O perdão precede o livramento

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No entanto, atentemos para o comportamento de Davi. Deus o ameaça com julgamento e ele lamenta pelo seu pecado. O coração afligido de Davi e sua oração, embora registrados antes, parecem ser um resultado da descoberta de seu pecado pelo profeta, como se vê no versículo subsequente: "...levantando-se pois Davi pela manhã veio a palavra do Senhor ao profeta Gade, vidente de Davi... ". Isso revela a razão pela qual o coração de Davi se afligira e porque ele orou assim, pois o profeta esteve com ele e havia lhe convencido de seu pecado, tinha anunciado o julgamento de Deus contra ele, depois que "o coração doeu a Davi" e ele orou, versículo 10: "...Peço-te que traspasses a iniqüidade de teu servo; porque tenho procedido mui loucamente...".

Aqui, porém, alguém pode interrogar: por que Davi orou pelo perdão de seu pecado, quando Deus ameaçou com julgamento? Por que ele não pediu que Deus suspendesse Seus castigos, e assim desviasse Sua ira em vez de simplesmente suplicar perdão pelo seu pecado? Ou se ele desejou isso, por que então não suplicou tanto um quanto o outro, unindo-o na mesma petição?

Resposta 1. Para ensinar-nos em todas as opressões e aflições sobre o nosso homem exterior a voltarmos os nossos pensamentos para o nosso homem interior e lamentar pelo pecado.

Resposta 2. Porque ele viu o pecado como a causa do julgamento e portanto, desejou a remoção deste para que o outro fosse retirado.

Resposta 3. Porque ele sabia que o julgamento jamais poderia ser removido através da misericórdia, a menos que o pecado fosse retirado. Tudo o que é retido é também uma reserva. Toda libertação é feita em justiça, não em misericórdia, se permanece o pecado.

Resposta 4. Ele estava mais apreensivo por estar desonrando a Deus através de seu pecado, do que propriamente com qualquer julgamento que resultasse do seu pecado.

Resposta 5. Ele vê no pecado o grande mal, e portanto busca a correção deste mais do que qualquer outro mal: "...traspasses a inqüidade do teu servo...".

Samuel Bolton
In: Os puritanos e a conversão

Um comentário:

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