Adoração em espírito de esperança

Um quarto passo que conduzirá na direção de uma adoração verdadeira é tomado quando cultuamos em espírito de esperança. Uma expectativa alegre deveria empolgar por antecipação os cristãos que se deslocam para a igreja ou se ajoelham para gozar da comunhão com Deus. Crianças mal podem conter a emoção quando pensam numa festa ou aniversário. Antecipam a alegria de um encontro com o vovô, uma viagem para o zoológico, pela expectativa.

De maneira semelhante, o adorador que alimenta a esperança de experimentar um encontro com Aquele que sua alma tanto ama, seguramente não ficará desapontado. "Eis que os olhos do Senhor estão sobre os que o temem, sobre os que esperam na sua misericórdia... Nossa alma espera no Senhor, nosso auxílio e escudo... Seja sobre nós, Senhor a tua misericórdia, como de ti esperamos" (Sl 33.18-22).

A expectativa que pode influir no preparo para cultuar pode ser comparada àquele tempo em que o réu condenado à morte prevê sua experiência futura Todo seu pensamento e imaginação voltam-se para o futuro. Paulo vivia sempre "carregando o morrer" de Jesus (2Co 4.10). Previa o breve encontro com o Senhor, a quem ele amava acima de tudo neste mundo (Fp 1.21-23). A glória incomparável da futura comunhão que aguardava, tornava sem importância as tribulações desta vida (2Co 4.16, 17). 

Mas o culto da Nova Aliança outorga uma experiência de comunhão com Deus comparável (mesmo que através de um espelho, 2Co 3.18; 1 Co 13.12). Pedro afirma exatamente isto ao descrever o júbilo que, na sua totalidade, teremos somente após a ressurreição, no escaton, após o fim deste século. Porém, ele nos é oferecido no presente pelo amor, sendo recebido pela fé. "A quem não havendo visto amais, no qual não vendo agora, mas crendo, exultais com alegria indizível e cheia (irradiada) de glória" (1 Pe 1.8). Prever esta alegria indizível, como a criança prevê uma descida para a praia, prepara melhor o coração para os encontros periódicos com Deus e em reunião com sua família Horas de culto criarão esta expectativa, se forem alegres e atraentes.

Russel Shedd
In: Adoração Bíblica.

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"Se amássemos mais a glória de Deus, se nos importássemos mais com o bem eterno das almas dos homens, não nos recusaríamos a nos engajar em uma controvérsia necessária, quando a verdade do evangelho estivesse em jogo. A ordenança apostólica é clara. Devemos “manter a verdade em amor", não sendo nem desleais no nosso amor, nem sem amor na nossa verdade, mas mantendo os dois em equilíbrio (...) A atividade apropriada aos cristãos professos que discordam uns dos outros não é a de ignorar, nem de esconder, nem mesmo minimizar suas diferenças, mas discuti-las." John Stott

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