Qual é mesmo o problema do dom de línguas? - 1b

"E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado. E estes sinais seguirão aos que crerem: Em meu nome expulsarão os demônios; falarão novas línguas; Pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e porão as mãos sobre os enfermos, e os curarão." Mc 16:15-18

Na primeira parte deste artigo, fiz considerações sobre as afirmações e questionamentos do irmão Heitor Alves, que vê dificuldades para os pentecostais em Mc 16:17-18. Segundo ele, embora a passagem fique longe de provar o cessacionismo, tampouco é favorável ao contemporanismo. Após ter abordado de forma negativa, respondendo aos argumentos do Heitor, trato agora positivamente o mesmo trecho, expondo as razões porque vejo nele apoio à doutrina pentecostal.

Em seu arrazoado, o irmão Heitor insinuou que os pentecostais ignoram deliberadamente o verso 18, supostamente por ele apresentar dificuldades a eles. Como vimos, não é o caso. Porém, em sua argumentação, o irmão tomou apenas os versos 17 e 18, ligando os sinais ao dom de línguas, ao invés de relacionar todos à proclamação e aceitação do evangelho. Por isso, em nossa análise, consideraremos também os versos 15 e 16, além do 20, mais adiante.

Em síntese, o que a passagem contém é uma ordem de Jesus acompanhada de uma promessa. A ordem é pregar o evangelho a toda criatura, a promessa é de que sinais acompanhariam aqueles que cressem. Não há motivos para limitar os sinais em cinco, nem para igualá-los em termos de importância ou frequência, menos ainda torná-los obrigatoriamente simultâneos. Tais sinais poderiam ser chamados simplesmentes de "sinais e maravilhas", sem especificações limitantes.

A questão de interesse aqui é: esses sinais estão limitados aos dias dos apóstolos ou podem ocorrer nos dias de hoje? As evidências textuais apontam em qual sentido? E outras passagens relevantes corroboram qual posição? Creio que devemos procurar responder a estas questões e não nos debatermos sobre frequências, espontaneidade e simultaneidade de ocorrências.

No texto, seguir é tradução do verbo parakolouthéō, formado por para, "próximo" e akolouthéō, "seguir". Portanto, o sentido aqui é de acompanhar. Estes sinais acompanharão a proclamação e a aceitação do evangelho. O verbo está no futuro do indicativo. O tempo aponta para frente na história da igreja e não apenas à situação presente. E o modo indicativo apresenta uma ação como real, não como contingente, possivel ou mera intencionalidade. Assim, não é possível diminuir a força da afirmação sem violentar o sentido natural do texto.

Quando Jesus afirmou "estes sinais seguirão aos que crerem", não limitou de forma alguma a duração desses sinais. Como o crer aí se refere à pregação do evangelho, a interpretação natural é que enquanto o evangelho fosse pregado e pessoas cressem nele, sinais acompanhariam a fé em Jesus. Agora, observemos a ordem de Jesus: "ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura". A proclamação do evangelho é uma obra inacabada, nem todo mundo foi alcançado, nem toda criatura ouviu, logo, supor que os sinais cessaram é concluir equivocadamente que o evangelho não precisa mais ser proclamado.

Os cristãos presenciaram sinais acompanhando os que criam. Marcos mesmo registra que "eles, tendo partido, pregaram por todas as partes, cooperando com eles o Senhor, e confirmando a palavra com os sinais que se seguiram" (Mc 16:20). Mais tarde, o escritor de Hebreus confirma que "testificando também Deus com eles, por sinais, e milagres, e várias maravilhas e dons do Espírito Santo, distribuídos por sua vontade" (Hb 2:4). A própria Bíblia de Genebra, afirma que "todas as coisas preditas aqui (exceto veneno mortal) são registradas no Novo Testamento, especialmente em Atos" e acrescenta "histórias de alguns apóstolos sobreviventes que teriam sido forçados a beber veneno são encontradas na literatura cristã primitiva, fora da Bíblia", provavelmente uma referência à Eusébio que escreveu que José Barsabás foi forçado a beber veneno e não morreu.

