Por exemplo, tenho percebido uma insistência em alguns de colocar pps na hora do culto, seja durante o louvor e até na hora da pregação. Vejo também alguns abusos em nos efeitos especiais, aquelas animações que são desaconselháveis até em apresentações normais, na empresa ou na escola.
Sendo assim pretendo apresentar algumas dicas para bom uso e para evitar o abuso do projetor em minha igreja. Quem quiser pode contribuir com subsídios.
1. Não faça da projeção a atração
A projeção não é um elemento do culto. Ela não faz parte do louvor e menos ainda da pregação. Ela é mero assessório e tem por finalidade apoiar o louvor e a pregação, facilitando o acompanhamento da letra e a leitura de passagens bíblicas. O limite aqui seria colocar um fundo pouco chamativo na letra do hino e as divisões principais do sermão, acompanhados da porção bíblica em exposição.
2. Não faça da projeção uma distração
Aliado ao item anterior, está o risco da projeção distrair os participantes do culto. Então, nada de colocar sons ou ruídos nas projeções ou de projetar videoclipes durante a pregação. Se algo faz a pessoa desviar a atenção do que está sendo dito e cantado, então deve ser desligado.
3. Cuidado com o segundo mandamento
A Bíblia é taxativa: "não farás para ti imagem de escultura, nem semelhança alguma do que há em cima nos céus, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra" (Ex 20:4). Não adianta condenarmos a idolatria romana na forma de imagens, se fazemos representações da divindade e as projetamos num telão. Imagens de Jesus como Bom Pastor, figuras do Crucificado e outras imagens religiosas não tem lugar na igreja, ainda mais no momento da adoração.
4. Cuidado com mensagens açucaradas da net
A Internet é uma fonte inesgotável de mensagens religiosas, algumas emocionantes, outras inspiradoras, mas pouquíssimas realmente bíblicas. Uma linguagem religiosa pode disfarçar venenos espirituais. Recebeu uma mensagem maravilhosa, uma história tocante, um relato que te fez chorar? Não corra projetar na igreja. Muito provavelmente não passam de palavras vazias e sentimentalóides, sem a força do martelo e a energia do fogo que só a Bíblia tem.
5. Cuidado com a dependência
A face oculta da tecnologia é que ela causa dependência. Como nem sempre o recurso tecnológico funciona, alguns tem crises de abstinência. Já vi pessoas deixar de cantar na igreja porque na última hora o playback não funcionou. Não gostaria de ver um pregador deixar de entregar o sermão porque o "PowerPoint não abriu".
De resto, estou amando poder ilustrar meus estudos bíblicos com mapas, imagens de lugares bíblicos, esquemas e etc.
Caro Clóvis,
ResponderExcluirMuito bom o texto. Aliás, os textos de sua autoria são sempre muito bons, equlibrados e bíblicos. Parabéns!
Quanto ao assunto abordado, todos os tópicos do seu texto são muito relevantes, e eu não acrescentaria nenhum além deles. Realmente, as facilidades da tecnologia às vezes são um prato cheio para invenções extrabíblicas, como o uso de imagens e etc. Na minha igreja a dependência ficou tão grande que, se o rapaz que opera o data-show faltar, ninguém consegue mais cantar os hinos do Hinário, já que ficam guardados em casa. Não costumo muito usar esse recurso para pregar na igreja, mas confesso que, dependendo da abordagem (como um estudo bíblico com uso de mapas, gráficos etc.) ele se faz necessário para uma melhor absorção por parte de quem ouve.
Um grande abraço!
opticareformata.blogspot.com
Não apenas o data show, mas toda a parafernália que tira a nossa atenção durante os cânticos e durante a pregação. Sou músico, mas não suporto o esquema que andam fazendo dentro das igrejas. Se falta energia, não dá para ligar teclado, microfone... e, uma vez, a neura foi tanta, que praticamente não tivemos cânticos, tamanha a dependência dos instrumentos. Essas coisas têm de servir como auxílio, não como empecilho à pregação e ao louvor a Deus.
ResponderExcluirO Clóvis anda assintindo futebol americano na igreja???? (risos)
ResponderExcluirUm projetor multimedia ajuda muito, os visitantes não ficam a mercê do hinário do irmão do lado, e coisas do tipo. O problema é quando há dependência da tecnologia para se fazer qualquer coisa.
Quer ver uma coisa? Se o CD do playback travar, o grupo canta ou não canta?
Ednaldo.
