Espiritismo e livre-arbítrio

"Tudo o que o Senhor deseja ele o faz, no céu e na terra, nos mares e em todos os abismos" Sl 135:6

Na doutrina espírita, o livre-arbítrio ocupa uma posição fundamental. No Livro dos Espíritos Allan Kardec escreveu:

"Sem o livre-arbitrio, o homem não teria nem culpa por praticar o mal, nem mérito em praticar o bem, e isto a tal ponto está reconhecido que, no mundo, a censura ou o elogio são feitos à intenção, isto é, à vontade. Ora, quem diz vontade diz liberdade".

O sistema espírita se baseia numa espécie de contabilidade, onde a prática do bem gera créditos e do mal são lançadas como débito e o espírito evolui conforme o saldo for positivo. Num sistema assim, o livre-arbítrio é uma condição sine qua non para atribuição de culpa e mérito, e se este não existir todo o edifício do kardecismo vem abaixo.

Da mesma forma que advoga o livre-arbítrio, o espiritismo posiciona-se contrário à predeterminação dos acontecimentos. Na mesmo obra citada, à pergunta:
"Haverá fatalidade nos acontecimentos da vida, conforme o sentido que se dá a essa palavra, ou seja, todos os acontecimentos são predeterminados? Nesse caso, como fica o livre-arbítrio?"

Allan Kardec responde:

"A fatalidade existe apenas na escolha que o Espírito faz ao encarnar e suportar esta ou aquela prova. E da escolha resulta uma espécie de destino, que é a própria conseqüência da posição que ele próprio escolheu e em que se acha. Falo das provas de natureza física, porque, quanto às de natureza moral e às tentações, o espírito, ao conservar seu livre-arbítrio quanto ao bem e ao mal, é sempre senhor para ceder ou resistir ...”.

E como o espiritismo concilia a prescidência divina com o livre-arbítrio? León Dennis responde nas seguintes palavras:

"Deus, cuja ciência infinita abrange todas as coisas, conhece a natureza de cada homem e as impulsões, as tendências, de acordo com as quais poderá determinar-se. Nós mesmos, conhecendo o caráter de uma pessoa, poderíamos facilmente prever o sentido em que, numa dada circunstância, ela decidirá, quer segundo o interesse, quer segundo o dever. Uma resolução não pode nascer de nada. Está forçosamente ligada a uma série de causas e efeitos anteriores de que deriva e que a explicam. Deus, conhecendo cada alma em suas menores particularidades, pode, pois, rigorosamente, deduzir, com certeza, do conhecimento que tem dessa atina e das condições em que ela é chamada a agir, as determinações que, livremente, ela tomará"

Pelas citações acima, é possível perceber como a visão espírita do livre-arbítrio é quase que indistinguível da idéia popular no meio evangélico de liberdade humana.

20 comentários:

  1. Irmão Clóvis! Bom dia a paz do Senhor.
    Gostei do tema e Concordo contigo plenamente.

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  3. Clóvis,
    vc forçou a barra nesse post. Querer associar o livre-arbítrio ao espiritismo foi feio.
    Tbm poderia associar o calvinismo a alguma seita fatalista ou determinista, mas acho descabido.

    Um abraço pra ti mano!

    Cleber (Confraria Pentecostal)

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  4. Angel,

    Obrigado pela sua participação e comentário. Soli Deo gloria!

    Clóvis

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  5. Cleber,

    Paz seja contigo amado. Estava com saudade de você, que bom que postou o comentário. Vamos a ele.

    Você disse "vc forçou a barra nesse post", isso por "querer associar o livre-arbítrio ao espiritismo foi feio."

    Reli o post e não consegui ver onde eu forcei a barra. O que fiz, e você pode demonstrar se não corresponde à realidade, que para o espiritismo o livre-arbítrio é uma crença fundamental. Se eu estiver enganado quanto a isso, é só indicar o que demonstra o contrário que eu me retrato.

    Coisa feia, para mim, é dizer algo que não corresponda à verade. É o caso aqui? Se for, faço bonito reescrevendo o post e dizendo que estava errado.

    "Tbm poderia associar o calvinismo a alguma seita fatalista ou determinista, mas acho descabido."

    Se você associar o calvinismo com o fatalismo, ao invés de me ressentir disso, eu demonstraria diferença entre uma coisa e outra. Por outro lado, se você disser que o calvinismo tem em comum com alguma seita o determinismo (entendido como a crença de que todos os eventos estão previamente determinados), eu não vou me ofender, pelo contrário, direi que neste aspecto tanto a seita em questão como o calvinismo estão de acordo com a Bíblia.

