21 de maio passou, o dia do julgamento não chegou. E agora?

O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia; mas é longânimo para conosco, não querendo que alguns se percam, senão que todos venham a arrepender-se. Mas o dia do Senhor virá como o ladrão de noite; no qual os céus passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se desfarão, e a terra, e as obras que nela há, se queimarão. Havendo, pois, de perecer todas estas coisas, que pessoas vos convém ser em santo trato, e piedade, aguardando, e apressando-vos para a vinda do dia de Deus, em que os céus, em fogo se desfarão, e os elementos, ardendo, se fundirão? (2Pe 3:9-12)
Como era de esperar, Jesus não voltou na data marcada por Harold Camping e os seus seguidores da Family Radio. Mesmo antes da data marcada, vários sites e programas de TV, como o Jornal Nacional, ridicularizavam a tentativa de acertar a data da vinda do Senhor. Nem todos deixavam claro que se tratava de uma seita em particular e não os evangélicos em geral, e assim, a bem aventurada esperança da Igreja foi incluída no erro divulgado. Agora que a data passou e mais uma vez um falso profeta reprovou no teste, o que devemos fazer?

Em primeiro lugar, devemos manter viva a doutrina e a esperança da volta de Cristo. A despeito dos fiascos históricos dos que pretenderam marcar datas para a volta do Senhor, permanece o fato de que “o dia do Senhor virá” (2Pe 3:10). Esta certeza deve determinar a maneira como vivemos nestes dias que antecedem a volta do Senhor. Convém procurar saber “que pessoas vos convém ser em santo trato, e piedade, aguardando, e apressando-vos para a vinda do dia de Deus” (2Pe 3:11-12), entendendo que a aparente demora do Senhor nada mais é do que a longanimidade de Deus para com Seu povo “não querendo que alguns se percam, senão que todos venham a arrepender-se” (2Pe 3:9).

Devemos também alertar os perdidos a respeito da iminente volta do Senhor. Ao contrário do que apregoam os marcadores de datas, a volta do Senhor não terá aviso prévio, pelo contrário, “o dia do Senhor virá como o ladrão de noite” (2Pe 3:10). Além de inesperada, a volta do Senhor trará sérias consequências à atual ordem de coisas. “Os céus passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se desfarão, e a terra, e as obras que nela há, se queimarão” (2Pe 3:10), realmente, “os céus, em fogo se desfarão, e os elementos, ardendo, se fundirão” (2Pe 3:12). Não haverá ponto de apoio para aqueles que não estiverem aguardando e apressando-se para encontrar o Senhor.

E quanto aqueles que caíram no erro de acreditar que Jesus voltaria em 21 de maio de 2011? Deve ser grande o desapontamento dos que deixaram tudo e se prepararam para o dia do julgamento. Nessas horas, não querendo abandonar o erro, muitos inventam explicações e saídas para o fracasso, como já aconteceu no passado com outras seitas. Outros, se decepcionam com Deus, como se Ele fosse o responsável pelas mentiras dos homens, e afastam-se da comunhão com a igreja. Mas alguns, arrependem-se do erro e procuram voltar-se para a simplicidade do evangelho, apegados à esperança da volta do Senhor, mas deixando de lado malabarismos numéricos sobre a data do retorno de Cristo. Os que permanecem no erro devem ser advertidos, os decepcionado buscados e os arrependidos acolhidos. Simplesmente tripudiar sobre os que erraram e ridicularizar tais pessoas, não é uma atitude cristã e o mundo já está fazendo muito bem. Nossa atitude deve ser outra.

Finalmente, podemos aprender alguma coisa com os seguidores de Harold Camping. O zelo e o empenho em que demonstraram em divulgar a falsa data da volta do Senhor serve de exemplo para os que proclamam o retorno do Senhor como parte da pregação do evangelho. Deles se pode dizer que tiveram zelo sem entendimento, que não se diga de nós que temos entendimento com falta de zelo.

Soli Deo Gloria

4 comentários:

  1. Acabei de ler as explicações de Harold Camping para o fiasco do dia 21.

    Infelizmente, ele persiste no erro. E nem mesmo foi original, pois a "saída" de que Jesus voltou "espiritualmente" em 21 de maio de 2011 já foi usada pelos testemunhas-de-jeová. E que o mundo "está sob julgamento" já foi usado pelos adventistas em seu "juízo investigativo". Com certeza, a história de que Deus foi misericordioso e resolveu anular os 5 meses de sofrimento da humanidade, resolvendo acabar com tudo rapidinho em 21 de outubro de 2011 também já deve ter sido usado por alguém. Está ficando difícil ser original em desculpas para profecias furadas.

    Resta-nos orar para que os seus seguidores abandonem o erro e voltem-se para a simplicidade do evangelho, já que ao que tudo indica, seu líder morrerá antes de acertar uma data sequer.

    Clóvis

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  2. Engraçado aqui na Alemanha não chegou nada disso...

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  3. Roger,

    Vai ver não tem eleito aí, rsrsrs

    Faz tempo que não aparece por aqui, irmão. Eu também ando meio ausente, sobrecarregado de trabalho que estou.

    Clóvis

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  4. Clóvis gostei muito do artigo.
    É claro que nenhum cristão deve acreditar nesses falsos profetas. O diabo quer enganar os perdidos e os cristãos sem discernimento. A Bíblia é bem clara quando fala sobre isso e o fim não vai acontecer ainda, pois o Anticristo ainda não foi revelado e nem fez a aliança com Israel, a igreja não foi arrebatada e as dez nações ainda não foram formadas. Acreditar nessas pessoas perdidas é desacreditar nessas profecias. O dia do Senhor servirá para punir a nação de Israel e para julgar o povo rebelde do mundo sem Jesus mas a igreja estará com o Senhor, pois não foi destinada a essa ira. Acordem cristãos, a verdadeira profecia ainda se cumprirá e os falsos profetas estão desacreditando a Palavra do Senhor enganando a todos sem discernimento!!

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"Se amássemos mais a glória de Deus, se nos importássemos mais com o bem eterno das almas dos homens, não nos recusaríamos a nos engajar em uma controvérsia necessária, quando a verdade do evangelho estivesse em jogo. A ordenança apostólica é clara. Devemos “manter a verdade em amor", não sendo nem desleais no nosso amor, nem sem amor na nossa verdade, mas mantendo os dois em equilíbrio (...) A atividade apropriada aos cristãos professos que discordam uns dos outros não é a de ignorar, nem de esconder, nem mesmo minimizar suas diferenças, mas discuti-las." John Stott

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