Ruy, em genero e grau, antes de alguém vir aqui e entrar num debate sobre a historia da Igreja, primeiro ela deve estudá-la em todos os seus períodos: hitoria da Igreja Antiga, Medieval, Moderna e Contemporânea. Saber o que ocorreu nesse período,qual era o seu contexto histórico. Por exemplo: apologia? deve estudar os Padres apologetas e o que eles defendiam? outro exemplo: Reforma da Igreja Moderna? Martinho Lutero; antes dele ser Martinho, ele era o Padre Martinho Lutero e era monge beneditino. Também, não reinventou a roda, na Igreja Católica naquele perído já existiam movimentos que pediam mudanças, tanto é que logo em seguida, veio o Concílio de Trento para boatar ordem na casa.

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  5. Compreenda que a base fundamental e o objetivo final da apologética cristã é o evangelho. A apologética é uma ponte que conduz ao caminho do verdadeiro evangelho de Cristo. O objetivo da apologética é ser um agente facilitador para o evangelismo e/ou correção para as questões que ferem as doutrinas cristãs fundamentais, mostrando o caminho correto, com o comportamento correto e expondo a mensagem Bíblica correta. Como eu costumo analogicamente frisar: "A apologética cristã deve ser semelhante a criação de filhos: devemos repreender os erros e mostrar o caminho certo." Não adianta você repreender os erros doutrinários ou a incredulidade de um não-cristão sem apontar o caminho para o evangelho. Não se esqueça: a nossa obrigação é pregar a Palavra, mas o convencimento no coração de um pecador é obra exclusiva do Espírito Santo, segundo a vontade soberana de Deus.

    Entenda que o amor cristão é a base de todo e qualquer serviço. A apologética cristã não tem sentido quando este amor não é exprimido em seus textos e ações. Não há espaço para sarcasmo, orgulho, ofensas e vaidades pessoais, mas sim para mansidão e temor, além da esperança de que Deus será glorificado através do arrependimento de quem recebe a mensagem apologética. Como você espera ser usado para trazer alguém para a fé cristã utilizando de tom agressivo e humilhante? A apologética não é um time de competição que visa a vitória nos argumentos para satisfazer vaidades pessoais, mas sim um facilitador para conduzir o pecador ao evangelho.

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  6. A ética cristã é consequência do amor transformador de Deus que é transbordado em nós através do Espírito Santo pelo conhecimento de Sua Palavra. É impossível desenvolver uma defesa do evangelho sem piedade. O Apóstolo Pedro foi categórico quanto a isto: "antes, santificai a Cristo, como Senhor, em vosso coração, estando sempre preparados para responder a todo aquele que vos pedir razão da esperança que há em vós, fazendo-o, todavia, com mansidão e temor, com boa consciência, de modo que, naquilo que falam contra vós outros, fiquem envergonhados os que difamam o vosso bom procedimento em Cristo" (1Pe 3:15-16, negrito meu). Note que uma vida em santidade e oração é fundamental, além do preparo adequado e um testemunho íntegro. Ter sabedoria para dialogar corretamente é um ponto importante para todo cristão: "Portai-vos com sabedoria para com os que estão de fora; aproveitai as oportunidades. A vossa palavra seja sempre agradável, temperada com sal, para saberdes como deveis responder a cada um." (Cl 4:6; leia também Tiago 3), pois o espírito contencioso do orgulho não pode fazer parte do comportamento de um Cristão (Pv 13:10).

    Prepare-se com afinco, dedicando-se exaustivamente aos estudos para adquirir maturidade e experiência teológica suficiente, ao ponto de fazer uma exposição bíblica coerente, correta e equilibrada. Procure ler bons livros de autores confiáveis (algumas indicações aqui). Faça cursos de capacitação teológica e se possível comece um seminário teológico.

    A igreja brasileira passa por um período de várias ameaças liberais, tais como: o relativismo teológico, o teísmo aberto, a teologia da libertação, a teologia gay, a teologia feminista, o "evangelho progressista" e suas ideologias marxistas, o aborto, a liberação das drogas, o casamento gay, etc., além do neo-ateísmo, neopentecostalismo, das seitas e heresias clássicas e contemporâneas.

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  7. Portanto, é imprescindível preparar-se para defender a fé. "Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade." (2Tm 2:15)

    Basicamente é o que eu enxergo de forma resumida. Claro que os pontos apresentados podem e devem ser aprofundados.