    Por isso acho que você poderia demonstrar que o livre-arbítrio é bíblico (e portanto o espiritismo está certo neste ponto) ou então que o conceito de livre-arbítrio espírita é diferente daquele popular no meio evangélico. Apenas me dar um pito pelo post me parece pouco.

    A propósito, reproduzo parte de um email que enviei para um arminiano indignado com minha associação do livre-arbítrio com o espiritismo:

    O que eu procurei deixar claro é que arminianos e kardecistas tem em comum a defesa do livre-arbítrio, baseados basicamente nos mesmos argumentos.

    (...)

    Isto significa que arminianos e kardecistas são farinha do mesmo saco? De jeito nenhum! Uns contam-se entre os salvos, outros tentam salvar a si mesmos por seus esforços, mas enquanto fazem isso continuam mais perdidos do que nunca.

    Pode parecer que eu quis denegrir os arminianos apontando algo que eles tem em comum com espíritas. Não foi a intenção, mesmo porque eu estaria sendo falacioso. Pois o fato dos espíritas acreditarem em algo não torna isso errado. Por exemplo, os kardecistas acreditam que Deus existe e que é perfeito. Nisto eu concordo com eles. Com certeza há outros pontos que eu concordo com eles, pois embora essencialmente errados, eles podem ter alguns lampejos de verdade.


    Em Cristo,

    Clóvis

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  7. Infelizmente os arminianos (que na verdade a nível de Brasil, estão mais para pelagianos do que para arminianos)são muito sensíveis. Com todo o respeito ao nossos irmãos, que discordam da posição reformada, o nosso dever é defender a fé bíblica. Se existe diferença entre a posição moderna dos evangélicos e a posição espirita sobre o livre-arbítrio, então onde é que esta?

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  8. Clóvis,

    Embora devamos examinar tudo, retendo o bem, há que se considerar que no espiritísmo Deus está muito longe para ser alcançado, portanto o assim chamado livre-arbítrio é consequência do Seu suposto descaso para conosco. Tanto faz o que fazemos ou como vivemos, pois nada teria fim, nem para o bem nem para o mal. Somente somos notados na medida em que supostamente emergimos em seu plano após uma eternidade de evolução rumo à perfeição. Não se trata realmente de livre-arbítrio, dado que o deus aqui é a consciência, não o Todo-poderoso que habita em quem nasceu de novo e com quem temos relacionamento pessoal através de Jesus Cristo e do Espírito Santo.

    Disto isto, o livre-arbítrio espírita não é mesmo dado por Deus na Bíblia, mas antes encarado como mais um fenômeno da natureza, tal qual fenômemos quânticos cujo resultado não pode ser pre-determinado com exatidão. Não é o mesmo livre-arbítrio que emerge como decisão de nossa consciência sobre nosso entendimento da Lei que Deus gravou no coração de todo ser humano (Rm 2 14:16).

    Lembre-se, que concórdia há entre Cristo e Belial? Nenhuma! (2. Co 6:15)

    Paz em Cristo,

    Emerson

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  9. Deixa eu rescrever o seguinte texto:

    Não é o mesmo livre-arbítrio que emerge como decisão de nossa consciência sobre nosso entendimento da Lei que Deus gravou no coração de todo ser humano (Rm 2 14:16).

    Ficará mais claro assim:

    Não é o mesmo livre-arbítrio que emerge como decisão de nossa consciência de acordo ou apesar do entendimento da Lei, mesmo em quem não nasceu de novo, nos quais também Deus gravou no coração sua Lei (Rm 2 14:16), embora falte a estes o Espírito que nos vivifica.

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  10. Clóvis, A Paz.

    Gostaria de saber se o que você está dizendo é o seguinte.

    Que, a exemplo do espíritismo, todas as formulas religiosas que defendem o livre-arbítrio humano para escolher o bem, são "religiões naturais" e intrínsecas ao homem, nada tendo em comunhão com o cristianismo bíblico. É isso?

    Se for, concordo contigo.

    Em Cristo,

    Ednaldo.

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  11. Ednaldo,

    Penso o seguinte:

    1. Todas as religiões autosoteriológicas tem em comum a crença e a defesa do livre-arbítrio;

    porém

    2. Nem todas as religiões que crêem e defendem o livre-arbítrio são autosoteriológicas.

    Consideremos também que existe uma ilusão universal de que existe livre-arbítrio, que só pode ser quebrada pela Escritura.

