Há, entretanto, outras declarações que colocam o ensino a respeito das recompensas em uma perspectiva completamente diferente. Ao passo que Jesus faz apelo à recompensa, ele nunca usa a ética do mérito.
A fidelidade nunca deve ser exercida tendo em vista a recompensa; a recompensa de si mesma é assunto restrito completamente à graça. Precisamente, as parábolas que falam de recompensa deixam bem claro que toda recompensa, em última análise, é um problema atinente à graça. Quando um homem tiver exercido a mais elevada fidelidade, ainda assim ele não se fez merecedor de coisa alguma, pois não fez mais do que a sua obrigação (Lucas 17:7-10). A mesma recompensa é atribuída a todos que foram fiéis a despeito do resultado do seu trabalho (Mateus 25:21,23).
A recompensa é o próprio Reino dos Céus (Mateus 5:3,10), o qual é concedido àqueles para os quais ele foi preparado (Mateus 20:23; 25:34). Até mesmo as oportunidades de serviço são em si mesmas uma dádiva divina (Mateus 25:14 e s.). A recompensa torna-se graça livre, imerecida, e é descrita como fora de proporção ao serviço prestado (Mateus 19:29; 24:47; 25:21,23; Lucas 7:48; 12:37). Se bem que os homens devam buscar o Reino, ele é, mesmo assim, dom de Deus (Lucas 12:31,32). É o ato livre de vindicação de Deus que absolve o homem, não a fidelidade de sua conduta religiosa (Lucas 18:9-14).
George Ladd
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"Se amássemos mais a glória de Deus, se nos importássemos mais com o bem eterno das almas dos homens, não nos recusaríamos a nos engajar em uma controvérsia necessária, quando a verdade do evangelho estivesse em jogo. A ordenança apostólica é clara. Devemos “manter a verdade em amor", não sendo nem desleais no nosso amor, nem sem amor na nossa verdade, mas mantendo os dois em equilíbrio (...) A atividade apropriada aos cristãos professos que discordam uns dos outros não é a de ignorar, nem de esconder, nem mesmo minimizar suas diferenças, mas discuti-las." John Stott
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