Primeiro, existe o fato da Igreja Cristã. Ela tem um alcance mundial. Sua história pode ser traçada desde a Palestina, lá pelo ano 32 d.C. Ela simplesmente surgiu, ou existiu uma causa para isso? Essa gente que foi chamada de cristãos pela primeira vez em Antioquia virou de cabeça para baixo o mundo do seu tempo. Eles se referiam constantemente à Ressurreição como a base do seu ensino, da sua pregação, da sua vida e — o que é mais significativo — da sua morte.
Em seguida vem o fato do Dia Cristão. O domingo é o dia de culto para os cristãos. Sua história também pode remontar ao ano 32 d.C. Esta alteração no calendário foi monumental, e algo semelhante a um cataclismo deve ter acontecido para mudar o dia de culto do sábado judaico, o sétima dia da semana, para o domingo, o primeiro. Os cristãos diziam que esta alteração ocorreu por causa do seu desejo de comemorar a ressurreição de Jesus dentre os mortos. Esta mudança é tanto mais notável quanto nos lembramos de que os primeiros cristãos eram judeus. Se a Ressurreição não explica esta monumental reviravolta, que é o que a explica, então?
Vem depois o Livro Cristão, o Novo Testamento. Suas páginas encerram seis testemunhas independentes do fato da Ressurreição. Três deles são de testemunhas oculares: João, Pedro e Mateus. Paulo, escrevendo às igrejas numa data antiga, refere-se à Ressurreição de tal maneira que se torna óbvio que, tanto para ele como para seus leitores, o acontecimento era bem conhecido e aceito sem discussão. Esses homens, que contribuíram para transformar a estrutura moral da sociedade, são mentirosos consumados, ou tolos enganados? Estas alternativas são mais difíceis de crer do que o fato da Ressurreição, e não há nem uma sombra de prova para apoiá-las.
Paul Little
In: Você pode defender sua fé?
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"Se amássemos mais a glória de Deus, se nos importássemos mais com o bem eterno das almas dos homens, não nos recusaríamos a nos engajar em uma controvérsia necessária, quando a verdade do evangelho estivesse em jogo. A ordenança apostólica é clara. Devemos “manter a verdade em amor", não sendo nem desleais no nosso amor, nem sem amor na nossa verdade, mas mantendo os dois em equilíbrio (...) A atividade apropriada aos cristãos professos que discordam uns dos outros não é a de ignorar, nem de esconder, nem mesmo minimizar suas diferenças, mas discuti-las." John Stott
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