A Predestinação e a Queda


O Calvinismo, com outras visões da predestinação, ensina que o decreto de Deus foi feito tanto antes da Queda, como à luz da dela. Por que isto é importante? Por que a visão calvinista da predestinação sempre acentua o caráter gracioso da redenção de Deus. Quando Deus predestina pessoas à salvação, Ele está predestinando, para serem salvas, as pessoas que Ele sabe que realmente necessitam de salvação. Elas precisam ser salvas porque são pecadoras em Adão, e não porque Ele as forçou a serem pecadoras. O Calvinismo vê Adão pecando por seu próprio livre arbítrio, e não por coação divina.

Com certeza Deus sabia, antes da Queda, que certamente ela aconteceria, e agiu para redimir alguns. Ele ordenou a Queda no sentido de escolher permiti-la, mas não no sentido de escolher coagi-la. Sua graça predestinadora é graciosa precisamente porque Ele escolheu salvar pessoas que sabia de antemão que estariam espiritualmente mortas.

R. C. Sproul
In: Eleitos de Deus

29 comentários:

  1. Este assunto de dupla predestinação é um assunto muito controverso, assunto tal que o Sproul esta claramente querendo mostrar que não é adepto. O problema do mal é uma questão de causar arrepios a qualquer linha que adere a predestinação.

    .::::Bryan:::.

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    1. Eu creio na eleição e na reprovação. Discordo, contudo, que elas sejam simétricas. Quanto à predestinação, biblicamente ela diz respeito tão somente aos eleitos.

      Sobre o problema do mal, por que arrepia menos para quem não é predestinista? O dualismo é uma "mal" menor?

      Em Cristo,

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    2. Quando quis dizer arrepios foi no sentido de dificuldade de solução e não no sentido de duvidas, pelo contrario, se não há predestinação esse "mal" por mais que seja menor, parece estar fora do controle de Deus.

      Soberania e Santidade Divina é uma antinomia inquestionável, mas parece que quanto mais se tenta explicar mais complicado fica. Não se pode aferir santidade para uma pessoa que deixa um bebê dentro de uma casa em chamas, o mesmo arrazoado ocorre com essa estoria de decreto permissivo da queda.

      Quanto ao seu primeiro paragrafo não discordo de nada do que vc falou, não obstante ela cabe até mesmo na boca de um arminiano.

      .::::Bryan::::.

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  2. Quanto à frase: "Ele ordenou a Queda no sentido de escolher permiti-la, mas não no sentido de escolher coagi-la".

    Escolher permitir... escolher coagir. Eis o que Calvino diz:

    "O primeiro homem, pois, caiu porque o Senhor assim julgara ser conveniente. Por que ele assim o julgou nos é oculto. Entretanto, é certo que ele não o julgou de outro modo, senão porque via daí ser, com razão, iluminada a glória de seu nome" (As Institutas, Livro III, cap. XXIII, sessão 8).

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    1. Neste texto Calvino esta somente falando da imensidão arbitraria de Deus e da sua capacidade de trazer gloria para si. Não há nenhuma afirmativa se ele escolheu coagir ou escolheu permitir. Possivelmente Calvino deva ser adepto de que Deus tenha escolhido permitir a queda, não vou bater o carimbo em cima pois li pouco sobre ele.

      .::::Bryan::::.

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    2. Calvino, numa lógica que beira o absurdo, diz que:

      Portanto, o homem cai porque assim o ordenou a providência de Deus; no entanto, cai por falha sua. [...] Logo, por sua própria malignidade o homem corrompeu a natureza pura que havia recebido do Senhor, e em sua ruína arrastou consigo à ruína toda a posteridade (As Institutas, Livro III, cap. XXIII, sessão 8).

      É Deus quem ordena (o texto diz isso claramente). Ao mesmo tempo o homem é responsável por seus atos. Ô loco!

