Se este conhecimento de nós mesmos, que nos demonstra nosso nada, tem penetrado verdadeiramente em nossos corações, então nos será fácil o acesso ao verdadeiro conhecimento de Deus. Este Deus já nos abriu uma espécie de primeira porta em seu Reino, ao destruir estas duas nefandas verdades: a certeza de que não nos alcançará sua vingança, e a falsa confiança em nós mesmos. Então começamos a elevar para o céu aqueles olhos até agora fixos e cravados no chão, e suspiramos pelo Senhor, os que só descansávamos em nós mesmos.
E por outra parte, este Pai misericordioso, ainda quando nossa iniquidade merece um tratamento bem diferente, se revela então voluntariamente a nós segundo sua bondade incrível, quando precisamente estamos tão aflitos e aterrorizados. E pelos meios que Ele sabe resultam úteis a nossa debilidade, nos chama do erro ao reto caminho, da morte à vida, da ruína à salvação, do reino do diabo a Seu próprio reino. Para todos aqueles aos quais se digna conceder de novo a herança da vida celestial, estabelece o Senhor, como primeira etapa, que se sintam contristados em suas consciências, carregados pelo peso de seus pecados e estimulados a permanecer em seu temor; e por isso nos propõe, para começar, sua Lei, a qual nos exercita neste conhecimento.
E por outra parte, este Pai misericordioso, ainda quando nossa iniquidade merece um tratamento bem diferente, se revela então voluntariamente a nós segundo sua bondade incrível, quando precisamente estamos tão aflitos e aterrorizados. E pelos meios que Ele sabe resultam úteis a nossa debilidade, nos chama do erro ao reto caminho, da morte à vida, da ruína à salvação, do reino do diabo a Seu próprio reino. Para todos aqueles aos quais se digna conceder de novo a herança da vida celestial, estabelece o Senhor, como primeira etapa, que se sintam contristados em suas consciências, carregados pelo peso de seus pecados e estimulados a permanecer em seu temor; e por isso nos propõe, para começar, sua Lei, a qual nos exercita neste conhecimento.
João Calvino
Breve instrução cristã
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"Se amássemos mais a glória de Deus, se nos importássemos mais com o bem eterno das almas dos homens, não nos recusaríamos a nos engajar em uma controvérsia necessária, quando a verdade do evangelho estivesse em jogo. A ordenança apostólica é clara. Devemos “manter a verdade em amor", não sendo nem desleais no nosso amor, nem sem amor na nossa verdade, mas mantendo os dois em equilíbrio (...) A atividade apropriada aos cristãos professos que discordam uns dos outros não é a de ignorar, nem de esconder, nem mesmo minimizar suas diferenças, mas discuti-las." John Stott
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