Creio na remissão dos pecados

Creio na remissão dos pecados
Nossa salvação repousa e se sustenta sobre o fundamento da remissão dos pecados. Esta remissão é em efeito a porta para aproximar-nos a Deus, e o médio que nos retém e nos guarda em seu Reino.

Toda a justiça dos fiéis se resume na remissão dos pecados. Pois esta justiça não se obtém por mérito algum, senão pela só misericórdia do Senhor.

Oprimidos, afligidos e confundidos pela consciência de seus pecados, os fiéis se sentem humilhados pelo sentimento do juízo de Deus, se sentem desgostados, gemem e trabalham como sob uma pesada carga e, por este ódio ao pecado e esta confusão, mortificam sua carne e tudo o que provém deles mesmos.

Para ter gratuitamente a remissão dos pecados, Cristo mesmo a comprou pagando-a ao preço de seu próprio sangue. Somente neste sangue devemos buscar a purificação de nossos pecados e sua reparação.

É-nos ensinado, pois, a acreditar que a generosidade de Deus e o mérito da intercessão de Jesus Cristo nos outorgam a remissão dos pecados e a graça para nós, que fomos chamados e enxertados no corpo da Igreja. Em nenhuma outra parte nem por nenhum outro médio nos foi dada a remissão dos pecados, pois fora desta Igreja e desta comunhão dos santos não existe salvação.

João Calvino
In: Breve Instrução Cristã

Um comentário:

  1. Clóvis:
    Creio na remissão dos pecados e na verdade de que Fora da Igreja não há salvação. Essa última significa que os que estão em Cristo são necessariamente Seu rebanho, Sua Igreja. É uma verdade bastante atacada, talvez por falta de entendimento. Muitos parecem entender que a Igreja seria a "salvadora". Contudo, como afirmou Calvino: "pois fora desta Igreja e desta comunhão dos santos não existe salvação".

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"Se amássemos mais a glória de Deus, se nos importássemos mais com o bem eterno das almas dos homens, não nos recusaríamos a nos engajar em uma controvérsia necessária, quando a verdade do evangelho estivesse em jogo. A ordenança apostólica é clara. Devemos “manter a verdade em amor", não sendo nem desleais no nosso amor, nem sem amor na nossa verdade, mas mantendo os dois em equilíbrio (...) A atividade apropriada aos cristãos professos que discordam uns dos outros não é a de ignorar, nem de esconder, nem mesmo minimizar suas diferenças, mas discuti-las." John Stott

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