O evangelho moderno e o de Jesus

Considere a apresentação típica do evangelho que se faz em nossos dias. Verá que se roga o seguinte aos pecadores: “aceite a Jesus Cristo como seu Salvador pessoal”, “convide Jesus a entrar no seu coração”, “convide a Cristo para que entre em sua vida’ ’, ou “faça uma decisão por Cristo’ ’. É provável que você esteja tão habituado a ouvir tais frases que fique surpreso ao saber que nenhuma delas tem base em terminologia bíblica. Elas são o resultado de um evangelho diluído, que não é o evangelho segundo Jesus.

O evangelho que Jesus proclamava era um chamado ao discipulado, um chamado a segui-Lo em obediência submissa, e não um mero apelo a que se fizesse uma decisão ou uma oração. A mensagem de Jesus libertava as pessoas de sua escravidão do pecado, ao mesmo tempo em que confrontava e condenava a hipocrisia. Ela era uma oferta de vida eterna e perdão a pecadores arrependidos, mas também era uma censura aos religiosos de fachada, cujas vidas exibiam a verdadeira justiça. Era um alerta aos pecadores, para abandonar o pecado e abraçar a justiça de Deus. Em todos os sentidos, a sua mensagem eram boas novas. Porém, não era de modo algum uma fé fácil.

As palavras de nosso Senhor sobre a vida eterna vinham invariavelmente acompanhadas de alertas àqueles que pudessem ser tentados a encarar a salvação com leviandade. Jesus ensinava que o custo de segui-Lo é alto, que o caminho é estreito e que poucos o encontram. Disse Ele que muitos que O chamam de Senhor serão proibidos de entrar no reino dos céus (Mt 7.13-23).

O evangelicalismo moderno, de modo geral, ignora tais alertas. A visão predominante do que seja a fé salvadora continua a tornar-se mais aberta e mais superficial, enquanto que a apresentação de Cristo na pregação e no testemunho pessoal torna-se mais e mais impreciso. Qualquer um que se declare cristão poderá encontrar evangélicos dispostos a aceitar a sua profissão de fé, sem considerar se o seu comportamento demonstra ou não alguma evidência de rendição a Cristo.

John McArthur
O evangelho segundo Jesus

Um comentário:

  1. É SEMPRE BOM LER ALGO DE JOHN MCARTHUR. GOSTEI DESTA POSTAGEM E DE SEU BLOG. MUITO BOM MESMO.

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"Se amássemos mais a glória de Deus, se nos importássemos mais com o bem eterno das almas dos homens, não nos recusaríamos a nos engajar em uma controvérsia necessária, quando a verdade do evangelho estivesse em jogo. A ordenança apostólica é clara. Devemos “manter a verdade em amor", não sendo nem desleais no nosso amor, nem sem amor na nossa verdade, mas mantendo os dois em equilíbrio (...) A atividade apropriada aos cristãos professos que discordam uns dos outros não é a de ignorar, nem de esconder, nem mesmo minimizar suas diferenças, mas discuti-las." John Stott

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