Jonathan Edwards e o grande avivamento

Um rapaz devoto e precoce, entrou na universidade de Yale aos treze anos. Seu nome era Jonathan Edwards. Durante certo tempo, sob a orientação de seu avô, o poderoso e influente Solomon Stoddard, Edwards foi co-pastor de uma igreja em Northampton, Massachusetts. Quando Stoddard morreu, em 1729, Edwards continuou na liderança, agora como o único pastor.

Pouco depois de ter chegado a Northampton, Edwards se casou com a sábia, adorável e devota Sarah Pierpont. Apesar de Edwards ter muitos filhos e pastorear sua igreja, ele, de alguma maneira, encontrou tempo para produzir alguns dos textos teológicos mais importantes do mundo. Sua teologia foi influenciada tanto pelo vasto conhecimento obtido por meio de leituras quanto pelas dramáticas mudanças que ocorreram na vida das igrejas nas quais pregava.

Bebendo profundamente das fontes do calvinismo, Edwards naturalmente acreditava na doutrina da eleição. Embora aceitasse que Deus escolhe quem deveria ser salvo e quem não seria, Edwards queria que todo o mundo fizesse parte dos eleitos. Sabia que isso não poderia acontecer, mas insistia em que os pastores deveriam pregar sobre a gravidade do pecado e a necessidade de o coração se voltar para Deus. Caso contrário, dizia ele, os pastores fracassariam em sua tarefa, e ele só precisava se voltar para o apático clero da Nova Inglaterra para encontrar alguns exemplos. Quando pregou o sermão "Deus glorificado na dependência do homem" a um grupo de irmãos na cidade de Boston, em 1731, Edwards sabia que muitos de seus ouvintes escarneciam da ênfase que ele dava ao pecado profundamente enraizado nos seres humanos e à necessidade de mudança interior.

Durante seu ministério de sesenta anos, Solomon Stoddard viu cinco "colheitas", períodos de grande convicção espiritual que resultaram em mudança na vida das pessoas e em maior devoção a Deus. Na década de 1730, Jonathan Edwards orou pedindo por uma colheita. Ele estava vendo o relaxamento dos padrões morais e sentia que a crescente aceitação do armínianismo poderia criar uma época de autoconfiança espiritual. Ele começou a pregar sobre esses assuntos.

No inverno de 1734 e durante todo o ano que se seguiu, uma grande mudança aconteceu em Northampton. Edwards disse: "O Espírito de Deus começou a trabalhar de maneira extraordinária". Sua igreja foi invadida por ouvintes, muitos dos quais buscavam a certeza de salvação. "A cidade parecia estar cheia da presença de Deus. Ela nunca ficou tão cheia de amor, nem tão repleta de alegria, apesar de estar, como sempre, repleta de necessidades." Disputas e fofocas desapareceram à medida que praticamente toda a cidade começou a freqüentar a igreja.

O homem que orara e pregara a favor de um reavivamento para aquela cidade, no entanto, não possuía técnicas vistosas de pregação. Seus sermões se concentravam apenas na justificação pela fé e mostravam seu pendor intelectual. Embora seja possível que ele não tenha usado nenhum dos métodos que apelavam para as emoções, Edwards recebia uma resposta emocional. Os críticos ridicularizavam as lamúrias e as contorções do corpo que às vezes acompanhavam sua pregação de avivamento. Mais tarde, quando escreveu sobre o Grande Avivamento, Edwards chegou a admitir que aquele acontecimento levou a alguns excessos emocionais, mas que, de modo geral, foram evidência do Espírito de Deus movendo o coração humano.

Fonte: 100 acontecimentos mais importantes da história do cristianismo

8 comentários:

  1. Tenho colocado uma serie em meu blog sobre homens de Deus que fizeram história, e realmente a vida destes homens faz-nos meditar sobre nossas vidas diante de Deus. Que estes exemplos de vida, de renúncia e de entrega nos motive a cada dia a fazer o mesmo, para que o avivamento de Deus, que é concretizado pela salvação de almas e pela mudança de vidas, venha sobre nossas igrejas em nome de Jesus!

    Blog Emunah

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  2. Irmãos,

    A propósito deste post: hoje seria aniversário de Edwards: 307 anos!

    Em Cristo,

    Clóvis

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  3. Eu gostaria de ler isso:

    "No inverno de 2011 e durante todo o ano que se seguiu, uma grande mudança aconteceu em Ceilandia/DF. O Espírito de Deus começou a trabalhar de maneira extraordinária. As igrejas foram invadidas por ouvintes, muitos dos quais buscavam a certeza de salvação. A cidade parecia estar cheia da presença de Deus. Ela nunca ficou tão cheia de amor, nem tão repleta de alegria, apesar de estar, como sempre, repleta de necessidades. Disputas, imoralidade, promiscuidade e fofocas desapareceram à medida que praticamente toda a cidade começou a freqüentar as igrejas."

    O mesmo Deus que atuou naquela época pode atuar hoje.

    Abraço Clóvis, Deus abençoe.

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  4. Neto,

    Isso, e somente isso, é avivamento.

    Em Cristo,

    Clóvis

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  5. Clovis,

    Belo Texto! grande Homem!

    Nenhuma teologia tem influenciado a minha vida mais do que as dos Puritanos. Não foi sem razão que Packer tenha comparado tais homens com a grandeza das monumentais Sequóias, pois foram grandes para Glória de Deus.

    Jhonatan em especial. Ele foi o teólogo ideal, pregador ideal. Só não dá pra ler mais sobre ele, porque carecemos de traduções das suas obras e de outras obras escritas a seu respeito.

    Que Deus desperte os editores.

    Graça e Paz
    Mizael Reis

    P.S: Clóvis, você ainda não me honrou com sua visita em meu blog. [rsrs]

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  6. Mizael,

    Tem razão. Estou lendo, bem devagar, a obra de Packer sobre os "gigantes".

    Quanto ao seu blog, realmente, acho que estou devendo mesmo. Mas pagarei a dívida ainda hoje (estou de saída para almoçar na casa da sogra, então já sabe, não dá para facilitar).

    Ainda sobre blogs amigos e de amigos: estou trabalhando numa reformulação do 5S, então incluirei os novos blogs.

    Em Cristo,

    Clóvis

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  7. como presizamos de avivamento

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"Se amássemos mais a glória de Deus, se nos importássemos mais com o bem eterno das almas dos homens, não nos recusaríamos a nos engajar em uma controvérsia necessária, quando a verdade do evangelho estivesse em jogo. A ordenança apostólica é clara. Devemos “manter a verdade em amor", não sendo nem desleais no nosso amor, nem sem amor na nossa verdade, mas mantendo os dois em equilíbrio (...) A atividade apropriada aos cristãos professos que discordam uns dos outros não é a de ignorar, nem de esconder, nem mesmo minimizar suas diferenças, mas discuti-las." John Stott

Sua leitura deste post muito me honrou. Fique à vontade para expressar suas críticas, sugestões, complemetos ou correções. A única exigência é que seja mantido o clima de respeito e cordialidade que caracteriza este blog.