O trono de Deus não é só um trono de Majestade, senão também um trono de graça, ante o qual podemos, em nome de Jesus, ter o privilégio de comparecer livremente para obtermos misericórdia e acharmos graça quando a necessitemos. De fato, como temos o mandamento de invocar a Deus, e a promessa de que todos os que o invocar serão ouvidos, temos também o mandamento concreto de invocá-lo em nome de Cristo, e nos foi feita a promessa de que obteremos tudo o que pedirmos em seu nome.
O agregar que Deus, nosso Pai, está nos céus, tem como finalidade expressar sua Majestade inefável (a qual nosso espírito, a causa de sua ignorância, não pode compreender de outro modo), pois para nossos olhos não existe realidade mais bela e mais grandiosa que o céu.
A expressão nos céus quer dizer que Deus é excelso, poderoso e incompreensível. E quando ouvimos esta expressão devemos elevar nossos pensamentos, cada vez que se menciona a Deus, a fim de não imaginar a este respeito nada de carnal nem terreno, nem medi-lo segundo nossa compreensão, nem regulamentar sua vontade segundo nossos desejos.
João Calvino
In: Breve Instrução Cristã
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"Se amássemos mais a glória de Deus, se nos importássemos mais com o bem eterno das almas dos homens, não nos recusaríamos a nos engajar em uma controvérsia necessária, quando a verdade do evangelho estivesse em jogo. A ordenança apostólica é clara. Devemos “manter a verdade em amor", não sendo nem desleais no nosso amor, nem sem amor na nossa verdade, mas mantendo os dois em equilíbrio (...) A atividade apropriada aos cristãos professos que discordam uns dos outros não é a de ignorar, nem de esconder, nem mesmo minimizar suas diferenças, mas discuti-las." John Stott
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