    Em Cristo,

    Clovis

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  12. Ednaldo,

    Não posso falar pelo Clóvis, mas entendo o que ele coloca sobre religiões que ao defender a justificação pelas obras, necessitam partir do princípio do livre arbítrio.

    Por outro lado, pouca escolha religiões deste tipo dão ao indivíduo na medida em que o assim chamdo karma dirige os acontecimentos a uma eterna repetição, estando o indivíduo condenado a acertar se não pelo esclarecimento, pelo menos pelo cansaço...

    Resumindo, não existe livre arbítrio em tais religiões ou doutrinas, mas tão somente a ilusão do mesmo.

    Nestas horas é que mais que nunca eu dou graças a Deus por Jesus Cristo, que escolheu obedecer. Graças a Deus que por Cristo que nos deu a verdadeira escolha, e graças a Deus porque escolhemos a Cristo, porque muitos há que escolheram não acreditar!

    Paz em Cristo,

    Emerson

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  13. Aldair,

    "Se existe diferença entre a posição moderna dos evangélicos e a posição espirita sobre o livre-arbítrio, então onde é que esta?"

    Exato. Parece que é mais fácil fazer-se de vítima que argumentar em favor de sua posição.

    Mas há boas exceções, nosso irmão NeoPravda parece ser uma delas.

    Que Deus o abençoe.

    Em Cristo,

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  14. Emerson (NeoPravda),

    Obrigado pela sua visita e por suas considerações realmnte valiosas.

    "...no espiritísmo Deus está muito longe para ser alcançado"

    É verdade. Embora o espiritismo refira-se a um Deus que é soberanamente bom, nas verdade é um Deus que definiu as regras para evolução do espírito e que agora apenas observa o desenrolar do drama das reencarnações contínuas.

    "..portanto o assim chamado livre-arbítrio é consequência do Seu suposto descaso para conosco"

    Embora possam diferir quanto à fonte, na prática o livre-arbítrio defendido pelo espiritismo pouco diverge do livre-arbítrio evangélico popular. Pois é a capacidade para escolher entre o bem e o mal sem nenhuma determinação externa.

    "Não se trata realmente de livre-arbítrio, dado que o deus aqui é a consciência, não o Todo-poderoso que habita em quem nasceu de novo e com quem temos relacionamento pessoal através de Jesus Cristo e do Espírito Santo."

    Não acho que o espiritismo confunda Deus com a cosciência humana. Allan Kardec escreveu, respondendo à pergunta "que é Deus?":

    "Deus é a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas" (Livro dos Espíritos)

    Estranhamente, a descrição espírita dos atributos de Deus é bastante próxima à dada pelos evangélicos.


    "Disto isto, o livre-arbítrio espírita não é mesmo dado por Deus na Bíblia, mas antes encarado como mais um fenômeno da natureza, tal qual fenômemos quânticos cujo resultado não pode ser pre-determinado com exatidão."

    Parece-me que o espiritismo acredita que Deus dotou todos os espíritos de livre-arbítrio. Veja o que diz seu codificador:

    “Não têm eles o livre-arbítrio? Deus não os criou maus; criou-os simples e ignorantes, isto é, tendo tanta aptidão para o bem quanta para o mal. Os que são maus, assim se tornaram por vontade própria.”

    Outra vez diz:

    "Dando ao Espírito a liberdade de escolher, Deus lhe deixa a inteira responsabilidade de seus atos e das conseqüências que estes tiverem. Nada lhe estorva o futuro; abertos se lhe acham, assim, o caminho do bem, como o do mal"

    "Não é o mesmo livre-arbítrio que emerge como decisão de nossa consciência sobre nosso entendimento da Lei que Deus gravou no coração de todo ser humano (Rm 2 14:16)"

    Embora a lei escrita no coração do homem e sua consciência possam acusá-lo ou defendê-lo, ela não capacita a obedecê-la, ou seja, escolher obedecer a Deus.

    Em Cristo,

    Clóvis

    PS.: As citações são do Livro dos Espíritos

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  15. Clóvis,

    desculpe a demora em responder. Na verdade eu havia respondido sua última réplica, mas algo deu errado na submissão e o que eu escrevi foi perdido (Deus sabe o que faz).

    Como estou viajando de férias, está difícil encontrar tempo para colocar uma réplica adequada, mas quero adiantar que o ponto fundamental da nossa amigável discórdia reside no fato de que você parte do princípio de que o que Kardec escreveu é aceitável. Eu, por outro lado, nego à Kardec e seus espíritos-guia toda e qualquer possibilidade de haver qualquer verdade imaculada à luz da Palavra de Deus em seus escritos.

