Chesterton e o pecado original

Certos novos teólogos questionam o pecado original, que constitui a única parte da teologia cristã que pode realmente ser provada. Alguns seguidores do rev. R. J. Campbell, em sua espiritualidade quase exigente demais, admitem a ausência de pecado em Deus, que não podem ver nem em sonhos. Mas eles essencialmente negam o pecado humano, que eles podem ver na rua. 

Os santos mais poderosos, assim como os mais poderosos céticos, tomaram o mal positivo como ponto de partida de sua argumentação. 

Se for verdade (como certamente é) que o homem pode sentir uma felicidade extraordinária em esfolar um gato, então o filósofo religioso só pode fazer uma dentre duas deduções. Ou ele deve negar a existência de Deus, como fazem todos os ateus; ou deve negar a presente união entre Deus e o homem, como fazem todos os cristãos. Os novos teólogos parecem pensar que uma solução altamente racionalista é negar o gato.

G. K. Chersterton
Ortodoxia

Um comentário:

  1. Chesterton, sempre no ponto! E com um senso de humor só dele...
    Depois dos Indispensáveis, o meu católico favorito!

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"Se amássemos mais a glória de Deus, se nos importássemos mais com o bem eterno das almas dos homens, não nos recusaríamos a nos engajar em uma controvérsia necessária, quando a verdade do evangelho estivesse em jogo. A ordenança apostólica é clara. Devemos “manter a verdade em amor", não sendo nem desleais no nosso amor, nem sem amor na nossa verdade, mas mantendo os dois em equilíbrio (...) A atividade apropriada aos cristãos professos que discordam uns dos outros não é a de ignorar, nem de esconder, nem mesmo minimizar suas diferenças, mas discuti-las." John Stott

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