No texto paraleo de Mateus lemos "Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; Ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém." (Mt 28:18-19). Aqui, ao invés de sinais, temos a promessa da presença do Senhor, o que nos remete à frase marcana "cooperando com eles o Senhor" através da confirmação pelos sinais. E aqui temos não uma indicação, mas uma declaração da duração dessa presença e cooperação do Senhor:  "todos os dias, até a consumação dos séculos" (Mt 28:19). Isto é especialmente significativa se levarmos em conta a possibilidade de que Mateus escreveu seu evangelho tendo diante de si o de Marcos.

No prólogo de Lucas, o Senhor promete "ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder" (Lc 24:49). No segundo volume de sua obra Lucas registra as palavras de Jesus dizendo "recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra" (At 1:8). Como vimos acima, a pregação do evangelho não chegou até aos confins da terra, portanto, o poder ainda se faz necessário, se não mais, pelo menos igual na igreja primitiva.

Creio que se tomarmos Marcos 16:15-20 em seu sentido natural, a conclusão será, inevitavelmente, que os sinais acompanhariam a proclamação do evangelho até os confins da terra e até o último eleito ser alcançado. E se compararmos a passagem com seus paralelos em Mateus, Lucas e Atos, essa conclusão é corroborada e depois provada com os relatos da igreja primitiva e menções nas epístolas.

Lutero entendia assim essa passagem. Em seu primeiro sermão sobre a Ascenção de Jesus,  chegando a Mc 16:17-18, disse "devemos permitir que estas palavras continuem e não ocultá-las longe, como alguns têm feito, dizendo que esses sinais eram manifestações do Espírito no início da era cristã e que agora eles têm cessado. Isso não está certo, pois o mesmo poder está na igreja ainda. Mesmo que não seja exercido, não é isso que importa, nós ainda temos o poder de fazer tais sinais".

Portanto, se Marcos 16 representa alguma dificuldade, representa para a causa cessacionista que é, no mínimo, extra-bíblica.

21 comentários:

  1. Muito bom.

    Eu, como ex-neopentecostal convertido ao Calvinismo, decidi estudar sem preconceitos o cessacionismo. A cada dia que estudo percebo que é um movimento anti-biblico e exegeticamente desonesto. Os seguidores desse pensamento dizem amar e defender as Escrituras, mas não estão dispostos a seguir a Palavra de Deus no caminho que ela aponta.

    Em Cristo,
    Yago

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  2. Irmão, o "eles" (v. 20) se refere a quem ali no texto de Marcos 16.9-20? Na sua opinião, porque há uma confirmação incompleta nos pregadores pentecostais dos sinais ali descritos? Sei que a lista poderia ser maior, como você mesmo disse, mas não vejo pelo menos todos os cinco sinais se manifestando como normativo.

    Um abraço.

    Em Cristo.

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  3. Yago,

    Alguns cessacionistas honesta e assumidamente afirmam que baseado exclusivamente na Escritura o cessacionismo não existe. Recorrem então à História e à Teologia para rejeitarem a vigência pós-apostólica dos dons.

    Mas, nossa teologia não deve ser bíblica? E a história não registra grandes períodos em que doutrinas pelas quais morreríamos foram esquecidas?

    Em Cristo,

    Clóvis

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  4. Danilo,

    Numa resposta rápida, o "eles" se refere aos presentes e comissionados por Jesus.

    Quanto à manifestação de todos os sinais, o Novo Testamento registra a maioria deles, exceto o beber veneno, embora haja referências bem antigas sobre pessoas que foram forçadas a beberem veneno e que não sofreram dano.

    Bem, a verdade é que línguas, curas e expulsão de denômios são recorrentes no meio pentecostal e renovado. Já os outros sinais, dependem de condições que tornem os mesmos necessários. Não há nessa passagem ordem para que se pegue em serpentes para provar alguma coisa, nem que se beba veneno para demonstrar a aprovação divina. Você não vai ver numa igreja pentecostal sessões de coisas mortíferas e ofídicas, a menos que seja uma seita esdrúxula que assim se denomine.

