O objetivo do conhecimento

Portanto, o conhecimento de Deus que na Escritura nos é proposto não visa a outro escopo que aquele que refulge gravado nas criaturas, isto é, nos convida, em primeiro lugar, ao temor de Deus; em seguida, à confiança nele, para que, na verdade, aprendamos a cultuá-lo não só com perfeita inocência de vida, mas ainda com obediência não fingida, e então a dependermos totalmente de sua bondade.

João Calvino
In: Institutas da Religião Cristã

4 comentários:


  1. "Existem dois tipos de conhecimento: o que repousa na pura especulação e aquele que é acompanhado pela graça da fé em Cristo e pelo amor. Este último sempre conduz o homem a obedecer a vontade de Deus em seu coração. Já o primeiro tipo, é o que serve aos faladores. Todavia, sem o último tipo o cristão verdadeiro não se sente satisfeito."

    John Bunyan - O Peregrino

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    1. Muito bom. Estou lendo "Graça abundante..." do velho Bunyan.

      Em Cristo,

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    2. A edição de "O Peregrino" que estou lendo apresenta uma biografia do Bunyan, citando outras obras dele, sendo "Graça Abundante" o que mais me deixou curioso em ler logo. Já está na minha extensa lista, e parece-me que terá que furar a fila.

      "O Peregrino" é genial, fazendo-nos pensar nas principais reflexões do cristianismo cristalino e nos alertando contra todo tipo de engodo ao mesmo, com personagens simples mas profundos. Parece um livro do nosso século. Só não terminei logo porque estou dividido com outra obra magnífica: "Trindade", do Agostinho de Hipona.

      Em Cristo,

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  2. Paz e Graça...

    Comentando qual era a motivação – que deve ser a nossa – do escritor do salmo 119 (versículos 1,2 e 5) em sua busca por conhecimento de Deus, escreveu J. I. Packer:

    “Ele estava interessado em verdade e ortodoxia, em ensino bíblico e teologia não como fins em si, mas como meios para os propósitos mais profundos de vida e retidão. Sua maior preocupação era com o conhecimento e o serviço do grande Deus cuja verdade ele procurava compreender.”

    “Esta deve ser, também, a nossa atitude. Nosso objetivo ao estudar a Divindade deve ser o de conhecer melhor o próprio Deus. Nossa meta deve ser aumentar nosso conhecimento não simplesmente das doutrinas acerca dos atributos de Deus, mas também do Deus vivo a quem pertencem esses atributos. Assim como ele é o assunto do nosso estudo e o ajudador nessa tarefa, assim também ele deve ser a sua finalidade. Devemos procurar, ao estudar Deus, ser levados a ele. Foi por este propósito que a revelação foi dada, e é para esta função que devemos usá-la.”

    O Conhecimento de Deus, página 20 – 1ª edição 2014, Editora Cultura Cristã.

    Em Cristo,

    Jairo Lima

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"Se amássemos mais a glória de Deus, se nos importássemos mais com o bem eterno das almas dos homens, não nos recusaríamos a nos engajar em uma controvérsia necessária, quando a verdade do evangelho estivesse em jogo. A ordenança apostólica é clara. Devemos “manter a verdade em amor", não sendo nem desleais no nosso amor, nem sem amor na nossa verdade, mas mantendo os dois em equilíbrio (...) A atividade apropriada aos cristãos professos que discordam uns dos outros não é a de ignorar, nem de esconder, nem mesmo minimizar suas diferenças, mas discuti-las." John Stott

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