O poder ou onipotência de Deus

O poder de Deus não deve ser identificado com Sua vontade, embora a vontade de Deus implique em poder para realizar o que Ele quer. 

A onipotência de Deus não significa que Ele pode fazer uma mentira ser verdade, ou que Ele possa pecar. Não há poder absoluto em Deus que opere em contradição com Suas perfeições. Deus é a fonte da possibilidade. O que é possível é determinado pela natureza de Deus. A própria questão de que se Deus pode fazer o impossível é impossível. Ela não tem sentido, a menos que tenhamos assumido primeiramente que haja tal coisa como uma impossibilidade aparte de Deus. Agora, se há tal impossibilidade, Deus não é Deus, de forma que a questão se perde. Por outro lado, se não há tal impossibilidade, isto é, se Deus é a fonte da possibilidade, a questão é respondida antes que se formule a mesma: isto é, então Deus não quer quebrar uma impossibilidade. Ele estaria negando a si mesmo, o que Ele nos diz que não pode fazer. Números 23.19, 1 Samuel 15.29, 2 Timóteo 2.12, Hebreus 6.18, Tiago 1.13 e Tiago 1.17.

Nem tudo o que é possível para Deus é realmente realizado. Nesse sentido, a possibilidade é maior do que a realidade atual. Gênesis 18.14, Jeremias 32.27, Zacarias 8.6, Mateus 3.9, Mateus 26.53. É necessário manter isso uma vez mais contra o panteísmo, o qual mantém, por causa da sua elevação do princípio acima da personalidade, que tudo o que é possível no universo já foi realizado também. Isso comprometeria uma vez mais a liberdade e a independência de Deus. 

Cornelius Van Til
In: An Introduction To Systematic Theology
Fonte: Monergismo


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"Se amássemos mais a glória de Deus, se nos importássemos mais com o bem eterno das almas dos homens, não nos recusaríamos a nos engajar em uma controvérsia necessária, quando a verdade do evangelho estivesse em jogo. A ordenança apostólica é clara. Devemos “manter a verdade em amor", não sendo nem desleais no nosso amor, nem sem amor na nossa verdade, mas mantendo os dois em equilíbrio (...) A atividade apropriada aos cristãos professos que discordam uns dos outros não é a de ignorar, nem de esconder, nem mesmo minimizar suas diferenças, mas discuti-las." John Stott

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