    Espero ter lhe respondido, depois de consultar o texto novamente, posso complementar a resposta sobre o "eles". Acabei de chegar de viagem.

    Em Cristo,

    Clóvis

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  5. Este comentário foi removido pelo autor.

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  6. Clóvis,

    muito interessante o post. Não tenho ainda uma visão bem clara acerca do tema abordado, então essa série tem sido muito válida, até pq os "calvinistas" que conheço [os quais não são muitos] ou são cessacionistas ou não crêem que os dons se manifestem na mesma proporção e da mesma forma hoje que manifestavam-se na Igreja primitiva.

    Gostaria de saber se te algum artigo no seu blog que você trate sobre a idéia do "segundo" batismo que é defendida pelos pentecostais ou mesmo se nessa série você irá abordar.

    Sobre o tema eu gostaria de perguntar uma coisa: partindo do pressuposto continuista de que os dons "miraculosos" permanecem manifestando-se hoje pelo menos da mesma forma que manifestavam-se na Igreja Primitiva, como ficam aqueles que crêem e pregam, mas não manifestam tais sinais? Essas pessoas não crêem verdadeiramente? Elas não tem tanto "poder" do Espírito Santo "nelas" como as que manifestam os sinais? Seu "alcance" seria menor do que as que manifestam os sinais? (pergunto isso não por preconceito, mas por já ter dialogado com um pentecostal que deu a entender algo nesse sentido...)

    Fico grato desde já pela atenção.

    Em Cristo,

    Cauê

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  7. Clóvis,

    Acredito que existem muitos cessacionistas incrédulos ou que no mínimo limitam o poder de Deus. Não me sinto a vontade com uma teologia dessas que pressupõe Deus não agir mais hoje de maneira sobrenatural. O propósito de sinais pode ter mudado (e acredito que mudou) mas isso não implica na inexistência deles, a não ser que algum cessacionista tenha recebido alguma revelação adicional rs.

    Também acredito que existem muitos irmãos pentecostais que fazem "brincadeiras carismáticas" (exibicionismo e não evangelismo) e tratam Marcos 16.17,18 como um testamento para demonstrar que denominações histórico-reformadas não crêem no Espírito Santo e assim alega-se uma espiritualidade com base somente no "fogo" do Espírito, esquecendo que o mesmo Espírito também é referido como uma singela e calma "pomba".

    Os dois lados falham, em minha opinião, e com isso tento apenas dizer que existem extremos onde a boa conversa sobre os carismas não pode beirar.

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  8. [Uma nota ao comentário anterior - botei calvinistas entre aspas por não ser muito fã dos rótulos. Depois que li o que havia escrito parecia que eu poderia estar manifestando alguma espécie de preconceito para com os calvinistas que conheço, o que certamente não é verdade...]

    Cauê

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  9. Um ponto para a conversa, irmão. Mc 16.17a na versão RA está traduzido assim:

    "Estes sinais hão de acompanhar aqueles que crêem"

    No entanto, quando consultamos um grego analítico, somos informados que o verbo crer da frase está no particípio aoristo. A tradução da BJ é correta:

    "Estes são os sinais que acompanharão os que tiverem crido"

    É relevante esse tempo verbal para nos guiarmos para uma conclusão natural partindo do texto bíblico?

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  10. Cauê,

    A doutrina distintiva do pentecostalismo não é o dom de línguas, e sim o batismo em/no/com o Espírito Santo como experiência distinta da conversão. Eu creio nisso.

    Não lembro se já publiquei algum artigo sobre isso no blog, mas certamente fiz referência em algum comentário. Como é um assunto que rende boas controvérsias, mesmo entre os continuístas, deixarei para abordar o tema mais adiante, numa série de dois ou três artigos.

