A igreja não produz reavivamento; ela o busca e prepara seu
caminho. A igreja não agenda reavivamento; ela ora por ele e aguarda sua
chegada. Reavivamento não é estilo de culto, nem apenas presença de
dons espirituais ou manifestações de milagres. O Salmo 85 trata desse
momentoso assunto de forma esclarecedora. O salmista pergunta:
“Porventura, não tornará a vivificar-nos, para que em ti se regozije o
teu povo?” (Sl 85.6). Dr. Augustus Nicodemus, em recente mensagem
pregada em nossa igreja, ofereceu-nos quatro reflexões acerca do
versículo em epígrafe.
1. Reavivamento é uma obra de Deus na vida do seu povo.
Reavivamento não acontece no mundo, mas na igreja. É uma intervenção
incomum de Deus na vida do seu povo, trazendo arrependimento de pecado,
volta à Palavra, sede de santidade, adoração fervorosa e vida abundante.
Reavivamento começa na igreja e transborda para o mundo. O juízo começa
pela casa de Deus. Primeiro a igreja se volta para Deus, então, ela
convoca o mundo a arrepender-se e voltar-se para Deus.
2. Reavivamento é uma obra exclusiva de Deus. Os
filhos de Coré clamaram a Deus por reavivamento. Eles entenderam que
somente Deus poderia trazer à combalida nação de Israel um tempo de
restauração. Nenhum esforço humano pode produzir o vento do Espírito.
Nenhuma igreja ou concílio pode gerar esse poder que opera na igreja um
reavivamento. Esse poder não vem da igreja; vem de Deus. Não vem do
homem; emana do Espírito. Não procede da terra; é derramado do céu.
Laboram em erro aqueles que confundem reavivamento com emocionalismo.
Estão na contramão da verdade aqueles que interpretam as muitas
novidades do mercado da fé, eivadas de doutrinas estranhas às
Escrituras, como sinais de reavivamento. Não há genuína obra do Espírito
contrária à verdade revelada de Deus. O Espírito Santo é o Espírito da
verdade e ele guia a igreja na verdade. Jamais ocorreu qualquer
reavivamento espiritual, produzido pelo Espírito de Deus, dentro de
seitas heterodoxas, pois Deus não age contra si mesmo nem é
inconsistente com sua própria Palavra.
3. Reavivamento é uma obra extraordinária de Deus.
O reavivamento não é apenas uma obra de Deus, mas uma obra
extraordinária. É uma manifestação incomum de Deus na vida do seu povo e
através do seu povo. Deus pode fazer mais num dia de reavivamento do
que nós conseguimos fazer num ano inteiro de atividades, estribados na
força da carne. Quando olhamos os reavivamentos nos dias dos reis
Ezequias e Josias, vemos como o povo se voltou para Deus e houve júbilo e
salvação. Quando contemplamos o derramamento do Espírito no
Pentecostes, em Jerusalém, vemos como a mensagem de Pedro, como flecha,
alcançou os corações e quase três mil pessoas se agregaram à igreja.
Quando estudamos o grande reavivamento inglês, no século dezoito, com
John Wesley e George Whitefield constatamos que uma nação inteira foi
impactada com o evangelho. O mesmo aconteceu nos Estados Unidos no
século dezenove e na Coréia do Sul no século vinte. O reavivamento é uma
obra incomum e extraordinária de Deus e nós precisamos urgentemente
buscar essa visitação poderosa do Espírito Santo na vida da igreja hoje.
4. Reavivamento é uma obra repetida de Deus na história.
É importante entender que o Pentecostes é um marco histórico definido
na história da igreja. O Espírito Santo foi derramado para estar para
sempre com a igreja e esse fato é único e irrepetível. Porém, muitas
vezes e em muitos lugares, Deus visitou o seu povo com novos
derramamentos do Espírito, restaurando sua igreja, soprando sobre ela um
alento de vida e erguendo-a, muitas vezes, do vale da sequidão. Nós
precisamos preparar o caminho do Senhor e orar com fervor e perseverança
como o salmista: “Porventura, não tornarás a vivificar-nos, para que em
ti se regozije o teu povo?” O reavivamento é uma promessa de Deus e uma
necessidade da igreja. É tempo de clamarmos ao Senhor até que ele venha
e restaure a nossa sorte!
Foi muito complicado ver o nome do Hernandes naquele congresso de avivamento total ao lado dos cavaleiros templários do Silas, na igreja do Bom Retiro... alarme falso.
ResponderExcluirLuciano,
ResponderExcluirNão sei se se trata do mesmo evento. Mas ele negou que participaria. Estou certo?
Em Cristo,
Clóvis
Sim é o mesmo... na época foi um choque para muitos na IPB... graças a Deus não foi verdade.
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