Cânones de Dort - Domingo 14

Reprovação

Além disto, a Sagrada Escritura, muito especialmente, ilumina a eterna e imerecida graça da nossa eleição e a torna mais clara a nós, em que testifica que nem todas as pessoas foram escolhidas, mas que algumas não foram escolhidas ou foram deixadas fora da eterna eleição de Deus. — Aqueles sobre os quais Deus tomou, com base em sua plena soberania, e em seu mui justo, impecável, e imutável juízo, a seguinte decisão: Deixá-los na miséria comum na qual, pelo seu próprio erro, eles mergulharam a si mesmos; e não conceder-lhes a fé salvadora e a graça da conversão; mas finalmente condená-los e eternamente puni-los (tendo sido deixados em seus próprios caminhos e sob seu justo julgamento), não somente por sua incredulidade, mas também por todos os seus outros pecados, de modo a mostrar a sua justiça. E esta decisão de reprovação, de modo algum faz de Deus o autor do pecado (um pensamento blasfemo!), mas ao contrário, o faz o temível, irrepreensível, e justo juiz e vingador.

E que direis se Deus, querendo mostrar a sua ira, e dar a conhecer o seu poder, suportou com muita paciência os vasos da ira, preparados para a perdição Rm 9:22

Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz 1Pe 2:8

O qual nos tempos passados deixou andar todas as nações em seus próprios caminhos. At 14:16

Respostas à Doutrina da Reprovação

Aqueles que ainda não experimentaram ativamente em seu próprio ser a fé vivificante em Cristo ou uma segura confiança em seu coração, a paz de consciência, o zelo pela obediência filial, e a glória em Deus através de Cristo, mas que, todavia, se utilizam dos meios pelos quais Deus tem prometido operar estas coisas em nós: — tais pessoas não devem se alarmar com a menção da reprovação, nem contar a si mesmos entre os reprovados; ao contrário devem continuar diligentemente com o uso destes meios, desejando fervorosamente um tempo de graça mais abundante, e aguardando por ele em reverencia e humildade. Por outro lado, aqueles que desejam seriamente converter-se a Deus, que desejam estar agradando somente a ele, e se livrar do corpo da morte, mas que ainda não são capazes de fazer tal progresso pelo caminho da santidade e da fé como gostariam: — tais pessoas, muito menos, devem temer a doutrina da reprovação, já que nosso misericordioso Deus tem prometido que não irá apagar o pavio fumegante e que não irá quebrar a cana trilhada. Contudo, aqueles que têm-se esquecido de Deus e do seu Salvador Jesus Cristo e têm-se abandonado inteiramente aos cuidados do mundo e aos prazeres da carne: — tais pessoas têm todas as razões para permanecerem temendo esta doutrina, enquanto seriamente não se voltarem a Deus.

Porque, assim como o corpo sem o espírito está morto, assim também a fé sem obras é morta. Tg 2:26

Porque a nossa glória é esta: o testemunho da nossa consciência, de que com simplicidade e sinceridade de Deus, não com sabedoria carnal, mas na graça de Deus, temos vivido no mundo, e de modo particular convosco. 2Co 1:12

E não somente isto, mas também nos gloriamos em Deus por nosso Senhor Jesus Cristo, pelo qual agora alcançamos a reconciliação. Rm 5:11

Porque a circuncisão somos nós, que servimos a Deus em espírito, e nos gloriamos em Jesus Cristo, e não confiamos na carne. Fl 3:3

Miserável homem que eu sou! quem me livrará do corpo desta morte? Rm 7:24

Quando passares pelas águas estarei contigo, e quando pelos rios, eles não te submergirão; quando passares pelo fogo, não te queimarás, nem a chama arderá em ti. Is 42:3

Não esmagará a cana quebrada, E não apagará o morrão que fumega, Até que faça triunfar o juízo Mt 12:20

E o que foi semeado entre espinhos é o que ouve a palavra, mas os cuidados deste mundo, e a sedução das riquezas sufocam a palavra, e fica infrutífera Mt 13:22

Porque o nosso Deus é um fogo consumidor. Hb 12:29

SEJA O PRIMEIRO A

Postar um comentário

"Se amássemos mais a glória de Deus, se nos importássemos mais com o bem eterno das almas dos homens, não nos recusaríamos a nos engajar em uma controvérsia necessária, quando a verdade do evangelho estivesse em jogo. A ordenança apostólica é clara. Devemos “manter a verdade em amor", não sendo nem desleais no nosso amor, nem sem amor na nossa verdade, mas mantendo os dois em equilíbrio (...) A atividade apropriada aos cristãos professos que discordam uns dos outros não é a de ignorar, nem de esconder, nem mesmo minimizar suas diferenças, mas discuti-las." John Stott

Sua leitura deste post muito me honrou. Fique à vontade para expressar suas críticas, sugestões, complemetos ou correções. A única exigência é que seja mantido o clima de respeito e cordialidade que caracteriza este blog.