William Booth e a evangelização

Fonte: Mero Cristianismo
William Booth nasceu em Nottingham, Inglaterra, em 10 de abril de 1829. Vinha de uma família pobre e foi o primeiro de sua família a se converter a Cristo. Foi recebido numa Igreja Metodista. Casou com Catarina Mumford. No seu casamento não houve festa nem flores. Oficiado por um pastor, participaram da cerimônia o ministro oficial e as testemunhas. 

William foi designado para dirigir diversas campanhas evangelísticas. Numa delas contou com um auditório de mais de duas mil pessoas. O tesoureiro de uma igreja escreveu para uma revista: “O Senhor Booth é um homem extraordinário. Jamais passei, em toda a minha vida, seis semanas como as últimas”.

William e Catarina começaram o trabalho com pessoas de rua, bêbados, prostitutas, crianças abandonadas. No meu livro “Vidas Poderosas”, escrevi: “A tormenta se desencadeou na Conferência Anual. E assim foi decidido em 1857, por 44 votos contra, que William cessasse sua obra de evangelização. Uma acalorada controvérsia que durou cinco horas, precedeu essa decisão. O homem, cuja paixão era a salvação de almas e que estava divinamente chamado para isso, não deveria ir mais de pessoa a pessoa, nem de cidade em cidade. Deveria assentar-se e servir calmamente a uma pequena e pobre congregação”.

No final da discussão ficou assentado que o casal não poderia trabalhar com os marginais, com os pobres, prostitutas, limpar o vômito dos bêbados, isso não recomendaria bem a uma igreja cujo status não se ajustava a uma igreja de pessoas de boa formação. E o casal foi expulso da Igreja Metodista. Uma vez cortado da comunhão de sua querida igreja, William, de mãos dadas com a esposa, bateu no bolso e disse se retirando: “Sem níquel e sem amigos”. Uma vez desligado da sua amada denominação, o casal começou seu grande e maravilhoso trabalho nas ruas de Londres com as pessoas marginalizadas e ganhou milhares para Jesus.

E o trabalho foi crescendo, passou de Londres para toda a Inglaterra e chegou a diversas partes do mundo como o conhecido e respeitado Exército da Salvação. Uma organização, com hierarquia, disciplina e ordem à semelhança do Exército da terra. E todos os que compõem a organização trabalham com amor e carinho, socorrendo os pobres, transformando prostitutas e bêbados e prestando um trabalho com todas as classes das sociedade, não se esquecendo das crianças de ruas.

E qual seria a verdadeira razão dessa bênção que se mantém no mundo há quase dois séculos? Eles eram obreiros CHEIOS DO ESPÍRITO. William, dez anos antes da sua morte, perdeu a visão. Ao chegar a casa disse a seu filho Bramwell: “Meu filho, trabalhei anos com minha visão perfeita, agora cego, continuarei a servir o meu Mestre querido”. E perto da morte disse: “Oh! a salvação das gentes!"... E dirigindo-se ao filho: "Ó Bramwell, cuida dos desamparados". Suas últimas palavras audíveis foram: “As promessas de Deus são certas”. 

Foi promovido à glória no dia 20 de agosto de 1912.

Enéias Tognini
In: Você é cheio do Espírito Santo?

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"Se amássemos mais a glória de Deus, se nos importássemos mais com o bem eterno das almas dos homens, não nos recusaríamos a nos engajar em uma controvérsia necessária, quando a verdade do evangelho estivesse em jogo. A ordenança apostólica é clara. Devemos “manter a verdade em amor", não sendo nem desleais no nosso amor, nem sem amor na nossa verdade, mas mantendo os dois em equilíbrio (...) A atividade apropriada aos cristãos professos que discordam uns dos outros não é a de ignorar, nem de esconder, nem mesmo minimizar suas diferenças, mas discuti-las." John Stott

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