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  3. "Ele está predestinando, para serem salvas, as pessoas que Ele sabe que realmente necessitam de salvação". E quais são as pessoas que realmente NÃO necessitam de salvação se não todas? "...agiu para redimir alguns". A doutrina da predestinação é tão esquisita que, ao se perguntar por que Deus escolheu apenas alguns para a salvação, o camarada fica todo arrepiado diante de textos como João 3:16, e diz que o vazo deve se calar diante do oleiro. Tem muita coisa estranha nessa "doutrina".

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  4. O texto anterior fica claro o que Sproul esta querendo dizer:

    "O Calvinismo, com outras visões da predestinação, ensina que o decreto de Deus foi feito tanto antes da Queda, como à luz da dela."

    Ele esta querendo dizer que Deus esta dando prioridade no decreto eterno para a eleição e e salvação de criaturas caídas; e não pessoas em si ou somente para prover escolhas/arbítrio essas, ou seja, a eleição revela a multiforme graça de Deus. Isso é Infralapsarianismo puro.

    Com relação ao Jo 3:16, e melhor deixar para lá. Só posso falar que é um exercício da piedade calvinista quando se afirma isso. O amor de Deus excede todo entendimento como se diz as sagradas letras.

    .::::Bryan::::.

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  5. Eu creio na eleição e na reprovação. Discordo, contudo, que elas sejam simétricas.

    Será!!!...

    Jacó e Esaú são um bom exemplo de que Deus não leva em consideração as obras de ninguém na hora de escolher.


    "Mas, para que a escolha de um deles fosse completamente de acordo com o plano de Deus, o próprio Deus disse a Rebeca: “O mais velho será dominado pelo mais moço.” Disse isso antes de eles nascerem e antes de fazerem qualquer coisa, boa ou má. Assim ficou confirmado que é de acordo com o seu plano que Deus escolhe aqueles que ele quer chamar, sem levar em conta o que eles tenham feito. Como dizem as Escrituras Sagradas: “Eu escolhi Jacó, mas rejeitei Esaú.”

    Romanos 9:11 e 12 NTLH


    Amar um e rejeitar outro antes de nascerem não é uma grande injustiça de Deus?


    De modo nenhum. Veja:


    "Que diremos, pois? Há injustiça da parte de Deus? De modo nenhum! Pois ele diz a Moisés: Terei misericórdia de quem me aprouver ter misericórdia e compadecer-me-ei de quem me aprouver ter compaixão. Assim, pois, não depende de quem quer ou de quem corre, mas de usar Deus a sua misericórdia."

    Romanos 9:14-16

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    1. É difícil, de alguma forma, entender uma 'assimetria' na eleição. A resposta à pergunta 'Por que X foi reprovado?' é apenas 'Porque Deus assim quis'. Ainda que se diga 'porque ele merecia ir para o gehenna', isto é um motivo para condenação, e não uma resposta à pergunta.

      Do mesmo modo que só Deus sabe por que Ele amou Jacó, só Ele sabe por que odiou Esaú. Que Esaú mereça o inferno, não responde à pergunta.

      Essa ideia é um tanto espinhosa. Vou ver se os tomistas têm algo a dizer sobre isso.

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    2. Ferreira,

      Não vi em seu texto nada que desdiga o que eu afirmei sobre a eleição e a reprovação serem assimétricas. Primeiro, o que eu disse sobre a eleição e reprovação: ambas as verdades são bíblicas e tanto uma como a outras decorrem da vontade de Deus. Ou seja, uns são eleitos e outros reprovados porque Deus quis eleger alguns, e reprovar outros.

      Porém, elas são simétricas no sentido de que a eleição decorre da misericórdia de Deus e a reprovação de sua justiça, e como consequência os primeiros são salvos misericordiosamente e os demais condenados justamente. Os salvos não poderão dizer que o foram por suas obras, nem os perdidos de que receberam castigo além do que mereciam suas obras. Nesse sentido, não há injustiça em Deus.

      Em Cristo,

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  6. A minha pergunta é o seguinte:

    Se há uma eleição divina antes da fundação do mundo, por que há um convite de salvação na evangelização chamando TODAS as pessoas ao arrependimento, sabendo nós que nem todas as pessoas serão salvas, mas apenas alguns?

