O estudo sobre Deus nos leva à humildade


Já foi dito por alguém que "o estudo exato da natureza humana é o próprio homem". Não me oponho a essa ideia  mas creio ser igualmente verdadeiro que o estudo correto dos eleitos de Deus é o próprio Deus; o estudo correto para o cristão é a Deidade. 

A mais alta ciência, a mais elevada especulação, a mais poderosa filosofia que pode prender a atenção de um filho de Deus é o nome, a natureza, a Pessoa, a obra, as ações e a existência do grande Deus, a quem ele chama Pai. Nada é melhor para o desenvolvimento da mente do que a contemplação da Deidade. É um assunto tão vasto que todos os nossos pensamentos se desvanecem na sua imensidão, tão profundo que nosso orgulho desaparece na sua infinitude. 

Podemos compreender e aprender muitos outros temas, sentindo por eles uma certa satisfação pessoal e enquanto seguimos nosso caminho pensando de nós mesmos: "Olhe, sou um sábio". Mas, quando chegamos a esta ciência superior, descobrindo que nosso fio de prumo não consegue sondar sua profundidade e os nossos olhos de águia não podem ver sua altura, nos afastamos deste pensamento, que o homem vaidoso pode ser sábio, porém na verdade não passa de um jumento selvagem; exclamando solenemente: "Nasci ontem e nada sei".

Nenhum tema contemplativo tende a humilhar mais a mente do que os pensamentos sobre Deus. Seremos obrigados a sentir:

"Grande Deus, quão infinito és Tu, Quão desprezíveis vermes somos nós!"

Charles Spurgeon
In: Deus não muda. Editora PES

Um comentário:


  1. "Na contemplação, Deus será tudo em todos (1 Cor 15,28), porque fora dele nada mais se poderá desejar, e nos bastará sermos iluminados por ele e dele gozarmos."

    Santo Agostinho

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"Se amássemos mais a glória de Deus, se nos importássemos mais com o bem eterno das almas dos homens, não nos recusaríamos a nos engajar em uma controvérsia necessária, quando a verdade do evangelho estivesse em jogo. A ordenança apostólica é clara. Devemos “manter a verdade em amor", não sendo nem desleais no nosso amor, nem sem amor na nossa verdade, mas mantendo os dois em equilíbrio (...) A atividade apropriada aos cristãos professos que discordam uns dos outros não é a de ignorar, nem de esconder, nem mesmo minimizar suas diferenças, mas discuti-las." John Stott

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