    Soli Deo Gloria

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  8. ASSIM DE ACORDO COM ESTE TEXTO QUE ENCONTREI AQUI MESMO NESTE BLOG DEIXO CLARO COMO JÁ HAVIA FALADO NÃO PRETENDO DISCUTIR ESTOU NO CAMINHO PARA A SALVAÇÃO E POR ESTA RAZÃO VENHO PROCURANDO GUIADA PELO ESPIRITO SANTO DE DEUS CONHECER MELHOR A DOUTRINA OS ENSINAMENTOS E ESTE TEXTO ME DEU UMA COMPREENÇÃO DO QUE REALMENTE É DEFENDER AQUILO EM QUE SE ACREDITA, OUTRO DIA PERGUNTEI AO PADRE O SIGNIFICADO DE APOLOGÉTICA ELE FOI MUITO CLARO E ME DISSE QUE EU DEVERIA CONHECER MELHOR A DOUTRINA DA IGREJA, ESTUDAR O CETECISMO DA IGREJA CATÓLICA E ISSO QUE TENHO FEITO ENTÃO ELE ME DISSE QUANDO FOR QUESTIONADA DA MINHA FÉ ISSO VAI DESPERTAR MINHA CURIOSIDADE EM QUERER CONHECER MELHOR EXATAMENTE ISTO QUE TEM ACONTECIDO QUANTO MAIS TENTAM ME ATACAR PRINCIPALMENTE EM MEU FACE MAIS EU ME DESPERTOR E FOI ESTA RAZÃO QUE ME TROUXE EM SEU BLOG FICO FELIZ EM TER A OPORTUNIDADE DE ME EXPRESSAR, VOU CONTINUAR VINDO AQUI TE VISITAR ABRAÇOS

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  9. Interessante como a intitulada "95 teses" deixa a impressão de um jogo de "morde e assopra"... De qualquer forma a denuncia e o protesto contido na deformada reforma foi util.

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    1. Pelo menos sabemos o nome de quem pregou as 95 teses na tal deformada reforma! Já pensou se fossem 95 teses anônimas?

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  10. josé Milton Dias15 de novembro de 2012 16:02

    Concordo com você Ruy, em genero e grau, antes de alguém vir aqui e entrar num debate sobre a historia da Igreja, primeiro ela deve estudá-la em todos os seus períodos: hitoria da Igreja Antiga, Medieval, Moderna e Contemporânea. Saber o que ocorreu nesse período,qual era o seu contexto histórico. Por exemplo: apologia? deve estudar os Padres apologetas e o que eles defendiam? outro exemplo: Reforma da Igreja Moderna? Martinho Lutero; antes dele ser Martinho, ele era o Padre Martinho Lutero e era monge beneditino. Também, não reinventou a roda, na Igreja Católica naquele perído já existiam movimentos que pediam mudanças, tanto é que logo em seguida, veio o Concílio de Trento para boatar ordem na casa.

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    1. José Milton,

      Tomando suas palavras como sinceras, devo presumir que como você entrou no debate, conhece a história da igreja, em seus vários períodos, em seus vários contextos.

      Assim, deve saber que os pais apologistas não defendiam as doutrinas do criastianismo, mas o próprio cristianismo, contra as perseguições do Império, procurando apresentá-lo como aceitável.

      O que me surpreende é você, conhecendo assim a história da igreja, ter dito que Lutero é monge beneditino, quando na verdade ele era agostiniano. Esses pequenos lapsos ocorrem quando se estuda muito um tema.

      Porém, chamar o Cincílio de Trento de reforma já é um erro mais grave. Pois ele não pretendeu reformar à igreja católica, mas reagir à Reforma Protestante. Tanto que nesse Concílio a ICAR retomou o Tribunal do Santo Ofício (nome carinhoso para Inquisição), criou o Index Librorum Prohibitorum (lista de livros proibidos pela igreja), reafirmou "autoridade papal", manteve o celibato do clero e oficializou os apócrifos. O que mesmo o Concílio reformou na ICAR?

      Em Cristo,

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    2. Meu caro Clovis Gonçalves,paz e bem.
      eu não quis aqui criar nenhuma polêmica teológica, ou a respeito da doutrina da fé. Eu entrei neste blog por acaso quando pesquisava outros produtos eclesiásticos. Apenas dice que concordava com o que dicera o nosso irmão Ruy Marinho para que os comentários a respeito de quaisquer assunto, fossem feitos com veracidade e conhecimento de causa.

      O fato de eu ter trocado por equívico de Monge agostiniano, para Monge beneditino, a ordem do fator não altera o produto; Martinho Lutero continua sendo: Padre e Monge ok?

      Respondendo a sua resposta: O Concílio de Trento foi convocado pelo Papa Paulo III,objetivo: estreitar a união da Igreja e reprimir os abusos, isso no século XVI, exatamente no ano de 1546, na cidade de Trento, no tribunal italiano.
      Todo o corpo das doutrinas católicas havia sido discutido à luz das críticas protestantes. O Concílio de Trento condenou a doutrina protestante da justificação pela fé, proibiu a intervenção dos principes nos negocios eclesiásticos, e acumulação de benefícios.
      Definiu o pecado original e declarou, como texto bíblico autêntico, a tradução de são Jerônimo, denominada "Vulgata" manteve os sete sacramentos, o celibato clerical e a indissolubilidade do matrimônio, o culto dos Santos e das relíquias, a doutrina do purgatório, as tão famigeradas indulgências (aqui objeto do debate, e recomendou a criação de escolas para a preparaçãodos que quisessem ingressar (entrar)no clero, denominando-as de seminários.

      Abraços de fraternura.

