Os Puritanos


Referência de vida

Vivemos entre extremos. Ou somos defensores do conhecimento doutrinário ortodoxo, intelectual (e poucos são), porém sem estar aliado à piedade, à prática Cristã, sem quebrantamento, sem humilhação (um evangelho que fica na cabeça e não desce ao coração), ou ficamos (como muitos) no extremo de deturpar grandemente a doutrina reformada, defensora da soberania de Deus, para aderir a um emocionalismo esquisito, sem fundamento bíblico, cheio de promessas de prosperidade e solução fácil para todos os problemas, onde a ênfase é no homem e não na glória de Deus. Estamos esquecidos do que os reformadores, iluminados pelo Espírito Santo, defendiam: SOLA SCRIPTURA, SOLA GRACIA, SOLA FIDE, SOLI DEO GLORIA, SOLUS CHRISTUS.

Exemplo de história

A história mostra que Deus no passado sempre atuou na Igreja, a Sua igreja, o “conjunto de predestinados para a glória” (Rm 8.29,30), como dizia John Wycliff, Igreja a quem amou e por ela se entregou (Mt 1.21; Ef 5.25). Num determinado período da história, no século XVII, em meio à decadência moral e espiritual, homens de Deus, que amavam a pureza doutrinária (reformada), mas viviam o evangelho da piedade, da humilhação, do quebrantamento profundo, buscando em primeiro lugar o Reino de Deus e a Sua justiça, clamavam por LITURGIA PURA, DOUTRINA PURA, GOVERNO PURO E VIDA PURA, tornando-se conhecidos como OS PURITANOS.

OS PURITANOS são nossas raízes espirituais, doutrinárias e eclesiásticas. Fizeram a Confissão de Fé de Westminster e seus Catecismos; escreveram a mais extensa biblioteca Teológico-Sacra-Devocional do mundo protestante; lutaram pela liberdade de consciência e religião; forneceram fundamentos para as aspirações democráticas; foram os pioneiros do movimento missionário moderno.

Estilo de vida

O Puritanismo não foi uma denominação, mas um estilo de vida cristã, uma cosmovisão cristã, uma interpretação da fé que via toda a vida do cristão como sendo SANTIDADE AO SENHOR. Pessoas que não viam nenhuma divisão entre o sagrado e o secular, que lutavam a todo custo para praticar a verdade da Palavra de Deus.

extraído da Revista OS PURITANOS, Ano XV: n°I pg 9 e 10.

Um comentário:

  1. Paz Clóvis,

    Estava conversando essa semana com o André Aloísio do blog Teologia e Vida sobre esse equilíbrio fundamental e como o homem tende a cair nos extremos. Nisto surgiu a frase abaixo, a qual coloquei no meu blog:

    “Caminho no desfiladeiro entre o precipício do intelectualismo morto e a ladeira do emocionalismo vazio.” (Vinícius M. Pimentel)

    No Amor e na Verdade que nos une,
    Vinícius, mas pode me chamar de Vini
    (-V-)

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"Se amássemos mais a glória de Deus, se nos importássemos mais com o bem eterno das almas dos homens, não nos recusaríamos a nos engajar em uma controvérsia necessária, quando a verdade do evangelho estivesse em jogo. A ordenança apostólica é clara. Devemos “manter a verdade em amor", não sendo nem desleais no nosso amor, nem sem amor na nossa verdade, mas mantendo os dois em equilíbrio (...) A atividade apropriada aos cristãos professos que discordam uns dos outros não é a de ignorar, nem de esconder, nem mesmo minimizar suas diferenças, mas discuti-las." John Stott

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