    Quanto aos dons ou sinais, eles não são nenhuma credencial de santidade, mais poder ou mesmo de espiritualidade. Há irmãos cessacionistas mais santos e mais espirituais que muitos que exibem dons e mais dons. Qualquer visão de que dons são abono divino da vida de alguém é desvirtualmente da função deles na igreja.

    Em Cristo,

    Clóvis

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  11. Danilo,

    Concordo em gênero, número e degrau com seu comentário que termina com:

    "Os dois lados falham, em minha opinião, e com isso tento apenas dizer que existem extremos onde a boa conversa sobre os carismas não pode beirar."

    Eu poderia escreve-lo sem tirar nem por.

    Clóvis

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  12. Danilo,

    Sobre o ponto que levantou, irei considerá-lo num próximo comentário, pois agora o tronco me chama.

    Em Cristo,

    Clóvis

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  13. Clóvis,

    agradeço pela resposta.
    Sei que a doutrina distintiva do pentecostalismo diz respeito ao batismo em/no/com o Espírito Santo. Nesse tema irei aguardar os posts.

    Fico contente em perceber que a visão que me foi passada (ou que eu interpretei) não é a visão real do meio pentecostal.

    Em Cristo,

    Cauê

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  14. Danilo,

    Eu concordo a tradução BJ é melhor que a RA, pois o aoristo não leva em conta os tempos passado, presente e futuro e indicam, em geral, uma ação puntiforme e o partícipio grego é como o português, que acrescenta a terminação ido ou ado à raiz do verbo.

    Outra traduções também represepresentam uma melhor tradução. A RC e a ACF trazem "aos que crerem" e a NVI "os que crerem", transmitindo a idéia de uma ocorrência pontual no tempo. Porém, não creio que isto impacte no entedimento da questão em foco.

    Primeiro que essa ação pontual é jogada para frente pelo tempo do verbo "seguirão/acompanharão" (futuro do indicativo). Portanto, "os que tiverem crido", no caso, se refere aos que ouviriam a pregação do evangelho no futuro.

    E em segundo o ponto em questão não é o crer é de forma continuada, já vimos que não é. Mas o acompanhamento dos sinais é que precisamos ver se há algum indicativo de que ocorre pontualmente ou de forma continuada. Neste caso, como já referido, acompanhar está no futuro do indicativo. O mesmo ocorre com os verbos expulsar, falar, pegar e por. Apenas o beber está no modo subjuntivo.

    Enfim, o que entendo da rápida análise que fiz: o crer é futuro e pontiforme, o acompanhar é futuro e contínuo.

    Em Cristo,

    Clóvis

    PS.: Considere que minha gramática portuguesa já é grego para mim...

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  15. Oi Clóvis,

    este tema de dons de línguas é interessante.

    Mas vou aproveitar para deixar um comentário sobre um assunto que discutimos certa vez e fiquei te devendo uma informção.

    Eu argumentava que Cristo morreu para que todos tivessem oportunidade, quer dizer todos seriam potencialmente salvos. E você me pediu uma passagem bíblica que fundamentasse esse argumento.

    Pois é (com um pouco de atraso) acho que esbarrei nessa passagem hoje. Confere aí:

    "Deus, em Cristo, estava reconciliando consigo o mundo, não levando em conta os pecados dos homens, e nos confiou a mensagem da reconciliação." (II Coríntios 5.19, NVI)

    Pode ser que foi lá no 5 Calvinista que entramos nesse assunto.

    saudações fraternas,

    Roger

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  16. Roger,

    Obrigado pelo retorno, e pela citação.

    Mas acho que essa passagem não fala de um a reconciliação potencial, e sim efetiva. Não diz, à primeria vista e salvo melhor exame, que Deus estava criando a possibilidade de reconciliação, mas realizando a reconciliação em si.

    Concorda ou semcorda?

    Em Cristo,

    Clóvis

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  17. Clóvis, Graça e Paz.