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    3. Meu caro Clovis Gonçalves,paz e bem.
      eu não quis aqui criar nenhuma polêmica teológica, ou a respeito da doutrina da fé. Eu entrei neste blog por acaso quando pesquisava outros produtos eclesiásticos. Apenas dice que concordava em genero e grau com o que dicera o nosso irmão Ruy Marinho, para que os comentários a respeito de quaisquer assunto, fossem feitos com veracidade e conhecimento de causa.

      O fato de eu ter trocado por equívico a ordem a qual ele pertencia de Monge agostiniano, para Monge beneditino, a ordem do fator não altera o produto; Martinho Lutero continua sendo: Padre e Monge ok?

      Respondendo a sua pergunta: O Concílio de Trento foi convocado pelo Papa Paulo III,e tinha como objetivo: estreitar a união da Igreja e reprimir os abusos, isso no século XVI, exatamente no ano de 1546, na cidade de Trento, no tribunal italiano.
      Todo o corpo das doutrinas católicas havia sido discutido à luz das críticas protestantes. O Concílio de Trento condenou a doutrina protestante da justificação pela fé, proibiu a intervenção dos principes nos negocios eclesiásticos, e acumulação de benefícios.
      Definiu o pecado original e declarou, como texto bíblico autêntico, a tradução de são Jerônimo, denominada "Vulgata" manteve os sete sacramentos, o celibato clerical e a indissolubilidade do matrimônio, o culto dos Santos e das relíquias, a doutrina do purgatório, as tão famigeradas indulgências (aqui objeto do debate, e recomendou a criação de escolas para a preparaçãodos que quisessem ingressar (entrar)no clero, denominando-as de seminários.

      Abraços de fraternura.

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    4. José Milton,

      Você disse que o Concílio de Trento foi uma Reforma da ICAR, em atenção à pressões internas. Porém, da sua lista de decisões tridentinas, o que representou uma mudança nos dogmas católicos, que caracterize o Concílio como Reforma e não como Contra-Reforma?

      Clóvis

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    5. Clovis Gonsalves,

      Quando fiz as minhas primeiras considerações aqui nesse blog, quando de passagem ocasional, não quis reacender o calor e nem a eloquência da discussão que levaram a convocação do Concílio de Trento. Importante concílio ecumênico, convocado pelo Papa Paulo III, em 1546, na cidade de Trento - Italia. Que tanto é chamado de: Reforma da Igreja Católica Apostólica Romana, que você omite aqui, chamando-a simplismente de "ICAR", como també pode ser chamado de: contra-reforma,ou reforma Protestante como você queira chamar.

      Confesso que pensei que um assunto tão complexo e importante como esse, a ser tratado aqui sobre a história da Igreja cristã, fosse relatado com mais veemência e seriedade e, menos proselitismos.

      Também pensei que outras pessoas podessem trazer aqui outras opiniões, henriquecendo mais ainda tão bonito tema e que não fique somente nas nossas opiniões!

      O concílo visava reunir os católicos para combater as ideias da Reforma.

      A Refotma estourara há cerca 10 anos com resultados devastadores. Depois que o Papa Leão X, mandou redecorar a Capela Cistina e restaurar as pinturas de Michelângelo, uma multidão enfurecida de fãs atacaram o Vaticano e destruiram todos os andaimes, gerando tanta destruição que obrigou a Reforma da Catedral de São Pedro, esgotando assim, os fundos da Igreja Católica. Ou seja,o Papa foi obrigado a passar a sacolinha, no estilo R.R. Soares Ranascer em Cristo e outras tantas denominações que todos nós conhecemos bem, causando grande comoção e tristeza entre os fiéis.

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    1. Só para lembrar;
      No Concílio de Trento ao contrario dos Concílios anteriores, ficou estabelecido a supremacia dos Papas.

      Em um outro momento para mantermos o diálogo, e também para não ficar cansativo, falaremos dos Padres Apologetas.

      Paz e Bem.

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    2. Minhas desculpas pelos comentário duplicado. Foi para correção da frase, respondendo sua pergunta, e não sua resposta.

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  12. O engraçado que as indulgências até hoje encontra o aval do Catecismo da Icar veja:


    1-"Pelas indulgências, os fiéis podem obter para si mesmos e também para as almas do purgatório a remissão das penas temporais, seqüelas do pecado." P. 411, #1498


    2-"A indulgência é a remissão diante de Deus, da pena temporal devida pelos pecados já perdoados quanto à culpa que o fiel bem disposto obtém em certas condições determinadas, pela intervenção da Igreja que, como
    dispensadora da Redenção, distribui e aplica por sua autoridade o tesouro das satisfações de Cristo e dos santos." P. 406, #1471

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"Se amássemos mais a glória de Deus, se nos importássemos mais com o bem eterno das almas dos homens, não nos recusaríamos a nos engajar em uma controvérsia necessária, quando a verdade do evangelho estivesse em jogo. A ordenança apostólica é clara. Devemos “manter a verdade em amor", não sendo nem desleais no nosso amor, nem sem amor na nossa verdade, mas mantendo os dois em equilíbrio (...) A atividade apropriada aos cristãos professos que discordam uns dos outros não é a de ignorar, nem de esconder, nem mesmo minimizar suas diferenças, mas discuti-las." John Stott

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