Quem limita a expiação?


Por muitas vezes nos é dito que limitamos a expiação de Cristo, por dizermos que Cristo não pagou a dívida de todos os homens, ou todos os homens seriam salvos. Ora, a nossa resposta a isso é que, por outro lado, nossos oponentes limitam a expiação de Cristo, e não nós.

Os arminianos dizem: Cristo morreu por todos os homens. Perguntemos deles o que querem afirmar com isso. Porventura, Cristo morreu para garantir a salvação de todos os homens? E eles respondem: 'Não, certamente que não'. E então fazemos-lhes a próxima pergunta: E Cristo morreu para garantir a salvação de qualquer indivíduo em particular? E eles respondem com um 'Não'. Eles são forçados a admitir isso, se tiverem de ser coerentes. Eles respondem com um 'não' e ajuntam: 'Cristo morreu para que qualquer homem fosse salvo se...' — e então seguem-se certas condições para a salvação.

Ora, quem é que limita a morte de Cristo? São vocês. Vocês dizem que Cristo não morreu para garantir de modo infalível a salvação de qualquer pessoa. Desculpe, mas, nós corrigimos àqueles que dizem que nós limitamos a extensão da morte de Cristo, e dizemos: 'Não, meu caro amigo, você é que está fazendo isso'. Nós dizemos que Cristo morreu de modo a garantir infalivelmente a salvação de uma multidão que ninguém pode enumerar, os quais, através da morte de Cristo, não apenas poderão ser salvos, mas serão realmente salvos, e não poderão deixar de ser salvos, seja de que maneira for. Você gosta de seu ponto de vista sobre a expiação; pode ficar com o mesmo. Mas nunca renunciaremos ao nosso ponto de vista por causa do seu".

Charles Spurgeon
In: O Antigo evangelho

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"Se amássemos mais a glória de Deus, se nos importássemos mais com o bem eterno das almas dos homens, não nos recusaríamos a nos engajar em uma controvérsia necessária, quando a verdade do evangelho estivesse em jogo. A ordenança apostólica é clara. Devemos “manter a verdade em amor", não sendo nem desleais no nosso amor, nem sem amor na nossa verdade, mas mantendo os dois em equilíbrio (...) A atividade apropriada aos cristãos professos que discordam uns dos outros não é a de ignorar, nem de esconder, nem mesmo minimizar suas diferenças, mas discuti-las." John Stott

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