    Abraços, no aguado da resposta!!

    Anderson

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    1. Anonimo, espero poder explicar.

      O convite é feito para todos, primeiro porque Deus ordena a TODOS que se arrependam. Segundo, porque entre aqueles que ouvirão, estarão aqueles que foram escolhidos para crer.

      Deixa eu tentar dar um exemplo.

      Em uma praça existem 15 pessoas. Nós não sabemos, mas Deus sabe que, ali, estão o Rogério e a Lúcia, que são pessoas escolhidas por Deus para serem salvas. Você vai lá e prega pra todos (afinal, é nossa ordem recebida). Rogério e Lúcia ouvem, assim como todos os outros mas, no mesmo momento ou depois, eles acreditarão e serão convertidos.

      Compreende?

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    2. Anderson,

      Comecemos com sua premissa "se há uma eleição divina antes da fundação do mundo...". O fato que tal eleição divina existe e foi feita antes de deus colocar os fundamentos do mundo:

      "Assim como nos escolheu nele antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor" (Ef 1:4)

      "Entretanto, devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados pelo Senhor, porque Deus vos escolheu desde o princípio para a salvação, pela santificação do Espírito e fé na verdade" (2Ts 2:13).

      Sendo assim, sua pergunta não deveria conter uma dúvida ou pressupor uma negativa da eleição, mas sim ser algo como "uma vez que a Bíblia afirma que há uma eleição divina antes da fundação do mundo, por que há um convite universal para o arrependimento?".

      Neste caso, a resposta é que a Deus aprove chamar à fé os seus eleitos pela pregação do evangelho, e uma vez que o Senhor não nos revelou quem são os eleitos, temos que pregar a todos.

      Em Cristo,

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    3. Anderson, por que chamar todos se só alguns serão escolhidos?

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    4. Pois ele determina os fins e os meios para a salvação e ele escolheu a pregação do Evangelho para ser poder de Deus para salvação de todo aquele que crê. Outra coisa é que existe uma oferta pela pregação do Evangelho de fé e arrependimento que é universal, senão não seria uma boa noticia. A salvação em si só demostra a multiforme graça de Deus e também multicolorida sabedoria dEle que é o Criador.

      .::::Bryan::::.

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    5. Em uma praça existem 15 pessoas. Nós não sabemos, mas Deus sabe que, ali, estão o Rogério e a Lúcia, que são pessoas escolhidas por Deus para serem salvas. Você vai lá e prega pra todos (afinal, é nossa ordem recebida). Rogério e Lúcia ouvem, assim como todos os outros mas, no mesmo momento ou depois, eles acreditarão e serão convertidos.

      O problema é sempre um SE, é sempre um MAS. Tais palavras não tem sentido algum num panorama determinístico. Não pregamos para obedecer a Palavra - pregamos porque está na vontade oculta de Deus que preguemos. Se Deus não desejar em Seu Santo Conselho Secreto que preguemos, quem irá pregar?

      A ideia de 'você vai lá e prega' não existe - o correto é

      Deus escreveu, antes da fundação do mundo, que no dia tal, mês tal, ano tal, hora tal', você pregaria para 15 pessoas numa praça, e dentre estas, estariam R e L. De todas elas, Deus quer regenerar, naquele dia, R e L. Depois de regenerados, no mesmo segundo eles crerão no que Deus escreveu que você diria a eles.

      A própria ideia de 'impulso evangelístico' não tem significado nenhum. Até mesmo a pergunta 'por que pregar?' carece de sentido.

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    6. Olá Crédulo, quanto tempo cara.

      "O problema é sempre um SE, é sempre um MAS. Tais palavras não tem sentido algum num panorama determinístico. Não pregamos para obedecer a Palavra - pregamos porque está na vontade oculta de Deus que preguemos. Se Deus não desejar em Seu Santo Conselho Secreto que preguemos, quem irá pregar?"
      Crédulo, desde quando uma coisa exclui a outra? Poderia me mostrar, por favor?


