Se há uma característica prevalecente na cultura moderna, é o relativismo moral. Contudo, este é um dos "ismos" mais fáceis de abater. Por quê? Porque, apesar do que a pessoa diga em que acredita, ninguém confrontado com a crueldade genuína continua sendo um relativista moral.
Depois da Segunda Guerra Mundial, quando as atrocidades dos campos de concentração nazistas vieram à tona, houve uma crise entre os indivíduos cultos. Imersos no cinismo e relativismo típico de sua classe, pela primeira vez perceberam de modo visceral que o mal é real. Contudo, suas filosofias seculares não lhes deram base para fazer julgamentos morais objetivos e universais, visto que tais filosofias reduziram os julgamentos morais a meras preferências pessoais ou convenções culturais. Assim, eles se acharam presos em contradição prática, o que gerou tremenda tensão interna.
O dilema é que os seres humanos de forma irresistível e inevitável fazem julgamentos morais. No entanto, as cosmovisões não-bíblicas não fornecem base para eles. Quando os não-crentes agem de acordo com a natureza moral intrínseca e pronunciam que algo é certo ou errado de modo verdadeiro, eles estão sendo incoerentes com a filosofia que professam. Desta forma, a condenam por suas ações. "Sempre que você encontrar alguém que diz que não acredita em certo ou errado, no momento seguinte esse indivíduo voltará ao que disse", escreve C. S. Lewis. "Ele pode quebrar a promessa que lhe fez, mas se você quebrar a promessa que fez para ele, num abrir e fechar de olhos ele reclama:'Não é justo'".
"Pelo visto, somos forçados a acreditar em certo e errado", conclui Lewis. "Às vezes, as pessoas se equivocam a esse respeito, da mesma maneira que as pessoas às vezes erram ao fazer contas de somar; mas não é questão de mero gosto e opinião mais do que tabuada". Qual é a base lógica para esta crença inevitável sobre certo e errado? A única base para uma moralidade objetiva é a existência de um Deus santo, cujo caráter fornece o fundamento básico para os padrões morais. O cristianismo explica por que somos criaturas morais, e estabelece a validade de nosso senso moral.
Nancy Pearsey
In: Verdade Absoluta
O relativismo moral só perde o sentido se a pessoa segue uma norma....o caminho de certo e errado a Bíblia fala,somente o normal e o anormal tem que ser estipulado pelo homem(o que é bem diferente de certo e errado). O termo 'normal' significa aquele que 'segue uma norma',norma essa que pode ser a Bíblia,a Constituição Federal, a Convenção Americana de Direitos Humanos,etc.
ResponderExcluirA história comprova que a Bílbia sempre deu abertura a qualquer nova ciência que surge,o que é bem diferente de concordar com essa ciência. Nos países de tradição protestante a onda de conhecimentos é longíssima.Nos países da chamada 'tradição pagã' impera o misticismo e a religiosidade;tanto é assim que o ateísmo é sempre gerado em nações protestantes,o que mostra o caráter livre do protestatismo. A liberdade de seguir o caminho que quiser.
A relatividade dos incrédulos advém do medo.Medo e conflito do que o interior dele diz.Mas isso não vem da alma,vem da mente.São coisas que são mais sociais do que psicológicas ou biológicas;mas só a partir da Revolução Francesa,com uma ciência mais desvinculada da religião,é que a humanidade pôde ver isso. A relatividade moral está muito longe de ser chamada de heresia,no máximo uma confusão mental.
Se repararmos bem, as heresias não surgem do desconhecimento,surgem do mal testemunho. Tanto é assim que o 1º movimento herético medieval foram os cátaros,encabeçados por padres do sul da França e influenciados por bizantinos.Surgiram porque a Igreja Romana virou as costas para a população em geral.Mas os seus líderes eram,em sua maioria,eruditos do clero regular.
Os incredulos são incoerentes porque estão confusos.Mas isso ocorre principalmente no mundo latino. Nos países germânicos,onde o ateísmo impera,eles não se contradizem quase,pois há uma rejeição quase absoluta ao sobrenatural. Esse 'ateísmo teórico' do movimento Nova Era perde o sentido nessas horas. O biólogo Richard Dawkins é um exemplo disso.
O mais importante a se notar é que,tanto o ateísmo como o relativismo, não são frutos do conhecimento científico,são frutos do conhecimento filosófico. A filosofia é muito mais inimiga da credulidade e da estabilidade de parâmetros do que a ciência.