C. S. Lewis e a Teologia da Prosperidade

Esses dias eu estava lendo algumas cartas que C. S. Lewis trocou com uma mulher que ele não conhecia que são muito instrutivas para a realidade e visão distorcida dos nossos dias. Eis alguns trechos:

Essa mulher escreveu a C. S. Lewis e lhe disse: “Eu não posso aceitar esse dinheiro que você quer me dar. Eu simplesmente não posso fazer isso”.

C. S. Lewis então disse: “Não seja tola. Você precisa neste momento disso, eu tenho como realizar isso, pegue, eu agradeço a Deus por poder fazer isso neste momento”.

A resposta da mulher foi: “Bem, eu vou aceitar então, e muito obrigada. Não me admira que Deus tenha te abençoado tanto lhe dando tanto dinheiro”.

C. S. Lewis respondeu a carta daquela mulher dizendo: “Cuidado com seus pensamentos em relação a isso. Em nenhum lugar no meu Novo Testamento eu vejo o dinheiro descrito como uma benção. Na verdade Jesus diz algo completamente diferente. Ele fala sobre o engano das riquezas: ‘Mas os cuidados deste mundo, e os enganos das riquezas e as ambições de outras coisas, entrando, sufocam a palavra, e fica infrutífera.”’-  Marcos 4:19 – Cristo diz que é quase impossível para um homem rico entrar no reino dos céus: “E, outra vez vos digo que é mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar um rico no reino de Deus.”  - Mateus 19:24 – O que você chama de benção, tem um poder muito maior para destruir. Na verdade eu preciso te dar este dinheiro, ou ele provavelmente me destruiria. Não olhe para homens com recursos vendo nisso a prova de serem abençoados, provavelmente, isto é a marca de sua maldição eterna.”

Josemar Bessa

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"Se amássemos mais a glória de Deus, se nos importássemos mais com o bem eterno das almas dos homens, não nos recusaríamos a nos engajar em uma controvérsia necessária, quando a verdade do evangelho estivesse em jogo. A ordenança apostólica é clara. Devemos “manter a verdade em amor", não sendo nem desleais no nosso amor, nem sem amor na nossa verdade, mas mantendo os dois em equilíbrio (...) A atividade apropriada aos cristãos professos que discordam uns dos outros não é a de ignorar, nem de esconder, nem mesmo minimizar suas diferenças, mas discuti-las." John Stott

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