O arminiano e a justificação

Uma posição intermediária, comum entre alguns que abraçam o arminianismo, não visualiza a justificação como um dom inalienável de Deus. Se o cristão falha em viver conforme um padrão mínimo de justiça, incorre na penalidade de perder sua salvação. O arrependimento e a reconciliação podem restaurar o caído à posição de filho outra vez. Assim, o cristão é direcionado a uma segurança subjetiva, que resulta em medo de condenação por parte dos que são moralmente sensíveis e em complacência por parte dos autoconfiantes.

Russel Shedd
In: Justificação, Vida Nova

13 comentários:

  1. Olá Clóvis...

    Uma das grandes dificuldades desse pensamento é o texto de Hb 6;4 a 6. Se é impossível restaurar aquele que uma vez foram iluminados e caíram, o estado último desse é pior que o daquele que ainda livremente não disse sim a graça e ainda não provou do dom celestial. Pois esse que se tornaram participantes do Espírito e caíram para nada mais prestam há não ser lançado fora (Mt 5;13).

    Se o salvo não tem a eficácia da sua salvação garantida pelo próprio Cristo ele incorre em pena eterna se deixar-se pecar, sem chance de arrepender-se e ser restaurado.

    Que bom que a Bíblia ensina diferente disso... Graças a Deus por Cristo Jesus que há de completar a obra uma vez iniciada em nós, pois se Cristo foi morto por nossos pecados nos reconciliando com Deus quando erramos inimigos, como não dará graciosamente todas as coisas uma vez que agora somos seus filhos (Rm 8;32)?

    Na Paz daquele que nos garante a vitória.

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  2. Contra a corda bamba arminiana, eu apenas afirmo:

    João 10:28
    "E dou-lhes a vida eterna, e nunca hão de perecer, e ninguém as arrebatará da minha mão."

    E o Deus do NT é o mesmo do AT:

    Deuteronômio 7:8
    "Mas, porque o SENHOR vos amava, e para guardar o juramento que fizera a vossos pais, o SENHOR vos tirou com mão forte e vos resgatou da casa da servidão, da mão de Faraó, rei do Egito."

    Pois se dependesse de mim, JAMAIS asseguraria minha salvação!

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  4. hehehe...boa provocação Clóvis...
    Dia desses vou postar algo sobre isso...

    Por hora convido-o a ler meus últimos posts...

    Um abraço.
    Pr Cleber.
    http://confraria-pentecostal.blogspot.com/

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  5. É possivel um glorificado ficar desglorificado? o elo de Rm 8 é todos no passado. Eu penso que Hb 6 não apresenta dificuldade real. Ali diz exatamente o que Jesus disse em Mt 7 sobre que muitos lhe dirão naquele dia...ou seja, provaram de todos os dons, foram iluminados, mas não justificados, glorificados e regenerados...Saul provou disso. Varios outros tb. João lembra-nos que siram por que não eram dos nossos, além disso todo que é nascido de Deus, o maligno não lhe toca.

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  6. Luciano...

    é verdade, mas para quem acha que a perseverança dos santos depende somente da própria fidelidade, a coisa realmente fica complicada. O texto de Hb é claro, quem provou e caiu não pode ser reconduzido... então a questão é se quem é do Senhor, e caindo em pecado deixa de ser do Senhor? Como nós cremos que a perseverança não é por ter ou não pecado e sim pela misericórdia de Deus que nos ajuda na nossas fraquesas temos esperança eterna, quem não crê assim vice uma massacrante dúvida... e se eu morrer agora?

    Até mais graça e paz.

    p.s.:Luciano, abra uma conta no google para você, vai facilitar muito na hora de postar e você ainda tem a opção de retirar o comentário se você notar algum erro.

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  7. Olá...

    A respeito do tema, gosto do texto de João 13:10a - "Respondeu-lhe Jesus: quem já se banhou não necessita de lavar senão os pés, quanto ao mais está todo limpo."

    Em Jesus, somos pecadores-confessos. Pecadores-justificados, já que em nós ainda habita a velha-natureza pecaminosa. Temos o conhecimento de Deus que foi revelado a nós através do Evangelho da Salvação. É o que nos faz ver que o mal que fazemos não é o bem que queremos fazer! E o Espírito de Deus nos constrange e nos convence do pecado e da morte.
    Acho que é isso!

    Abraços e fiquem em Deus.

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  8. Clóvis...

    Engraçado, nessas coisas esdrúxulas como essa salvação revogável, não tem arminiano debatendo... será por que?

    Zwinglio, Georges, PC, Teimoso... vocês não vão defender o ponto de vista arminiano?

    Naquele que nos garante a vitória.

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  9. Esli,

    Acho que em Hb 6.4-6, Paulo está a falar de uma hipótese, no caso de alguém vir a preencher essas características (o que é impossível), e não que elas possam ser realmente preenchidas. Ou seja, se porventura os iluminados, os que provaram, e se tornaram participantes recaíssem, estariam crucificando e expondo Cristo ao vitupério. Como Cristo não pode ser novamente crucificado nem vituperado, é impossível que os iluminados, os que provaram e se tornaram participantes do Espírito, caiam novamente.

    Relaciono-a também com Mt 12.43-45, quando o espírito imundo saí do homem, a casa é limpa e depois retorna com mais outros sete espíritos piores do que ele. Neste caso, não está a falar do regenerado, mas do tipo de homem que o pr. Luciano se referiu em Mt 7.21-23. Que aparenta uma conversão, mas é apenas um nominalista, outro bode entre ovelhas.

    Contra a idéia arminiana da não preservação dos santos por Deus, Fp 1.6 me parece definitivo.

    Mas Hb 6 me parece trazer a mensagem de Mt 12.31, de que é impossível ao eleito resistir ao Espírito Santo, e aqueles que não o têm (os réprobos), e por conseguinte blafemam-no, não serão perdoados.

    Cristo o abençoe!

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  10. Esli, paz!

    Vá em Dokimos e leia http://blogs.gospelprime.com.br/dokimos/uma-exegese-de-hebreus-64-6-parte-1 & http://blogs.gospelprime.com.br/dokimos/uma-exegese-de-hebreus-64-6-parte-2 ...
    *
    Naquele que diz: "aquele que perseverar até o fim será salvo."

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  11. Jorge...

    Seu comentário está correto, o que eu disse sobre Hb 6, é um certo aforismo arminiano inconceqüente... se tem como caiar (segundo o arminianismo tem) quem cai já era... visto que não há mais como restaurar aquelel que caiu.

    Exatamente igual a sua análise, eu disse em um outro post, acho que de 1Tm 2,4. Creio exatamente como você... o que disse aqui foi apenas uma junção de afirmações arminianas e das complicações que elas trazem.

    Sem mais... Graça e paz.

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  12. Zwinglio...

    Vou ler os textos e se for o caso, comento lá e cá, mas não me deixe na geladeira...

    Até meu camarada HevyMetal

    sem mais, graça e paz.

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"Se amássemos mais a glória de Deus, se nos importássemos mais com o bem eterno das almas dos homens, não nos recusaríamos a nos engajar em uma controvérsia necessária, quando a verdade do evangelho estivesse em jogo. A ordenança apostólica é clara. Devemos “manter a verdade em amor", não sendo nem desleais no nosso amor, nem sem amor na nossa verdade, mas mantendo os dois em equilíbrio (...) A atividade apropriada aos cristãos professos que discordam uns dos outros não é a de ignorar, nem de esconder, nem mesmo minimizar suas diferenças, mas discuti-las." John Stott

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