O assunto me designado pelo comitê foi posto na forma de uma pergunta: "A ênfase sobre o amor de Deus leva ao Arminianismo ou ao conforto para o povo de Deus?" A princípio não entendi a pergunta. Como uma ênfase sobre o amor de Deus pode levar ao Arminianismo? Contudo, após um pouco de reflexão, penso que sei o que o comitê tinha em mente.
Há aqueles que enfatizam o amor de Deus. Deus é amor, eles dizem. E a Bíblia de fato diz que Deus é amor. Mas estas pessoas dizem isto querendo dizer que Deus ama todo mundo, todos os homens. Pertence à própria natureza de Deus amar todos. Porque ele é amor, Deus não pode odiar. Deus não pode e de fato não reprova pessoas, nem determina condená-las com um castigo eterno por causa dos seus pecados. Deus em seu amor dá a todo mundo uma chance de ser salvo. Somente quando uma pessoa recusa de maneira obstinada e persistente se arrepender dos seus pecados é que Deus a condena. Deus oferece seu amor a todo mundo. E alguns vão mais adiante para dizer que Deus de fato salva todo mundo—até mesmo os incrédulos. Por conseguinte, a igreja, de acordo com esta visão, é chamada a pregar o amor de Deus na forma de uma "oferta sincera." A igreja deve dizer às pessoas de todo lugar: Deus te ama; Deus tem um plano maravilhoso para a sua vida; Deus quer te salvar! É tudo amor, amor, amor. E ninguém jamais deve falar sobre ódio ou ira de Deus.
Este conceito extremamente popular do amor de Deus não somente leva ao Arminianismo—ele é Arminianismo, se não um universalismo completo. E, este conceito não fornece absolutamente nenhum conforto para o povo de Deus. Pode soar como uma doutrina confortante dizer que Deus ama todo mundo e não odeia ninguém, mas na realidade isto torna o amor de Deus dependente da vontade inconstante e pecaminosa do homem. Se o homem aceita a oferta do amor de Deus, Deus o salvará. Em outras palavras, Deus não pode amar a menos que o homem ame! Não há nada certo sobre isso! Um homem pode amar num dia e odiar no outro. Não há conforto nisto. Além do mais, se isto é verdade, quem é Deus? De acordo com o conceito Arminiano, o homem é realmente Deus, pois seu amor deve vir primeiro. Isto é blasfêmia. A partir deste ponto de vista, o Arminianismo é tão destrutivo para a fé cristã como o Liberalismo.
De tudo isto vem um temor por parte do povo Reformado, um temor de que a ênfase sobre o amor de Deus levará ao Arminianismo. Eu posso entender muito bem que o Arminianismo é a ultima coisa que eles desejam! Mas na realidade o temor não tem fundamento. Por que? Porque o conceito Arminiano do amor de Deus não é um conceito do amor de Deus, mas sim um conceito distorcido e corrompido do amor de Deus. A ênfase sobre o conceito bíblico do amor de Deus (como exposto nos Credos Reformados) não leva ao Arminianismo, mas é o golpe mortal contra o Arminianismo. Ao mesmo tempo ele é o conforto certo e permanente do povo de Deus. Portanto, a igreja deve enfatizar o amor de Deus. Ela deve fazer isso para que a verdade possa ser conhecida e defendida, para que o povo de Deus possa ser confortado e para que o nome de Deus possa ser glorificado!
Continua...
Autor: Robert D. Decker
Há aqueles que enfatizam o amor de Deus. Deus é amor, eles dizem. E a Bíblia de fato diz que Deus é amor. Mas estas pessoas dizem isto querendo dizer que Deus ama todo mundo, todos os homens. Pertence à própria natureza de Deus amar todos. Porque ele é amor, Deus não pode odiar. Deus não pode e de fato não reprova pessoas, nem determina condená-las com um castigo eterno por causa dos seus pecados. Deus em seu amor dá a todo mundo uma chance de ser salvo. Somente quando uma pessoa recusa de maneira obstinada e persistente se arrepender dos seus pecados é que Deus a condena. Deus oferece seu amor a todo mundo. E alguns vão mais adiante para dizer que Deus de fato salva todo mundo—até mesmo os incrédulos. Por conseguinte, a igreja, de acordo com esta visão, é chamada a pregar o amor de Deus na forma de uma "oferta sincera." A igreja deve dizer às pessoas de todo lugar: Deus te ama; Deus tem um plano maravilhoso para a sua vida; Deus quer te salvar! É tudo amor, amor, amor. E ninguém jamais deve falar sobre ódio ou ira de Deus.
Este conceito extremamente popular do amor de Deus não somente leva ao Arminianismo—ele é Arminianismo, se não um universalismo completo. E, este conceito não fornece absolutamente nenhum conforto para o povo de Deus. Pode soar como uma doutrina confortante dizer que Deus ama todo mundo e não odeia ninguém, mas na realidade isto torna o amor de Deus dependente da vontade inconstante e pecaminosa do homem. Se o homem aceita a oferta do amor de Deus, Deus o salvará. Em outras palavras, Deus não pode amar a menos que o homem ame! Não há nada certo sobre isso! Um homem pode amar num dia e odiar no outro. Não há conforto nisto. Além do mais, se isto é verdade, quem é Deus? De acordo com o conceito Arminiano, o homem é realmente Deus, pois seu amor deve vir primeiro. Isto é blasfêmia. A partir deste ponto de vista, o Arminianismo é tão destrutivo para a fé cristã como o Liberalismo.
De tudo isto vem um temor por parte do povo Reformado, um temor de que a ênfase sobre o amor de Deus levará ao Arminianismo. Eu posso entender muito bem que o Arminianismo é a ultima coisa que eles desejam! Mas na realidade o temor não tem fundamento. Por que? Porque o conceito Arminiano do amor de Deus não é um conceito do amor de Deus, mas sim um conceito distorcido e corrompido do amor de Deus. A ênfase sobre o conceito bíblico do amor de Deus (como exposto nos Credos Reformados) não leva ao Arminianismo, mas é o golpe mortal contra o Arminianismo. Ao mesmo tempo ele é o conforto certo e permanente do povo de Deus. Portanto, a igreja deve enfatizar o amor de Deus. Ela deve fazer isso para que a verdade possa ser conhecida e defendida, para que o povo de Deus possa ser confortado e para que o nome de Deus possa ser glorificado!
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"Se amássemos mais a glória de Deus, se nos importássemos mais com o bem eterno das almas dos homens, não nos recusaríamos a nos engajar em uma controvérsia necessária, quando a verdade do evangelho estivesse em jogo. A ordenança apostólica é clara. Devemos “manter a verdade em amor", não sendo nem desleais no nosso amor, nem sem amor na nossa verdade, mas mantendo os dois em equilíbrio (...) A atividade apropriada aos cristãos professos que discordam uns dos outros não é a de ignorar, nem de esconder, nem mesmo minimizar suas diferenças, mas discuti-las." John Stott
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