Todos devem conhecer a Deus
5 comentários:
"Se amássemos mais a glória de Deus, se nos importássemos mais com o bem eterno das almas dos homens, não nos recusaríamos a nos engajar em uma controvérsia necessária, quando a verdade do evangelho estivesse em jogo. A ordenança apostólica é clara. Devemos “manter a verdade em amor", não sendo nem desleais no nosso amor, nem sem amor na nossa verdade, mas mantendo os dois em equilíbrio (...) A atividade apropriada aos cristãos professos que discordam uns dos outros não é a de ignorar, nem de esconder, nem mesmo minimizar suas diferenças, mas discuti-las." John Stott
Sua leitura deste post muito me honrou. Fique à vontade para expressar suas críticas, sugestões, complemetos ou correções. A única exigência é que seja mantido o clima de respeito e cordialidade que caracteriza este blog.
e verdade devemos cada momento buscar mais do senhor,pois no mundo em que vivemos se não estivermos firmado em Deus podemos se desviar dele,e devemos orar por pessoas que so buscam a Deus por bençãos mas sem nenhum compromisso com ele.
ResponderExcluirLinda mensagem de Calvino!
ResponderExcluir'Todos nós temos sido criados para este fim: conhecer a Majestade de nosso Criador e, uma vez conhecida, tê-lo em grande estima por acima de tudo, e honrá-lo com todo temor, amor e reverência.'
Comparando o texto acima com a declaração de fé do caro blogueiro, surgiu uma dúvida: como poder haver concordância entre os pensamento de que todos fomos criados para que conheçamos a Deus e de que há a eleição de alguns poucos à salvação?!
Se, como sabiamente disse Calvino, buscando a Deus, passamos a amá-Lo e reverenciá-Lo, como crer que minha busca por Ele poderia ser infrutífera, caso eu não fizesse parte de Seu grupo eleito?
Segundo Paulo, 'TODOS NÓS andamos outrora, segundo as inclinações da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos, por natureza, filhos da ira, como também os demais. Mas Deus, sendo rico em MISERICÓRDIA, por causa do grande AMOR com que nos amou,e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu VIDA juntamente com Cristo, -pela GRAÇA sois salvos, e, juntamente com Ele, nos ressuscitou, e nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus' (Efé. 2:3-6)
Todos os atributos outogados por Cristo - misericórdia, amor, vida e graça - são estensíveis a TODOS NÓS que estávamos perdidos em virtude do pecado.
Como disse Calvino 'portanto, o principal cuidado e preocupação de nossa vida deve consistir em buscar a Deus e aspirar a Ele com todo o afeto de nosso coração e encontrar o único repouso somente nEle.'
Sendo assim, devemos buscar a Deus e nEle descansar em Sua salvação.
Ainda que, infelizmente, muitos (a maioria) não O aceite, isso não nos dispensa de insistirmos, perseverarmos não somente em segui-Lo, mas também de cumprirmos o 'Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura' (Mar. 16:15)
Eu me alegro a cada dia pela imerecida Salvação que dEle tenho, assim como pelo privilégio de conhecer-Lhe a Palavra e poder ser usada por Ele para despertar outros para Suas maravilhosas promessas!
Graça e Paz!
Grace,
ResponderExcluirFico feliz que não tenha rejeitado o que foi dito, por ter sido dito por João Calvino. Alguns estranham por eu concordar com várias declarações de Ellen White, por não considerá-la uma profetiza no sentido adventista do termo. Acho que temos, nessa atitude, uma boa base para conversarmos a respeito de nossas divergências e convergência, sem rejeitar, a priori, o que o outro diz por pertencermos a grupos deiferentes.
Quanto aos seus questionamentos, procurarei responder. E convido você a ler a continuação do que Calvino diz, pois a cada domingo uma nova porção será postada. Sempre lembrando que entre o que ele, eu ou você dizemos, devemos ficar com a Bíblia sagrada.
Não há contradição entre o dever e a capacidade de conhecer a Deus e a doutrina da eleição. A doutrina reformada da revelação ensina que "o que de Deus se pode conhecer, é porque Deus o revelou". Ou seja, Deus tem se revelado de forma geral e de forma especial.
A revelação geral é universal, todos os homens a tem. Vemos referência a ela no Sl 19 e Rm 1, por exemplo. Essa revelação, também chamada de natural, é encontrada na criação e inclusive no próprio homem. Nesse sentido Calvino diz nem entre os mais bárbaros é possível encontrar alguém que "careça de certo sentido religioso". Deus pôs a eternidade no coração do homem.
Através dessa revelação, todos os homens podem e devem ter um conhecimento de Deus. Isto os torna indesculpáveis diante de Deus. Mas, o homem caído, ao invés de glorificar a Deus com a luz que recebeu, detém a verdade pela injustiça:
"Porque os atributos invisíveis de Deus, assim o seu eterno poder, como também a sua própria divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio das coisas que foram criadas. Tais homens são, por isso, indesculpáveis; porquanto, tendo conhecimento de Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças; antes, se tornaram nulos em seus próprios raciocínios, obscurecendo-se-lhes o coração insensato." Rm 1:20-21
Resumindo até aqui: todos os homens nascem com capacidade de conhecer a Deus naquilo que é revelado natural e universalmente e esta revelação basta para torná-los indesculpáveis diante de Deus, mas não para salvá-los. Paulo, nos três primeiros capítulos de Romanos está estabelecendo a culpabilidade do homem.
