Catecismo de Heidelberg - Domingo 3

6. Mas Deus criou o homem tão mau e perverso?

R. Não, Deus criou o homem bom (1) e à sua imagem (2) , isto é, em verdadeira justiça e santidade, para conhecer corretamente a Deus seu Criador, amá-Lo de todo o coração e viver com Ele em eterna felicidade, para louvá-Lo e glorificá-Lo (3).

(1) Gn 1:31. (2) Gn 1:26,27. (3) 2Co 3:18; Ef 4:24; Cl 3:10.

7. De onde vem, então, esta natureza corrompida do homem?

R. Da queda e desobediência de nossos primeiros pais, Adão e Eva, no paraíso (1). Ali, nossa natureza tornou-se tão envenenada, que todos nós somos concebidos e nascidos em pecado (2).

(1) Gn 3; Rm 5:12,18,19. (2) Sl 51:5; Jo 3:6.

8. Mas nós somos tão corrompidos que não podemos fazer bem algum e que somos inclinados a todo mal?

R. Somos sim (l) , se não nascermos de novo pelo Espírito de Deus (2).

(1) Gn 6:5; Gn 8:21; Jó 14:4; Jo 15:14,16,35; Is 53:6; Tt 3:3. (2) Jo 3:3,5; 1Co 12:3; 2Co 3:5.

Aprenda mais sobre a nossa miséria e a lei de Deus, lendo as questões do segundo domingo e sobre a justiça e misericórdia de Deus com as lições do quarto domingo do Catecismo de Heidelberg

4 comentários:

  1. Caro Clóvis,

    acho que é o ponto 8 que é tantas vezes mal interpretado. Jesus disse, vós sendo maus sabeis dar boas dádivas...

    Em termos absolutos somos maus e o novo nascimento não faz com que deixemos de maus (o mal que não quero esse sim o faço). Da mesma forma antes ou depois do novo nascimento continuamos saber dar boas dádivas.

    Quando penso na parábola do bom samaritano, o samaritano não era um "escolhido" mas foi o qe fez o bem, por isso mostrou-se próximo ao ferido e a partir de então deveria ser o alvo de seu amor.

    É muito fácil, no Brasil, onde a maioria é cristã, pensarmos que só os evangélicos, uma minoria, são renascidos e portanto capazes de fazer o bem. O que só pode ser fruto de orgulho e preconceitos. Mas eu sei que não é esse o seu caso.

    Abraços,

    Roger
    PS: Graças ao nosso último diálogo comecei a reler a carta aos Romanos. Em breve irei deixar minhas conclusões no Teologia Livre, se Deus quiser!

    ResponderExcluir
  2. Caro Clovis ,
    A paz do SENHOR.

    Estou vendo o seu blog e vi que o irmão gosta de apologética e de teologia. Meus ami8gos fizeram um blog com titulo Apologia e Espiritualidade, se o irmão depois puder dar uma olhada e deixar sua opinião vai ser de bastante ajuda.
    http://apologiaeespiritualidade.blogspot.com/

    Joabe

    ResponderExcluir
  3. Roger,

    Que bom tê-lo por aqui. Estive em viagem e estou com alguns comentários em atraso.

    É bom que se diga que quando se fala que não fazemos bem algum, estamos nos referindo ao "bem diante de Deus" ou que nos torna aceitável a ele. Não significa que pessoas não nascidas de novo não façam o bem diante de si mesmos e dos olhos da humanidade. Mas o maior bem que puderem fazer, diante de Deus é pecado.

    Quanto a sermos mal, também devemos entender da seguinte maneira: não somo tão mal como poderíamos, mas não somos bons como deveríamos. Ou seja, somos totalmente depravados, mas isto não significa que fazemos o pior mal possível, pois somos refreados pela graça comum. Mas por mais que nos esforcemos jamais conseguiríamos fazer o bem que a Lei nos obriga.

    Que bom que está relendo Romanos. Aguardarei suas considerações a respeito.

    Em Cristo,

    Clóvis

    ResponderExcluir
  4. Joabe,

    Obrigado pela sua visita e indicação. Já visitei o blog indicado e o adicionei entre os blogs amigos.

    Em Cristo,

    Clóvis

    ResponderExcluir

"Se amássemos mais a glória de Deus, se nos importássemos mais com o bem eterno das almas dos homens, não nos recusaríamos a nos engajar em uma controvérsia necessária, quando a verdade do evangelho estivesse em jogo. A ordenança apostólica é clara. Devemos “manter a verdade em amor", não sendo nem desleais no nosso amor, nem sem amor na nossa verdade, mas mantendo os dois em equilíbrio (...) A atividade apropriada aos cristãos professos que discordam uns dos outros não é a de ignorar, nem de esconder, nem mesmo minimizar suas diferenças, mas discuti-las." John Stott

Sua leitura deste post muito me honrou. Fique à vontade para expressar suas críticas, sugestões, complemetos ou correções. A única exigência é que seja mantido o clima de respeito e cordialidade que caracteriza este blog.