      "A ideia de 'você vai lá e prega' não existe - o correto é
      Deus escreveu, antes da fundação do mundo, que no dia tal, mês tal, ano tal, hora tal', você pregaria para 15 pessoas numa praça, e dentre estas, estariam R e L. De todas elas, Deus quer regenerar, naquele dia, R e L. Depois de regenerados, no mesmo segundo eles crerão no que Deus escreveu que você diria a eles."

      Pergunto a mesma coisa acima: Desde quando a primeira ideia exclui a segunda? É possível se conciliar as duas, ou são verdades excludentes? Responda-me, por favor.

      "A própria ideia de 'impulso evangelístico' não tem significado nenhum. Até mesmo a pergunta 'por que pregar?' carece de sentido."
      Vou aguardar as respostas das minhas perguntas acima. Por enquanto, leia isso:
      "Assim, meus amados, como sempre vocês obedeceram, não apenas em minha presença, porém muito mais agora na minha ausência, ponham em ação a salvação de vocês com temor e tremor, pois é Deus quem efetua em vocês tanto o querer quanto o realizar, de acordo com a boa vontade dele."
      Filipenses 2:12-13

      Um abraço.

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    7. Bem, acho que uma distinção de porquês seria importante. Vou colar minha própria frase:
      Não pregamos para obedecer a Palavra - pregamos porque está na vontade oculta de Deus que preguemos.

      O primeiro 'para obedecer' se refere a uma obrigação moral. O segundo porquê se refere a uma relação causa-efeito.

      A ideia de 'pregar por obediência' não existe, ou melhor, é nonsense. A lei moral, ou a 'vontade revelada', raramente é cumprida. Ela só será cumprida se acaso coincidir com a 'vontade oculta'. Aliás, se a vontade (revelada) foi descumprida, foi porque era da vontade (oculta) de Deus!

      Não faz lá muito sentido apelar para a obrigação moral em um panorama determinístico. Se Deus disser 'hoje todos os esforços evangelísticos serão frustrados', pronto: faça o que bem entender, ninguém será convertido. Ore com todas as suas forças, ninguém será convertido hoje. Fale da maneira mais macabra possível do inferno que Deus preparou aos 'desobedientes', ninguém será convertido hoje. Como diria John Wesley, "O decreto já está escrito, quem pode revogá-lo?"

      Aliás, acho que Mateus 23:37 vai diametralmente contra essa ideia...

      Acho que, depois de enrolar tanto, vou ver se respondo:

      Desde quando a primeira ideia exclui a segunda?

      A pergunta é bem mais profunda que isso. Perguntar coisas como 'por que eu deveria obedecer?', implica a possibilidade de obediência ou desobediência. E sabemos que, no determinismo, tal possibilidade não existe.

      Ademais, 'por que evangelizar?' não se refere a meras obrigações morais, mas a motivações. Por exemplo, Jesus fala aos discípulos "Tereis tribulações, mas tenham ânimo, eu venci o mundo". A 'ordem' de não se preocupar está ligada à motivação de Jesus ter vencido, e não a um simples Papai do Céu mandou pararem de frescura por causa de meia-dúzia de açoites de chicote de osso, apedrejamentos, leões famintos, acusações infundadas, tua família te trollando, teus amigos sendo torturados etc.

      Há também o problema da displicência (se os eleitos serão infalivelmente salvos, que motivação eu teria para me empenhar em evangelizar?), e o da frustração (se os reprovados jamais serão salvos, que motivação eu teria em evangelizar?). Naquele a pregação é supérflua, e neste a pregação é impotente.

      A pergunta então é esta: o que o determinismo oferece de motivação para evangelismo? (Claro que eu vou reclamar de cada contingência contida na resposta, mas deixa de lado...)

      P.S.: sobre o verso de Filipenses: Deus efetua em nós o querer e o realizar - não é o mesmo que Deus efetua por nós o querer e o realizar.

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    8. Percebeu, Crédulo, que você não respondeu minha pergunta?

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    9. O certo seria:
      Neto: "Desde quando a primeira ideia exclui a segunda?"
      Crédulo: "Pensando bem... Não, elas não se excluem..."
      Neto: "Então pronto!"