Porém, para que o homem seja salvo, é necessário uma revelação especial, que só é encontrada em Jesus via Palavra de Deus. Para que essa revelação ocorra, é necessário o concurso do Espírito Santo, iluminando o coração do homem que, até que o Senhor opere, jaz em completa escuridão. Essa essa revelação e esse conhecimento, condição necessária para a salvação, não é universal, mas aplica-se àqueles que são chamados eficazmente pelo Senhor.
Assim, temos que todos os homens podem ter e de fato tem certo conhecimento de Deus, mas tal conhecimento não basta para que creiam em Jesus e confiem unicamente em Sua obra para serem salvos, precisando de um conhecimento redentor, obtido apenas pela Palavra de Deus mediante a iluminação do Espírito Santo.
Continua...
Grace,
ResponderExcluirVocê fez a seguinte pergunta:
"Se, como sabiamente disse Calvino, buscando a Deus, passamos a amá-Lo e reverenciá-Lo, como crer que minha busca por Ele poderia ser infrutífera, caso eu não fizesse parte de Seu grupo eleito?"
O texto bíblico que nos referimos declara não apenas que Deus pode ser conhecido pela observação da Criação, como também declara que os homens não fazem bom uso dessa revelação. Leiamos de novo:
"Porque os atributos invisíveis de Deus, assim o seu eterno poder, como também a sua própria divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio das coisas que foram criadas. Tais homens são, por isso, indesculpáveis; porquanto, tendo conhecimento de Deus, não glorificaram como Deus, nem lhe deram graças; antes, se tornaram nulos em seus próprios raciocínios, obscurecendo-se-lhes o coração insensato. Inculcando-se por sábios, tornaram-se loucos e mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, bem como de aves, quadrúpedes e répteis." Rm 1:20-23
É isso que o homem natural faz com a revelação recebdida de Deus através de Suas obras visíveis. Paulo, repetimos, está mostrando que ninguém é indesculpável diante do Senhor, e ao concluir essa seção e arremata:
"pois todos pecaram e carecem da glória de Deus" Rm 3:23
Mas "Deixando de lado os infiéis, que só tratam de apagar de sua memória este sentido de Deus", como diz Calvino, "nós, os que fazemos confissão de piedade", temos, além da luz natural, a luz que vem a nós pela Palavra de Deus. Estamos numa situação diferente.
Creio que isso ficará mais claro com a análise da passagem bíblica que você postou.
Em Cristo,
Clóvis
Grace,
ResponderExcluirVocê postou o seguinte texto bíblico (mantenho os destaques):
Segundo Paulo, 'TODOS NÓS andamos outrora, segundo as inclinações da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos, por natureza, filhos da ira, como também os demais. Mas Deus, sendo rico em MISERICÓRDIA, por causa do grande AMOR com que nos amou,e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu VIDA juntamente com Cristo, -pela GRAÇA sois salvos, e, juntamente com Ele, nos ressuscitou, e nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus' (Efé. 2:3-6)
A primeira parte da passagem nos coloca na mesma condição dos demais pecadores. E de fato era essa a nossa realidade. Ante de conhecer a Cristo éramos, por natureza e não por eleição, filhos da ira. Nós reagíamos à revelação universal da mesma forma que os demais pecadores, não glorificando a Deus, nãod ando graças a Ele, mas nos anulando em nossos próprios raciocínios e tornando nosso coração já insensato ainda mais obscurecido. E assim permaneceríamos até a morte não fosse uma intervenção divina.
O que Deus fez foi, por Sua misericórdia e Seu amor, nos dar vida. Este é um ponto a ser destacado. Apesar de receber a luz da revelação da natureza, estávamos mortos e como tais, não poderíamos responder favoravelmente a Deus. Mas o Senhor veio a nós e nos deu vida, nos ressuscitando e nos fazendo assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus.
Porém, esse agir de Deus não é universal. Isso fica claro quando observamos no texto o contrastes feito entre "nós" e os "demais". Se a segunda parte da passagem se aplica a toda a humanidade, como parece que você acredita, então toda a humanidade recebeu vida, foi ressuscitrada espiritualmente e transportada para as regiões celestiais em Cristo. Ou seja, vamos para casa porque está todo mundo salvo.
Mas o ensinamento da passagem é que embora no passado tenhamos participado da condições geral da humanidade perdida, fomos redimidos por Cristo e trazidos à vida em Sua presença.
Portanto, não há conflito entre o fato de pecadores recebem certa luz e a rejeita, tornando-se indesculpáveis, nem que participamos dessa condição e o fato de que o Senhor dela nos livra pela Sua graça.
Em Cristo,
Clóvis