O
pregador da Palavra é, portanto um servo que busca a fidelidade. Não
apenas no que se refere ao texto bíblico, mas o é também na vivência da
fé cristã. Deve ele fornecer não somente o ensino, mas também a prática
daquilo que está ensinando. Este pregador também é alguém intimamente
ligado ao cotidiano da congregação que pastoreia, ou seja, ele vive
todas as demandas daqueles que o escutam diariamente. Não pode se
blindar como se nada acontecesse com ele. Deve viver, razoavelmente
parecido no padrão de vida do seu povo, não buscando no poder econômico,
que porventura consiga, uma certa diferenciação do povo. Pois, se assim
for acabará se mostrando alheio a vida do povo, sendo mais um
estrangeiro em meio ao seu povo que deveria admoestar.
(...)
Lamentavelmente
nos dias atuais temos visto as mais bizarras figuras que se propõe
instruir o povo de Deus. É certo que boa parte deles é exatamente
aquilo que os seus ouvintes gostariam que eles fossem. Estes se
comportam como se fossem meros funcionários do seu auditório e não
profetas. Esta característica do pregador é inerentemente algo que
ninguém deveria abrir mão, a não ser que deseje ser apenas uma marionete
nas mãos de homens que desejam sentir “coceiras nos ouvidos”. O
pregador verdadeiro não aceita comercializar sua pregação, seu
envolvimento com o que prediga é altamente recíproco. Ele está tão
envolvido com a mensagem que ele mesmo se confunde com ela. Portanto,
essas caricaturas de pregadores que vemos hoje não são os genuínos
ministros de Deus, são de fato uma aberração, dignos representantes de
uma farsa que chamam erroneamente de evangelho, só que este não é outra
coisa que não uma monstruosidade corruptora.
Muito bom esse texto. Clóvis, o que você tem a dizer do movimento evangélico "marcha para Jesus"? Ele é apropriado e certo?
ResponderExcluirAbraços!!
Ana Paula,
ResponderExcluirSendo simples e direto, a Marcha Para Jesus é desnecessária, equivocada e mal intencionada. Desnecessário porque precisamos caminhar com Jesus diariamente e não marchar uma vez por ano. Equivocada porque muitos acham que com isso estão ganhando o Brasil para Cristo, quando na verdade são apenas joguete nas mãos de pessoas mal intencionadas. Mal-intencionada porque o propósito é demonstrar força política e assim ter mais cacife nas barganhas que se faz com o poder temporal.
Sem falar dos recursos. Os da igreja seriam mais úteis se destinados a missões. O do Estado ao atendimento de necessidades reais da população.
Resumindo: sou contra a Marcha Para Jesus.
Em Cristo,
Clóvis