      =P

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    10. Eu não respondi, justamente porque não foi isso que eu quis dizer. Eu reformulei a pergunta ao final - 'em que o determinismo me dá ânimo para sair por aí evangelizando?'

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    11. Afinal, a sua pergunta pressupõe um entendimento bem diferente do que eu quero dizer.

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  7. Neto,
    Tua interpretação de Marcos 16:15,16 está, no mínimo, confusa. E a analogia que você fez das 15 pessoas na praça fez você cair numa escuridão sem fim nas tuas ideias. E se na praça com 15 pessoas ouvindo tua mensagem não houver sequer 1 "escolhido" por Deus, estaria você pregando enganado? Estaria pregando em vão? Tua pregação seria sem sentido! E é mesmo! Segundo essa sua teoria, o evangelho é relativamente coerente. Vamos ao texto:

    "E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado." Marcos 16:15,16.

    Você percebeu que o fato de ser condenado aqui na Palavra de Deus (logo a palavra de quem...) não é o mesmo fato de ser condenado anunciado por você? Você diz que numa praça com 15 pessoas, se somente duas pessoas, neste caso Rogério e a Lúcia, acreditarem, a razão disso é que essas duas pessoas foram escolhidas. E as outras 13 pessoas hão de partir para a condenação porque não foram escolhidas. Existe uma enorme contradição entre o que você diz e o que foi registrado em Marcos 16:15,16.

    Marcos registra que se alguém for condenado é pelo fato de não crer. A responsabilidade de não crer é do indivíduo assim como o de crer.

    Compare os seguintes textos:

    "Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê; primeiro do judeu, e também do grego." Romanos 1:16

    "Porque todo aquele que invocar o nome do SENHOR será salvo." Romanos 10:13

    Se você diz que se deve pregar o evangelho a TODOS indistintamente por conta do TODO do texto de Marcos 16, pergunta-se:

    A palavra TODO de Romanos 1:16 e 10:13 é diferente da palavra TODO de Marcos 16:15,16? Todo aquele que invocar, indistintamente, será alvo! Ou não? O evangelho é salvação para TODO aquele que crer, indistintamente! Ou não? TODO aquele que Nele crer, indistintamente, não pereça, mas tenha a vida eterna, João 3:16. Ou não?

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    1. Olá Paulo Cesar,

      vou tentar responder:

      "E se na praça com 15 pessoas ouvindo tua mensagem não houver sequer 1 "escolhido" por Deus, estaria você pregando enganado? Estaria pregando em vão?"
      Não compreendi Paulo, porque eu estaria enganado? Ou porque eu estaria em vão?


      "Tua pregação seria sem sentido! E é mesmo!"
      Sem sentido, por qual razão Paulo?


      "Você percebeu que o fato de ser condenado aqui na Palavra de Deus (logo a palavra de quem...) não é o mesmo fato de ser condenado anunciado por você? Você diz que numa praça com 15 pessoas, se somente duas pessoas, neste caso Rogério e a Lúcia, acreditarem, a razão disso é que essas duas pessoas foram escolhidas. E as outras 13 pessoas hão de partir para a condenação porque não foram escolhidas. Existe uma enorme contradição entre o que você diz e o que foi registrado em Marcos 16:15,16."
      Paulo, essas verdades não se contradizem, mas se completam. Eu falei no sentido "divino", você disse no sentido "humano". TODOS os que crerem serão salvos, e isso é FATO! Qualquer um que crer em Cristo será salvo. Mas meu amigo, QUEM crerá? Aqueles a quem Deus abrir o coração, ou seja, os seus escolhidos. E isso podemos ver em diversos trechos biblicos, que creio que vc conhece.

      "Marcos registra que se alguém for condenado é pelo fato de não crer. A responsabilidade de não crer é do indivíduo assim como o de crer."
      Mas eu nunca disse que a responsabilidade não seja deles, meu amigo.


      Vou aguardar suas respostas. Um abraço.

