O grande teste da vida cristã

Talvez o maior teste para a vida cristã hoje é crer que Deus é bom. Há tanta coisa que, isoladamente considerada, sugeriria o contrário. Helmut Thielecke de Hamburgo indica que um pedaço de tecido visto através duma lente seria nítido no meio e borrado na circunferência da lente. Mas sabemos da nitidez daquelas partes por causa daquilo que estamos vendo corretamente no meio. 

A vida, segundo ele, é como este tecido. Há muitas zonas periféricas borradas, muitos eventos e circunstâncias que não podemos entender. Mas devem ser interpretados pela nitidez que estamos vendo no centro — à luz da cruz de Cristo. Não ficamos incumbidos de adivinhar sobre a bondade de Deus, através de fragmentos isolados de verdade. Ele claramente revelou Seu caráter e o demonstrou dramaticamente para nós na Cruz. “Aquele que não poupou a seu próprio Filho, antes, por todos nos o entregou, porventura não nos dará graciosamente com ele todas as coisas?” (Romanos 8.32).

Deus nunca pede de nós a nossa compreensão; só precisamos confiar n’Ele assim como nós pedimos que nosso filho confie em nós, em nosso amor, mesmo quando não pode compreender nem sentir apreço quando o levamos para o médico.

A paz chega a nós quando chegamos à compreensão que só podemos ver alguns fios na tapeçaria da vida e da vontade de Deus, reconhecendo que aqui não possuímos o quadro total. Assim chegaremos a afirmar, com calmo alívio e gozo, que “todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Romanos 8.28).

Paul Little
In: Você pode explicar sua fé?

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"Se amássemos mais a glória de Deus, se nos importássemos mais com o bem eterno das almas dos homens, não nos recusaríamos a nos engajar em uma controvérsia necessária, quando a verdade do evangelho estivesse em jogo. A ordenança apostólica é clara. Devemos “manter a verdade em amor", não sendo nem desleais no nosso amor, nem sem amor na nossa verdade, mas mantendo os dois em equilíbrio (...) A atividade apropriada aos cristãos professos que discordam uns dos outros não é a de ignorar, nem de esconder, nem mesmo minimizar suas diferenças, mas discuti-las." John Stott

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