Como podemos amar um Deus santo?

Como podemos amar um Deus santo? A resposta mais simples que posso dar a essa questão vital é que não podemos. Isso está além de nossa capacidade moral. Por causa de nossa natureza pecaminosa, só conseguimos amar um Deus não-santo, um ídolo que nós mesmos fabricamos. A menos que sejamos nascidos do Espírito, a menos que Deus derrame seu amor santo em nosso coração, a menos que ele desça em sua graça para mudar-nos, não o amaremos. Ele é quem toma a iniciativa de restaurar nossa alma. Sem ele, não somos capazes de fazer nenhuma justiça. Sem o auxílio dele, estaríamos condenados à alienação eterna da sua santidade. Só podemos amá-lo porque ele nos amou primeiro. Amar a um Deus santo requer graça. Uma graça tão forte que penetre nosso coração endurecido e desperte nossa alma moribunda.

Se estamos em Cristo, já fomos despertados. Fomos ressuscitados da morte para a vida espiritual. No entanto, ainda estamos meio sonolentos e, às vezes, andamos como sonâmbulos. Conservamos um certo temor de nos aproximar de Deus. Ainda trememos aos pés da montanha santa.

Contudo, à medida que aprofundamos nosso conhecimento dele, passamos a apreciar mais sua pureza e a sentir uma dependência mais profunda da sua graça. Aprendemos que ele é totalmente digno da nossa adoração. O fruto do amor crescente por ele é o aumento da reverência pelo seu nome. Nós o amamos agora porque reconhecemos seu amor. E porque vemos sua majestade que o adoramos. E só o obedecemos agora porque seu Santo Espírito habita em nós.

R. C. Sproul

2 comentários:

  1. essa é a mais bela e real descrição da verdade bíblica com relação a salvação do homem. Maravilho o texto!

    Em Cristo,
    Soninha Buiatti

    ResponderExcluir
  2. Soninha,

    Obrigado por nos visitar e pelo seu comentário. Gosto muito da forma como Sproul coloca a verdade.

    Em Cristo,

    Clóvis

    ResponderExcluir

"Se amássemos mais a glória de Deus, se nos importássemos mais com o bem eterno das almas dos homens, não nos recusaríamos a nos engajar em uma controvérsia necessária, quando a verdade do evangelho estivesse em jogo. A ordenança apostólica é clara. Devemos “manter a verdade em amor", não sendo nem desleais no nosso amor, nem sem amor na nossa verdade, mas mantendo os dois em equilíbrio (...) A atividade apropriada aos cristãos professos que discordam uns dos outros não é a de ignorar, nem de esconder, nem mesmo minimizar suas diferenças, mas discuti-las." John Stott

Sua leitura deste post muito me honrou. Fique à vontade para expressar suas críticas, sugestões, complemetos ou correções. A única exigência é que seja mantido o clima de respeito e cordialidade que caracteriza este blog.