    Dito isto, assim que retonar vou rever meus estudos para elaborar uma resposta embasada na sã doutrina.

    Que a Paz do Senhor Jesus Cristo seja contigo.

    Emerson

    PS: esta é a segunda tentativa de postar esta mensagem...

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  16. Clóvis,

    Veja algumas considerações:

    1. Não escrevi que a lei capacita o homem a obedecer a vontade de Deus. A lei existe para que o crime seja qualificado. A ninguém a lei aperfeiçoa (aperfeiçoou).

    2. Quando Kardec diz que Deus criou os espíritos simples e ignorantes veio à minha mente a imagem de Adão e Eva. Tentadora esta imagem, não?! Completamente equivocada! O homem foi criado à imagem e semelhança de Deus. À semelhança do seu Criador, sem trevas, perfeito, sem capacidade para o mal, portanto sem poder escolher fazer o mal. O ato da escolha não é nem bom, nem mau per si, mas a consequência de uma escolha pode ser muito ruim (haja visto estarmos aqui discutindo isto e não no paraíso crescendo e multiplicando com nossas evas).

    3. No fundo o que me parece é que você quer equiparar o livre-arbítrio evangélico com o espírita, não vendo valor nem em um, nem no outro. Com relação ao último estamos de acordo.

    Em Cristo, que era, que é e que há de vir.

    Emerson

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  17. Clóvis, Paz.

    Havia esquecido desse artigo e comentário, só hoje ao ver o comentário do Emerson, nos recentes, voltei.

    Você disse: "2. Nem todas as religiões que crêem e defendem o livre-arbítrio são autosoteriológicas."

    Permita-me discordar do irmão nesse ponto, pois apesar de não não se autodenominarem dessa forma, todas as religiões que crêem no livre-arbítrio são, de fato, autosoteriologicas, por inferência necessária.

    Vamos partir do ponto de vista do homem natural, não regenerado, morto em delitos e pecados.

    Qual é a diferença entre dizer-lhe "Fora da caridade não há salvação", portanto faça o bem para ser salvo, e "Sem Cristo não há salvação", portanto aceite a Cristo para ser salvo?

    Para mim são idênticas pois colocam no homem, não a responsabilidade (pois essa ele tem), mas a capacidade de ESCOLHER ser salvo atravéz de um meio, seja "boas" obras, seja Cristo.

    E como você bem defendeu no outro artigo, responsabilidade não pressupõe capacidade.

    Em Cristo,

    Ednaldo.

    P.S. Antes que alguém pergunte "mas o crente que se decide por Cristo, não faz uma escolha?", ao que respondo: sim! Porém, o crente só pode escolher a Cristo após ser capacitado pelo Espírito para isso, ao que chamamos regeneração.

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  18. Sua comparação entre livre-arbítrio e espiritismo foi no mínimo deselegante, destrutiva, apelativa e diabólica.
    Eu tenho o livre arbítrio para escrever isso seu calvinista inconsequente.
    Viva Jesus, abaixo Calvino!

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  19. Caro Ranieri,

    Obrigado por sua visita e pelo seu comentário.

    Se o irmão bem leu o texto, não comparei livre-arbítrio e espiritismo, mas apresentei a visão espírita sobre livre-arbítrio e determinação, concluindo que ela não difere significativamente da visão evangélica popular sobre liberdade humana.

    Seria mais produtivo se o irmão, ao invés de vociferar e julgar minhas motivações, usasse o livre-arbítrio que alega ter para demonstrar que:

    1) o espiritismo não tem tal visão do livre-arbítrio; ou

    2) a visão popular de livre-arbítrio é essencialmente diferente da visão espírita sobre o mesmo assunto.

    Seja Deus verdadeiro e todo homem mentiroso!

    Em Cristo,

    Clóvis

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"Se amássemos mais a glória de Deus, se nos importássemos mais com o bem eterno das almas dos homens, não nos recusaríamos a nos engajar em uma controvérsia necessária, quando a verdade do evangelho estivesse em jogo. A ordenança apostólica é clara. Devemos “manter a verdade em amor", não sendo nem desleais no nosso amor, nem sem amor na nossa verdade, mas mantendo os dois em equilíbrio (...) A atividade apropriada aos cristãos professos que discordam uns dos outros não é a de ignorar, nem de esconder, nem mesmo minimizar suas diferenças, mas discuti-las." John Stott

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