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    2. E voltamos ao eterno paradoxo Tostines: creu porque era eleito, ou foi eleito porque creu? Essa é a chave da discussão.

      Até lá, fica essa enrolação chata de 'mas puxa, eu concordo com você - você só tá esquecendo um detalhe...'

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    3. Pára com isso, Crédulo. Não desvie de assunto. Nós nem chegamos ainda nisto.
      O que o Paulo disse realmente não tem discordancia com o que eu disse, APESAR dele achar que sim, e estou tentando mostrar isso.
      Então, por favor, não atrapalhe. Se não tiver nada que acrescentar, fique quieto.

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    4. Neto, eu não tô desviando do assunto - estou levando justamente ao que é de fato importante. O fato de vocês concordarem em tal tipo de coisa é simples perda de tempo.

      Coisas como 'creia e será salvo' não são importantes aqui, qualquer um de nós concorda com isso. Em vez de ficar descascando, já arranca logo o miolo da conversa!

      Creu porque era eleito, ou foi eleito porque creu? Enquanto não responderem tal pergunta, vão ficar nesse enrolation eterno sem sair do lugar...

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    5. Crédulo,

      é por isso que muitos desistem de conversar com você cara. Porque então você não disse isso com todas as letras? "Neto, realmente não existe discordância entre o fato de Deus ter determinado a pregação evangelística, com o fato de eu ter o desejo de pregar o Evangelho e ir lá na praça". E se não existe discordância, porque então você fala como se existisse?

      E mesmo que você não esteja falando da ordem das coisas, mas das motivações pessoais, novamente pergunto, "Desde quando a primeira ideia exclui a segunda?" Só porque eu sei que Deus determinou todas as coisas, eu não teria o desejo de obedecer e ir lá pregar? Ou então, só porque eu tenho o desejo, logo não penso que Ele determinou todas as coisas?

      Por favor, me demonstre onde essas ideias são irreconciliáveis!

      "Há também o problema da displicência (se os eleitos serão infalivelmente salvos, que motivação eu teria para me empenhar em evangelizar?),"
      Talvez pelo fato de: 1-Deus ordenar a pregação, 2-Você amar as pessoas e 3-A pregação ser o modo "padrão" dos eleitos serem salvos. Isso basta?

      "e o da frustração (se os reprovados jamais serão salvos, que motivação eu teria em evangelizar?). Naquele a pregação é supérflua, e neste a pregação é impotente.
      Ah, e você sabe quem são os eleitos, e quem são os reprovados? Se não sabe, porque agir como se soubesse??? Se você não tivesse lido esse trecho do NT e visse o ladrão da cruz, com, digamos, 30 anos de pecados contínuos, morrendo sentenciado justamente pelos seus crimes - diria que ele seria um eleito?

      "A pergunta então é esta: o que o determinismo oferece de motivação para evangelismo? (Claro que eu vou reclamar de cada contingência contida na resposta, mas deixa de lado...)
      O determinismo, por sí só, não oferece nada. Mas o determinismo divino, somado com a eleição, a operação do Espírito Santo, o mover de Deus na igreja... Todas essas coisas somadas só devem nos encher de esperança pois, mesmo que o mundo feche seus ouvidos ao Evangelho, os escolhidos de Deus serão salvos infalivelmente (mesmo que você não veja!!).

      Quanto a Filipenses 2.12-13, a ideia é que tanto o "desejo", quanto o "ir", é Deus quem faz, através de nós.

      Até mais.

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"Se amássemos mais a glória de Deus, se nos importássemos mais com o bem eterno das almas dos homens, não nos recusaríamos a nos engajar em uma controvérsia necessária, quando a verdade do evangelho estivesse em jogo. A ordenança apostólica é clara. Devemos “manter a verdade em amor", não sendo nem desleais no nosso amor, nem sem amor na nossa verdade, mas mantendo os dois em equilíbrio (...) A atividade apropriada aos cristãos professos que discordam uns dos outros não é a de ignorar, nem de esconder, nem mesmo minimizar suas diferenças, mas discuti-las." John Stott

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