Ressuscitou dentre os mortos

No terceiro dia ressuscitou dentre os mortos, e subiu ao céus. Está sentado na destra de Deus Pai Todo-Poderoso, e dali virá a julgar os vivos e os mortos.
Pela sua ressurreição temos a firme certeza de conseguirmos a vitória sobre o domínio da morte. Em efeito, não pôde ser retido nas correntes da morte, senão que se livrou delas com todo seu poder, destruindo assim as armas da morte, para que nunca jamais pudessem alcançar-nos mortalmente.

Sua ressurreição é, pois, a vida segura, a substância e fundamento, não só de nossa ressurreição futura, senão também desta ressurreição presente que nos permite viver uma nova vida.

Com sua ascensão ao céu nos abriu esta porta do Reino dos Céus que estava fechada para todos em Adão. De fato, Ele entrou no céu com nossa natureza humana como em nome nosso, de modo que já possuímos nEle o céu pela esperança, e nos sentamos com Ele nos lugares celestiais. Por nosso bem entrou no santuário de Deus, que não tem sido feito por mão de homem, para que perpetuamente, segundo seu ofício de eterno Sacerdote, o nosso advogado e mediador.

Está sentado à destra de Deus Pai. Isto quer dizer em primeiro lugar que tem sido restabelecido e declarado Rei, Mestre e Senhor de todas as coisas, para proteger-nos e amparar-nos com seu poder, de sorte que seu reino e sua glória sejam nossa força, nosso poder e nossa glória contra os infernos.

Em segundo lugar, isto quer dizer que recebeu todas as graças do Espírito Santo para dispensá-las a seus fiéis e enriquecê-los com elas. Deste jeito, embora seu corpo subiu para o céu e por isso já não está presente a nossos olhos, contudo não cessa de ajudar a seus fiéis com seu socorro e o poder manifesto de sua presença, segundo a promessa: "E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos" (Mateus 28:20, NVI). Agrega, finalmente, que o último dia, visivelmente, como o viram subir, aparecerá ante todos na majestade incompreensível de seu Reino, para julgar os vivos e os mortos (quer dizer, aos que aquele dia surpreenderá em vida, e aos que então estarão já mortos), dando a cada um segundo suas obras, segundo que cada um, pelas suas obras, tenha-se mostrado fiel ou infiel. Para nós é um consolo extraordinário saber que o juízo está colocado nas mãos dAquele cuja vinda terá por única finalidade salvar-nos.

João Calvino
In: Breve Instrução Cristã

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"Se amássemos mais a glória de Deus, se nos importássemos mais com o bem eterno das almas dos homens, não nos recusaríamos a nos engajar em uma controvérsia necessária, quando a verdade do evangelho estivesse em jogo. A ordenança apostólica é clara. Devemos “manter a verdade em amor", não sendo nem desleais no nosso amor, nem sem amor na nossa verdade, mas mantendo os dois em equilíbrio (...) A atividade apropriada aos cristãos professos que discordam uns dos outros não é a de ignorar, nem de esconder, nem mesmo minimizar suas diferenças, mas discuti-las." John Stott

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