A corrente dourada dos privilégios do crente

"Mas vós sois dele, em Cristo Jesus, o qual se nos tornou da parte de Deus sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção". 1Co 1:30
Esta é de fato uma corrente de ouro! E, o que é melhor de tudo, nenhum elo poderá ser separado dos demais. Se não houvesse outro texto no livro de Deus, só este bastaria para provar a perseverança final de todos os crentes verdadeiros, pois nunca Deus justificou um homem sem o santificar, nem santificou alguém que não redimiu e glorificou completamente. Não. Quanto a Deus, Seu caminho e Sua obra são perfeitos. Ele sempre continuou e terminou a obra que começou. Assim foi na primeira criação, assim também é na nova criação. Quando Deus diz: "haja luz", há luz que brilha mais e mais até ser dia perfeito, no qual os crentes entram no seu descanso eterno, como Deus entrou no dEle. 

Aqueles a quem Deus justificou, Ele com efeito glorificou, pois como o merecimento do homem não foi a causa de Deus lhe outorgar a justiça de Cristo, assim também sua falta de merecimento não será o motivo de remover essa justiça. Os dons e a vocação de Deus são sem arrependimento, e não posso pensar que aqueles que negam a perseverança final dos santos têm noção clara da justiça de Cristo. Receio que eles entendem a justificação naquele sentido baixo em que eu mesmo a entendia há poucos anos, como sendo nada mais do que a remissão dos pecados. Entretanto, não somente significa a remissão dos pecados passados, mas também um direito constitutivo a todas as coisas boas do porvir. Se Deus nos tem dado o Seu Filho, como não nos dará com Ele livremente todas as coisas? Por isso, o apóstolo, depois de dizer "o qual se nos tornou da parte de Deus justiça", não diz: talvez Ele nos seja feito santificação e redenção, e sim que Ele já Se tornou essas coisas, pois há uma conexão eterna e indissolúvel entre esses privilégios abençoados. Da mesma maneira como a obediência de Cristo é imputada aos crentes, a Sua perseverança naquela obediência é também imputada a eles. 

Levantar objeções contra isso evidencia grande ignorância da aliança da graça e da redenção.

George Whitefield
In: Cristo: sabedoria, justificação, santificação, redenção

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"Se amássemos mais a glória de Deus, se nos importássemos mais com o bem eterno das almas dos homens, não nos recusaríamos a nos engajar em uma controvérsia necessária, quando a verdade do evangelho estivesse em jogo. A ordenança apostólica é clara. Devemos “manter a verdade em amor", não sendo nem desleais no nosso amor, nem sem amor na nossa verdade, mas mantendo os dois em equilíbrio (...) A atividade apropriada aos cristãos professos que discordam uns dos outros não é a de ignorar, nem de esconder, nem mesmo minimizar suas diferenças, mas discuti-las." John Stott

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