    Sou assembleiano, por enquanto, pois não aguento mais ouvir mensagens centradas no homem e de cunho triunfalista, e descobri recentemente as doutrinas da graça. Tem sido dificil aceitar os ensinos Calvinistas, pois vai de encontro a tudo que sempre cri e preguei, sou diácono e por graça de Deus pregador, mas a impressão que tenho, é que não consigo ignorar ou lutar com tais doutrinas e isso tem afetado toda a minha vida, inclusive no exercicio de minha função eclesiástica e chamado ministerial.
    Descobri que meus escritores prediletos são reformados, muitos com livros lançados pela CPAD.

    O Marcelo Lemos, do Olhar Reformado, com seus textos, tem ajudado bastante, e aqui no Rio tem até Assembléia de Deus reformada, mas infelizmente, o Marcelo é de São Paulo e a igreja é longe de casa.

    Seu site é ótimo, mas sinto falta de um auxilio presencial pastoral, entende.

    Você congrega aonde? Se não for incomodo revelar.

    Desde já grato.

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  18. Diego,

    A paz do Senhor,

    Desculpe lhe dirigir essas palavras, pois vc perguntou ao Clóvis, porém creio ser importante nos pronunciar.
    Como vc, devem existir muitos outros "pentecostais reformados" que congrgam em igrejas arminianas. Sou presbítero de uma igreja local e sempre que sou chamado a pregar ou dirigir um estudo bíblico carrego cravado em minhas palavras as doutrinas da graça e somos dessa maneira agentes do Espírito Santo para abrir os olhos dos irmãos. Por exemplo, presenteie um dos pastores com o livro "Nascido Escravo" e foi impactante em sua mente

    Oremos para sermos instrumentos nas mãos de Deus

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  19. Argumentação do Clóvis é boa e firme.(fico observando detalhes para ver se derrubo esse camarada, mas é dificiR)
    Mas ele sempre vai ter a dificuldade de apresentar onde é que vemos isso?!?!
    a igreja pentecostal que tem como sinal os dons, e não somente as linguas! Utopia meu irmão, Utopia...não tenho argumento bíblicos para rejeitar sua posição. Declino... mas é uma fantasia achar que a massa pentecostal chegue perto da ordem, equilibrio na variedade dos dons e não somente linguas e linguas...
    A falha cessacionista está em provar em dizer que não existe dons...a falha pentecostal está em provar onde tem esses dons realmente bíblicos.(Por isso que o Clóvis e outros seguem um aborto hermenêutico, dizer que 'novas linguas' são linguas de outro cosmo.)
    Vejo Deus agindo em várias igrejas. Mas isso decorre mais de sua Soberania do que ser uma igreja cheia de dons mesmo.
    Mas é isso aí Clóvis, Bíblia é Bíblia... e Mc 16 não dificulta em nada o pentecostalismo, como meu irmão Heitor salientou, ainda que foi relevante em vários sentidos.
    Sou um continuísta-moderado-cuteloso-crismático-calvinista
    uai

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  20. Concordo, Clóvis,

    afinal minha moto tem sido "Prefiro ser feliz do q ter razão: perca o amigo, mas não perca a piada; perca o debate mas não perca o amigo."

    abrçs!

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  21. Roger,

    Mesmo discordando, não perderia, nem o amigo e menos ainda o irmão.

    Paz seja contigo.

    Em Cristo,

    Clóvis

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"Se amássemos mais a glória de Deus, se nos importássemos mais com o bem eterno das almas dos homens, não nos recusaríamos a nos engajar em uma controvérsia necessária, quando a verdade do evangelho estivesse em jogo. A ordenança apostólica é clara. Devemos “manter a verdade em amor", não sendo nem desleais no nosso amor, nem sem amor na nossa verdade, mas mantendo os dois em equilíbrio (...) A atividade apropriada aos cristãos professos que discordam uns dos outros não é a de ignorar, nem de esconder, nem mesmo minimizar suas diferenças, mas discuti-las." John Stott

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