Ahhhh!!! É "Desafiando Gigantes", assim pode! (Risos)
ResponderExcluirOlá Clóvis, graça e paz!
ResponderExcluirAchei o texto excelente!
Gostaria de aproveitar o terceiro tópico, sobre o segundo mandamento, para te fazer uma pergunta: você acha errado o uso de imagens de Jesus apenas no culto ou em outras ocasiões também? Eu sou contrário às imagens no culto por causa do Princípio Regulador do Culto, onde eu entendo que o segundo mandamento se encaixa, mas tenho dúvidas sobre o uso de imagens de Jesus no nosso dia-a-dia.
Abraços,
André Aloísio
O principal dos pecadores (I Tm.1.15)
http://teologia-vida.blogspot.com
Parabén pelo artigo - devemos evitar que qualquer coisa venha desviar nosso atenção do serviço de adoração. Se uma ilustração, ou mesmo video, puder auxiliar na compreensão da mensagem, que bom! Mas, se for apenas por distração, nada feito.
ResponderExcluirPaz e bem.
Marcelo Lemos
'Olhar Reformado'
Amados,
ResponderExcluirEstive em viagem e só agoro posso retornar aos comentários.
Leonardo Galdino: a dependência é a pior coisa que tem. Já vi gente lamentar falta de microfone, para falar a 10 pessoas, a dois metros...
Thinking: num culto tempos atrás, um após o outro mencionava os problemas com o som, pedia oração para comprar microfone, etc. etc. etc. Então me foi dada a palavra, e eu lembrei-os de que o essencial na adoração é nosso coração na presença de Deus. Graças a Deus minha repreensão foi bem aceita.
Ednaldo: se fosse uma partida do Furacão da Baixada ainda... esse Desafio de Gigantes é um filme gospel, né? Não sei onde vi algo a respeito. Não foi no culto, mas num encontro de jovens eles assistiram "Fazendeiro de Deus" (ou coisa assim), parece que é muito bom, a julgar pelos comentários dos jovens.
André: volto ao tema em outro comentário.
Marcelo: realmente, o projetor é útil como apoio, como uma ilustração. Mas não deve tomar o lugar da pregação ou do louvor em si.
Em Cristo,
Clóvis
O terceiro tópico é irrelevante.
ResponderExcluirPr. Osmar,
ResponderExcluirObrigado pelo seu comentário. Apenas para eu entender melhor, porque é irrelevante? Posso estar vendo a coisa de forma equivocada.
Clóvis
Clóvis,
ResponderExcluirAcho que o Pr. Osmar não concorda (assim como eu não concordo) que é errado qualquer tipo de representação de Jesus. Jesus era Deus...e homem. E como homem, creio que Ele pode sim ser representado em desenhos de livros de EBD, gravuras, talvez até em peças (embora eu sinta um desconforto em relação a isso, principalmente dependendo do enfoque de Jesus na peça).
Até porque o templo do AT tinha imagem de querubim, anjo...então, as imagens religiosas em si não são proibidas. O problema é representar a Deus, como na pombinha do símbolo da IPB.
ResponderExcluirEsclarecendo meu comentário: Entendo que o tópico 3 é irrelevante uma vez que o texto utilizado não se refere ao caso que está sendo comentado. Está fora do contexto. O protestantismo na América Latina nasceu num forte contexto de afronta ao Catolicismo Romano, até pouco tempo, nem a cruz vazia era bem vista em nossos templos por causa disto. Figuras artísticas que ilustram situações bíblicas em nada tem a ver com a idolatria condenada nos 10 mandamentos. Não são nada além de um recurso muito útil de comunicação nesta geração MTV e internet que não pode prescindir da comunicação visual, além da verbal.
ResponderExcluirObrigado por considerar meus comentários. Deus abençoe aos amados.
Obrigado pelas informações foram muito importantes. Louvavel!
ResponderExcluirIrmão,
ResponderExcluirEu que agradeço pela sua visita e comentário.
Soli Deo Gloria
Concordo plenamente com o texto, eu iria mais longe, não projetaria nem os cânticos, ainda mais se a igreja possuir algum tipo de hinário, e para as músicas desconhecidas pode ser usada as coletâneas, para liturgia a maioria das igrejas já trazem as letras na capa do boletim da igreja, o projetor deveria ser usado para ilustrar alguma coisa que o pregador quer dar mais ênfase, como um gráfico, um fluxograma, um esquema, um vídeo e no caso de transmissão via satélite de alguma serie de conferência.
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